Médio masculino (90 kg)
Médio masculino (90 kg) – Judô – Rafael Macedo – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
O judoca Rafael Macedo será o representante do Brasil na categoria até 90kg. O brasileiro não medalhou em nenhum dos últimos três Mundiais. Mas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, levou a medalha de prata na categoria, além da prata no time misto.
Falando nos mundiais, Rafael Macedo, em 2022, caiu nas oitavas-de-final contra o campeão olímpico Lasha Bekauri, da Geórgia. Já em 2023, o brasileiro iria enfrentar Bekauri novamente, mas desta vez nas quartas. Foi eliminado, entretanto, nas oitavas novamente pelo russo Lorsanov Mansur.
Rafael Macedo é o 11º colocado no ranking mundial dos judocas na categoria. Levando tudo isso em conta, a grande chance do brasileiro é ir até as oitavas ou às quartas.
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Favoritos -90 kg masculino
O atual ouro olímpico Lasha Bekauri é o favorito para vencer novamente na categoria. O georgiano conquistou a medalha de bronze no Mundial de 2022 e subiu o patamar, quando no Mundial do ano seguinte, levou a prata para casa após perder a final para o seu compatriota Luka Maisuradze. Bekauri não participou do Mundial deste ano (2024). E como se tudo isso não fosse o bastante, o gerogiano também é o 1º do ranking mundial.
O sérvio Nemanja Majdov, que levou o ouro no Europeu de Montpellier-2023, também está na briga pelo ouro, além do japonês Sanshiro Murao, bronze no Mundial de 2023 e ouro nos Asiáticos de Nur-Sultan-2022 e Hong Kong-2024. A dupla se encontra no top-3 no ranking mundial. Majdov em 2º e Sanshiro em 3º.
Outros dois nomes notáveis são os do uzbeque Davlat Bobonov e do húngaro Krisztián Tóth, que são os atuais bronzes olímpicos e 7º e 5º do ranking, respectivamente. Bobonov que, inclusive, foi o campeão mundial de 2022.
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O Brasil no -90 kg masculino do Jogos Olímpicos
O peso-médio masculino rendeu ao Brasil uma prata e um bronze nos Jogos Olímpicos.
Presente no maior evento esportivo desde a primeira participação do judô em 1964, é a categoria em que mais vezes o Brasil participou, estando presente em todas as edições disputadas. O primeiro judoca brasileiro na categoria foi Lhofei Shiozawa, que em Tóquio-1964 disputou a única edição em que os judocas foram divididos em grupos de quatro, com o melhor em cada um deles avançando para as quartas de final. Nessa fase, Lhofei acabou derrotado por um sul-coreano e terminou em quinto lugar. Em 1972, Lhofei voltou a representar o país nos Jogos Olímpicos de Munique, terminando em 13° lugar, com uma vitória e uma derrota.
O representante brasileiro nos Jogos Olímpicos de Montreal-1976 foi o paulistano Carlo Motta. Tico, como era apelidado, terminou em 13º.
Batendo na trave
Apenas quatro judocas do Brasil conseguiram alcançar a fase semifinal por duas vezes no judô em Olimpíadas. Mayra Aguiar no meio-pesado feminino, Tiago Camilo, no meio-médio e no peso-médio, Aurélio Miguel no meio-pesado masculino e Walter Carmona no peso-médio masculino.
Representante do Brasil nas edições de Moscou-1980 e Los Angeles-1984, Walter venceu suas três lutas até atingir as semifinais nas duas ocasiões, o que colocava o paulistano muito próximo das medalhas. Em 1980 ele acabou sendo derrotado por Detlef Ultsch, da Alemanha Oriental, na disputa da medalha de bronze. Ainda em 1980 o brasileiro também disputou a extinta categoria aberta, terminando em 10° lugar.
Em 1984, o paulistano voltou a atingir a semifinal, sendo derrotado pelo dono da casa, o estadunidense Robert Berland. No entanto, dessa vez o final da história foi diferente, com Walter Carmona vencendo sua luta pelo bronze contra Densign White, da Grã-Bretanha, e conquistando a primeira medalha do Brasil nessa categoria de peso. Walter Carmona ainda representaria o Brasil em Seul-1988, terminando em 13º lugar.
Wagner Castropil disputou a Olimpíada de Barcelona-1992 no peso-médio, perdendo logo em sua primeira luta por um yuko para o australiano Chris Bacon, terminando em 21º lugar.
