Meio-leve feminino (52 kg)
Meio-Leve feminino (52 kg) – Larissa Pimenta- Judô – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
A representante do Brasil no meio-leve feminino (52kg) nos Jogos Olímpicos Paris-2024 será Larissa Pimenta. Medalhista de bronze no Mundial Júnior de 2019, ela vai para a sua segunda Olimpíada, após parar nas oitavas de final em Tóquio-2020 para a eventual campeã Abe Uta, do Japão. Neste ciclo olímpico, Larissa Pimenta tem se consolidado na categoria, com três títulos continentais além do ouro nos Jogos Pan-Americanos Santiago-2023. Já em Campeonatos Mundiais, a paulista de São Vicente conseguiu seus melhores resultados com dois sétimos lugares.
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Em 2024, Larissa Pimenta conquistou bons resultados como o ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro e no Grand Prix da Áustria, além de uma prata no Grand Slam do Cazaquistão. Já no Campeonato Mundial, Larissa chegou nas quartas de final, mas perdeu para Odette Giuffrida, que acabou sendo a campeã. A brasileira terminou com a sétima colocação. Com esses resultados, Larissa Pimenta chega a Paris como 10ª colocada do ranking mundial. Ela está atrás das principais favoritas, mas em um bom dia pode surpreender e parar no pódio dos Jogos Olímpicos.
As favoritas
O principal nome do meio-leve feminino atualmente é a japonesa Abe Uta. Ela é tetracampeã mundial (2018, 2019, 2022 e 2023) e é a atual campeã olímpica. Neste ano, ela foi campeã do Grand Slam de Antalya, mas rodou pouco no circuito mundial. Assim, Abe não será cabeça de chave e será um perigo para quem acabar caindo no seu caminho.
Medalhista de prata na Rio-2016 e de bronze em Tóquio, a italiana Odette Giuffrida chega em Paris como atual campeã mundial, levando o ouro no Mundial deste ano, que não teve a presença de Abe. Já os donos da casa terão Amandine Buchard, atual vice-campeã olímpica e dona de seis medalhas em Campeonatos Mundiais. Ainda entre as medalhistas de Tóquio, a britânica Chelsie Giles tenda ganhar sua segunda medalha olímpica.
Campeã no peso ligeiro (48kg) em Tóquio, Distria Krasniqi, do Kosovo, subiu de categoria com direito ao bronze no Mundial de 2022 e o ouro no Europeu desse ano e chega como vice-líder do ranking mundial a Paris. Por fim, Diyora Keldiyorova, do Uzbequistão, chegará a paris como primeira colocada do ranking após ganhar a prata nos últimos dois Mundiais.
Brasil na categoria meio-leve feminino (52kg) do judô
A categoria -52 kg do judô teve como melhor resultado o quinto lugar de Érika Miranda na Rio-2016. O país esteve presente em cinco das sete edições disputadas, ficando ausente dos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 e Sidney-2000. Na estreia da modalidade em Barcelona-1992 o Brasil foi representado pela carioca Patrícia Bevilacqua. Em sua primeira luta a judoca foi derrotada pela chinesa Li Zhongyun, sendo mandada para a repescagem. Em sua primeira luta na repescagem, els derrotou a australiana Cathy Grainger, mas acabou sendo superada pela argentina Carolina Mariani na luta seguinte, se despedindo dos Jogos.
Após ficar ausente por duas olimpíadas seguidas, o Brasil voltou a contar com a presença de uma representante no peso leve, Fabiane Hukuda foi a responsável por recolocar o Brasil no mapa olímpico da categoria, mas acabou sendo derrotada logo em sua primeira luta contra a britânica Georgina Singleton por um ippon.
