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Maratona Aquática

Ana Marcela e Viviane Jungblut serão as representantes do Brasil na maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Ana Marcela e Viviane Jungblut fizeram uma dobradinha na última etapa da Copa do Mundo antes da Olimpíada (World Aquatics)

Provas

10 km feminino10 km masculino

Chances do Brasil na maratona aquática em Paris-2024

Em 2021, Ana Marcela Cunha foi campeã olímpica da maratona aquática em Tóquio-2020 e eleita a melhor do mundo pela sétima vez. No ano seguinte, não diminuiu o ritmo. A nadadora foi bronze nos 10 km do Mundial, mas foi bicampeã dos 5 km e penta dos 25 km. No fim de 2022, foi campeã do circuito mundial pela sexta vez.

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As coisas, entretanto, começaram a mudar no começo de 2023, quando Ana Marcela Cunha teve que se submeter a uma cirurgia no ombro. Não foi uma recuperação fácil. A nadadora chegou até a pensar em parar de nadar. A cabeça não estava boa e, pouco antes do Mundial de 2023, ela rompeu a parceria de uma década de sucesso com o técnico Fernando Possenti.

Com mais foco na saúde mental e na qualidade de vida, Ana Marcela Cunha foi treinar na Itália com Fabrizio Antonelli. O desempenho, entretanto, caiu. Na prova dos 10 km, ela ficou em quinto lugar tanto no Mundial de 2023 quanto no deste ano, apesar de ter ganho o bronze nos 5 km nas duas edições.

Com tudo isso, para muita gente, Ana Marcela Cunha não chegaria a Paris-2024 com chances de medalha na maratona aquática. Mas ela parece estar crescendo no momento certo. Na última etapa do circuito mundial antes dos Jogos Olímpicos, em Golfo Aranci, na Itália, ela não só venceu como foi acompanhada por Viviane Jungblut, medalha de prata, no pódio. Uma cena que a gente pode sonhar sim de ver de novo no Rio Sena.

Masculino

No masculino, o Brasil não teve nenhum atleta a conseguir vaga, mas uma nova regra da World Aquatics e do Comitê Olímpico Internacional (COI) vai dar a possibilidade do país ter um representante na competição. Segundo o regulamento, atletas que obtiveram índice na natação para os 800 m ou 1500 m livre podem participar da prova desde que seu país não tenha nenhum nadador classificado para os Jogos. Por conta desta brecha, Guilherme Costa, que fez índice para os 200 m, 400 m e 800 m, vai nadar também os 10 km que vão acontecer no Rio Sena.

Local da competição

Rio Sena – Ponte Alexandre III

A icônica Ponte Alexandre III, no coração de Paris, conecta outros dois locais esportivos de Paris-2024: o Grand Palais e o Invalides. A ponte também fica a poucos passos da Concórdia, da Arena do Campo de Marte, da Ponte d’Iéna e do estádio na Torre Eiffel. De modo que toda a área estará repleta de energia durante os Jogos. Ela também fornecerá um cenário majestoso para a linha de chegada das provas individuais de ciclismo, maratona aquática, triatlo e paratriatlo.

O Brasil na maratona aquática dos Jogos Olímpicos

Ana Marcela Cunha venceu a holandesa campeã na Rio-2016 e faturou a medalha de ouro na maratona aquática dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
A Ana Marcela Cunha foi campeã olímpica da maratona aquática em Tóquio-2020 (Jonne Roriz/COB)

Mesmo com apenas quatro edições olímpicas disputadas, o Brasil já fez história na modalidade. O principal feito veio das braças de Ana Marcela Cunha nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A nadadora baiana conquistou a medalha de ouro, superando o resultado de Poliana Okimoto, que foi bronze na Rio-2016.

A primeira medalha do Brasil na maratona aquática, entretanto, veio de forma inusitada. Em princípio, Poliana Okmioto havia terminado a prova em quarto lugar, mas viu a francesa Aurielle Muller ser desclassificada por movimento irregular e conquistou assim o único pódio importante que lhe faltava.

Poliana Okimoto maratona aquática Rio-2016
Na Rio-2016, Poliana Okimoto conquistou a primeira medalha brasileira feminina nos esportes aquáticos em Olimpíadas (Sátiro Sodré/SSPress)

Antes, Poliana Okimoto disputou os Jogos de Pequim-2008, quando ficou em 7º lugar, e Londres-2012, quando não conseguiu completar a prova, por causa de hipotermia.

Já Ana Marcela Cunha foi quinta colocada nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 na maratona aquática e em décimo na Rio-2016 antes de se consagrar campeã em Tóquio-2020.

No masculino, o Brasil já foi representado em Jogos Olímpicos por Alan do Carmo, que foi 14º colocado em Pequim-2008 e 18º nos Jogos do Rio.

Quadro de medalhas da maratona aquática nos Jogos Olímpicos

ClassificaçãoNaçãoOuroPrataBronzeTotal
1 Holanda (NED)3104
2 Alemanha  (GER)1113
3 Hungria  (HUN)1102
4 Brasil  (BRA)1012
5 Rússia  (RUS)1001
 Tunísia  (TUN)1001
7 Grã-Bretanha  (GBR)0213
8 Itália  (ITA)0123
9 Grécia  (GRE)0101
 Estados Unidos  (EUA)0101
11 Austrália  (AUS)0011
 Canadá  (CAN)0011
 França  (FRA)0011
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