Melhor resultado
Nos Jogos seguintes, Atlanta-1996, foi a vez de Edelmar Branco Zanol lutar pelo Brasil. Paulista de Guaíra, Branco terminou em nono.
Uma lesão próxima aos Jogos Olímpicos de Sidney-2000 retirou o titular da categoria no Brasil daquela edição. Em seu lugar entrou o reserva imediato da categoria, Carlos Honorato, que fez história.
O paulistano estreou na Olimpíada de Sidney contra Krisna Bayu, da Indonésia, e logo em seguida derrotou o Fernando González, da Espanha. A primeira grande surpresa do dia veio na fase seguinte, quartas de final, quando Carlos Honorato derrotou por ippon e de forma rápida aquele que era o atual campeão mundial, o japonês Hidehiko Yoshida. Nas semifinais mais uma vitória contra um forte oponente, o francês Frédéric Demontfaucon, garantindo assim uma surpreendente medalha.
Na final o brasileiro acabou sendo derrotado por Mark Huizinga, da Holanda, ficando com a medalha de prata. Ainda hoje a prata de Carlos Honorato conquistada em 2000 é o melhor resultado brasileiro no peso médio.
De Atenas até hoje
Na Olimpíada de Atenas 2004 o Brasil foi novamente representado por Carlos Honorato e terminou aquela edição em nono lugar. Em Pequim-2008 o Brasil foi representado por Eduardo Santos, que terminou em sétimo lugar.
Após a prata no peso leve em Sidney-2000 e o bronze no meio-médio em Pequim-2008, Tiago Camilo desembarcou na Olimpíada de Londres-2012 cotado para levar outra medalha em uma nova categoria, mas pegou uma pedreira pela frente, o grego Iliadis Iliadis, que o derrotou. Tiago Camilo também disputou a edição do Rio de Janeiro, naquela que marcou sua despedida em Jogos Olímpicos após quatro participações. Camilo encerrou sua participação em nono lugar.
Em 2020, Rafael Macedo representou o Brasil na categoria em Tóquio. Mas caiu na primeira fase da contra o cazaque Islam Bozbayev.
Histórico -90 kg masculino nos Jogos Olímpicos
O peso-médio masculino é uma das quatro categorias que estão presentes em olimpíadas desde a primeira aparição do judô na competição em 1964. O maior campeão olímpico é o Japão, com quatro medalhas de ouro, tendo um tricampeonato consecutivo. A Geórgia vem logo atrás do país asiático, tendo o atual campeão e três medalhas de ouro. Quem também venceu a categoria por mais de uma vez foi a Coreia do Sul e Áustria, com duas medalhas de ouro cada.
Com apenas sete campeões diferentes em 14 edições, o peso-médio é um dos que possuem menos variações de campeões no judô masculino, superando apenas o peso pesado nesse quesito. Atualmente o limite de peso na categoria é de até 90 kg.
Primeiras edições
As três primeiras edições foram vencidas pelo Japão, quando o limite de peso era de até 80 kg. Em 1964, na Olimpíada disputada em Tóquio, o campeão foi Isao Okano, que derrotou na final Wolfgang Hofmann, da Alemanha Unificada, se tornando o primeiro medalhista de ouro da categoria. A sequência de pódios japoneses foi interrompida na edição de Moscou-1980 com o boicote do país asiático aos Jogos Olímpicos realizados na União Soviética. Quem se aproveitou da ausência dos japoneses foi o suíço Jürg Röthlisberger, que derrotou na final o cubano Isaac Azcuy.
O austríaco Peter Seisenbacher é o único judoca bicampeão olímpico da história no peso-médio. A primeira conquista veio em Los Angeles-1984, quando o judoca europeu derrotou o dono da casa, o estadunidense Robert Bertland. O brasileiro Walter Carmona conquistou a medalha de bronze nesta edição, após bater na trave em Moscou-1980. O segundo ouro de Seisenbacher veio na edição seguinte de Seul-1988, batendo na final Pascal Tayot, da França. Já a Olímpiada de Atlanta-1996 deu à Coreia do Sul sua primeira medalha de ouro nessa categoria, com Jeon Ki-young.
Mudança em 2000
Em Sidney-2000 a categoria passou a aceitar o atual limite de peso de 90 kg e teve como campeão um holandês. Mark Huizinga derrotou na final o brasileiro Carlos Honorato. Carlos, que era reserva do Brasil na categoria e foi convocado após uma lesão do titular, surpreendeu vários favoritos ao longo do caminho, como o japonês Hidehiko Yoshida, campeão mundial no ano anterior.