Para Pequim-2008, a expectativa era alta, pois existia uma chance real de o Brasil conquistar sua primeira medalha da história no judô nesta categoria. A brasiliense Érika Miranda havia feito um ciclo bem consistente, com um quinto lugar no mundial de 2007 e diversos pódios em Grand Slams e Grand Prix. Entretanto, às vésperas do início das disputas, a judoca acabou sofrendo uma grave lesão no ligamento colateral de seu joelho direito e precisou ser cortada. Sua reserva, Andressa Marques, foi chamada às pressas e assumiu o seu lugar, porém foi logo derrotada na primeira luta pela dominicana María García.
Érika Miranda
Quatro anos depois, em Londres-2012, Érika Miranda teve enfim sua primeira chance de disputar os Jogos Olímpicos. Novamente cotada ao pódio, a brasileira acabou sendo surpreendida por K-O Min, da Coreia do Sul e deu adeus logo em sua primeira luta.
Após ter conquistado medalha em todos os mundiais do ciclo olímpico de 2016, Érika vivia seu melhor momento na carreira e lutaria diante de sua torcida com status de grande favorita ao pódio. Seu caminho estava sendo bem trilhado, quando acabou perdendo de forma inesperada para a chinesa Ma Yingnan nas quartas de final por um wazari. Dessa forma, Érika passou a buscar uma medalha de bronze através da repescagem, vencendo outra favorita ao pódio, a romena Andeea Chitu, por um ippon. Na disputa do bronze, a brasiliense enfrentou a pedreira do Japão, Misato Nakamura. Érika, que sempre teve o judô asiático como sua maior pedra no sapato, chegou a ficar à frente da luta por um bom tempo devido às punições que ela conseguiu forçar na rival. Entretanto, a luta acabou empatada e no golden score a brasileira acabou sendo derrotada por um yuko.
Pimenta em Tóquio
Depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Érika levou o bronze nos Mundiais de 2017 e 2018. Mas ela decidiu se aposentar no final de 2018, com Larissa Pimenta assumindo da titularidade da categoria na seleção. Em Tóquio-2020, Pimenta parou nas oitavas de final. Na primeira rodada, ela derrotou a polonesa Agatha Perenc por waza-ari para avançar na chave. Mas a brasileira deu azar no sorteio e tinha pela frente a japonesa Abe Uta, principal favorita ao ouro. Abe venceu por ippon eliminando Pimenta da disputa.
Histórico -52 kg feminino nos Jogos Olímpicos
Disputada por judocas com até 52 kg, a categoria meio-leve feminina é a única em que o Japão nunca conquistou uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Com sete edições disputadas, o país que mais vezes subiu no topo do pódio foi a China com duas medalhas de ouro.
A primeira campeã olímpica na categoria meio-leve foi a espanhola Almudena Muñoz. Competindo em sua própria casa, a espanhola derrotou na final dos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992 a japonesa Noriko Mizoguchi. O primeiro pódio olímpico da categoria foi completado por Li Zhongyun, da China, e por Sharon Rendle, da Grã-Bretanha. Já na edição seguinte, Atlanta-1996, a campeã foi a francesa Mari-Claire Restoux. Na final, a francesa derrotou a sul-coreana Hyun Sook-hee. As medalhas de bronze ficaram com a japonesa Noriko Nazaraki e com a cubana Legna Verdecia.
Foram justamente as duas medalhistas de bronze das Olimpíadas de Atlanta que protagonizaram a grande final das Olimpíadas de Sidney-2000. Após se tornarem nomes frequentes nos pódios das grandes competições do ciclo de Sidney, a japonesa Noriko Nazaraki e a cubana Lena Verdecia se encontraram na final olímpica, onde a cubana levou a melhor e venceu o combate.
Brilho chinês
Atenas-2004 e Pequim-2008 viram o brilho da chinesa Xian Dongmei, que se tornou a primeira e até hoje única judoca a conquistar o bicampeonato no meio-leve. Para conquistar a primeira medalha de ouro, ela venceu na final a japonesa Yuki Yokosawa e para conquistar a segunda, venceu na final disputada em solo chinês a norte-coreana An Kum-ae. No pódio de Atenas ainda esteve presente com um dos bronzes a cubana Amarilis Savón, que já havia conquistado duas medalhas de bronze no peso mais leve nas edições de 1992 e 1996.