A Geórgia se tornou bicampeã consecutiva nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e Pequim-2008.
Após uma longa ausência de nove edições no topo do pódio, o Japão finalmente conseguiu conquistar uma medalha de ouro. A conquista veio na edição do Rio de Janeiro, em 2016, quando Mashu Baker derrotou um dos principais favoritos ao ouro, o georgiano Varlam Liparteliani.
Já em 2020, em Tóquio, a Geórgia voltou a ser medalha de ouro, desta vez com Lasha Bekauri derrotando o alemão Eduard Trippel na final. Enquanto isso, o bronze ficou com o uzbeque Davlat Bobonov e o húngaro Krisztián Tóth.
Medalhistas- judô -90 kg masculino – Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Tóquio-1964 | Isao Okano (JAP) | Wolfgang Hofmann (ALE) | Jim Bregman (EUA) Kim Ui-Tae (COR) |
Munique-1972 | Shinobu Sekine (JAP) | Oh Seung-Rip (COR) | Brian Jacks Jean-Paul Coche |
Montreal-1976 | Isamu Sonoda (JAP) | Valery Dvoynikov (URS) | Park Yeong-Cheol (COR) Slavko Obadov (IUG) |
Moscou-1980 | Jürg Röthlisberger (SUI) | Isaac Azcuy (CUB) | Aleksandrs Jackēvičs (URS) Detlef Ultsch (GDR) |
Los Angeles-1984 | Peter Seisenbacher (AUT) | Bob Berland (EUA) | Seiki Nose (JAP) Wálter Carmona (BRA) |
Seul-1988 | Peter Seisenbacher (AUT) | Vladimir Shestakov (URS) | Ben Spijkers (HOL) Akinobu Osako (JAP) |
Barcelona-1992 | Waldemar Legień (POL) | Pascal Tayot (FRA) | Hirotaka Okada (JAP) Nicolas Gill (CAN) |
Atlanta-1996 | Jeon Gi-Yeong (COR) | Armen Bagdasarov (UZB) | Mark Huizinga (HOL) Marko Spittka (ALE) |
Sydney-2000 | Mark Huizinga (HOL) | Carlos Honorato (BRA) | Frédéric Demontfaucon (FRA) Ruslan Mashurenko (UCR) |
Atenas-2004 | Zurab Zviadauri (GEO) | Hiroshi Izumi (JAP) | Khasanbi Taov (RUS) Mark Huizinga (HOL) |
Pequim-2008 | Irakli Tsirekidze (GEO) | Amar Benikhlef (ALG) | Sergei Aschwanden (SUI) Hesham Misbah (EGI) |
Londres-2012 | Song Dae-Nam (COR) | Asley González (CUB) | Ilias Iliadis (GRE) Masashi Nishiyama (JAP) |
Rio-2016 | Mashu Baker (JAP) | Varlam Lip’art’eliani (GEO) | Gwak Dong-Han (COR) Cheng Xunzhao (CHI) |
Tóquio-2020 | Lasha Bekauri (GEO) | Eduard Trippel (ALE) | Davlat Bobonov (UZB) Krisztián Tóth (HUN) |
Quadro de medalhas – judô -90 kg masculino – Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Japão | 4 | 1 | 4 | 9 |
Geórgia | 3 | 1 | 0 | 4 |
Coreia do Sul | 2 | 1 | 3 | 6 |
Áustria | 2 | 0 | 0 | 2 |
Holanda | 1 | 0 | 3 | 4 |
Suíça | 1 | 0 | 1 | 2 |
Polônia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Alemanha | 0 | 2 | 1 | 3 |
União Soviética | 0 | 2 | 1 | 3 |
Cuba | 0 | 2 | 0 | 2 |
França | 0 | 1 | 2 | 3 |
Uzbequistão | 0 | 1 | 1 | 2 |
Brasil | 0 | 1 | 1 | 2 |
Estados Unidos | 0 | 1 | 1 | 2 |
Argélia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Hungria | 0 | 0 | 1 | 1 |
Canadá | 0 | 0 | 1 | 1 |
Alemanha Oriental | 0 | 0 | 1 | 1 |
Egito | 0 | 0 | 1 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 0 | 1 | 1 |
Grécia | 0 | 0 | 1 | 1 |
China | 0 | 0 | 1 | 1 |
Rússia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Ucrânia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Iugoslávia | 0 | 0 | 1 | 1 |