Após ser vice-campeã na Olimpíada de Pequim-2008, a norte-coreana An Kum-ae escalou um degrau no pódio em Londres-2012 e se tornou campeã olímpica. No caminho até o ouro, ela bateu a japonesa Misato Nakamura, grande favorita ao ouro e que havia conquistado dois ouros e uma prata nos três mundiais anteriores aos Jogos Olímpicos de Londres. Os bronzes ficaram com Priscilla Gneto da França e Rosalba Forciniti da Itália.
Ouro inédito
Em 2016, teve medalha para país estreante no Rio de Janeiro. Na primeira Olimpíada do Kosovo, Majlinda Kelmendi, subiu no topo do pódio. Grande favorita ao ouro, a kosovar nos anos anteriores aos Jogos Olímpicos conquistou duas medalhas de ouro em mundiais, além de ser presença constante nos pódios do Grand Prix e dos Grand Slams. Na final a judoca bateu, a italiana Odette Giuffrida, dando ao Kosovo sua primeira medalha em toda a história olímpica. Os bronzes foram conquistados por Natalia Kuziutina, da Rússia, e pela japonesa Misato Nakamura, que derrotou a brasileira Erika Miranda na luta pelo bronze.
O Japão ganhou o seu primeiro ouro no meio-leve feminino do judô em Tóquio-2020. Abe Uta derrotou a francesa Amandine Buchard por ippon para confirmar o favoritismo e levar a medalha de ouro. A italiana Odette Giufrida e a britânica Chelsie Giles ficaram com as medalhas de bronze.
Medalhistas – judô -52 kg feminino – Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Barcelona-1992 | Almudena Muñoz (ESP) | Noriko Mizoguchi (JAP) | Li Zhongyun (CHN) Sharon Rendle (GBR) |
Atlanta-1996 | Marie-Claire Restoux (FRA) | Hyeon Suk-Hui (COR) | Noriko Sugawara (JAP) Legna Verdecia (CUB) |
Sydney-2000 | Legna Verdecia (CUB) | Noriko Sugawara-Narazaki (JAP) | Kye Sun-Hui (PRK) Liu Yuxiang (CHN) |
Atenas-2004 | Xian Dongmei (CHN) | Yuki Yokosawa (JAP) | Amarilis Savón (CUB) Ilse Heylen (BEL) |
Pequim-2008 | Xian Dongmei (CHN) | An Kum-Ae (PRK) | Soraya Haddad (ALG) Misato Nakamura (JAP) |
Londres-2012 | An Kum-Ae (PRK) | Yanet Bermoy (CUB) | Rosalba Forciniti (ITA) Priscilla Gneto (FRA) |
Rio-2016 | Majlinda Kelmendi (KOS) | Odette Giuffrida (ITA) | Misato Nakamura (JAP) Nataliya Kuzyutina (RUS) |
Tóquio-2020 | Abe Uta (JAP) | Amandine Buchard (FRA) | Odette Giuffrida (ITA) Charlotte Giles (GBR) |
Quadro de medalhas – judô -52 kg feminino – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
China | 2 | 0 | 2 | 4 |
Japão | 1 | 3 | 3 | 7 |
Cuba | 1 | 1 | 2 | 4 |
Coreia do Norte | 1 | 1 | 1 | 3 |
França | 1 | 1 | 1 | 3 |
Kosovo | 1 | 0 | 0 | 1 |
Espanha | 1 | 0 | 0 | 1 |
Itália | 0 | 1 | 2 | 3 |
Coreia do Sul | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 0 | 2 | 2 |
Argélia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Bélgica | 0 | 0 | 1 | 1 |
Rússia | 0 | 0 | 1 | 1 |