Hipismo
Guia do hipismo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Provas com brasileiros
Chances do Brasil no hipismo em Paris-2024
O hipismo do Brasil já começa Paris-2024 com recorde. Medalha de ouro em 2004, Rodrigo Pessoa vai se tornar o atleta com maior número de participação em Jogos Olímpicos de Verão. O cavaleiro vai disputar sua oitava Olimpíada, deixando para trás o velejador Robert Scheidt e a jogadora de futebol Formiga, que estiveram sete vezes nos jogos. Ele se iguala a Jaqueline Mourão, que também tem oito Olimpíada, mas três de verão e cinco de inverno.
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Em relação a chances de medalha do hipismo do Brasil, a principal é na disputa por equipes dos saltos. O time brasileiro está entre os melhores do mundo. Na Copa das Nações de 2023, foi quarto colocado, e no Mundial de 2022 terminou em nono. Nos últimos dois Jogos Olímpicos, ficou em sexto lugar. Não dá para dizer que está entre os grandes favoritos, mas podem sim chegar ao pódio.
Nas outras duas modalidades do hipismo, o Brasil tem chances super remotas de medalha. Tanto no adestramento, com João Victor Marcari Oliva, quanto no Conjunto Completo de Equitação (CCE), o objetivo é tentar fazer em Paris-2024 o melhor resultado do país na história dos Jogos Olímpicos.
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Palácio de Versalhes
- Capacidade: 15 mil expectadores
- Esportes: Hipismo, pentatlo moderno e hipismo paralímpico
Os belos jardins do Château de Versailles proporcionarão um cenário majestoso para as competições de hipismo, unindo o esporte com a rica herança cultural francesa. Esta arena será palco de duas provas do Concurso Completo de Equitação (prova de adestramento e saltos), além das competições de Saltos e Adestramento (Olímpica e Paralímpica). A disciplina individual e por equipes no cross-country do CCE será realizada ao longo do Grande Canal, enquanto os cinco eventos de pentatlo moderno também serão organizados no Palácio de Versalhes.
O Brasil no hipismo dos Jogos Olímpicos
O hipismo é uma das modalidades olímpicas mais destacadas no esporte brasileiro, possuindo três medalhas em sua história, uma de ouro e duas de bronze. As três com participação de Rodrigo Pessoa, que vai disputar em Paris-2024 sua oitava Olimpíada.
Campeão mundial em 1998, na ocasião montando Gandini Lianos, Rodrigo Pessoa era uma das maiores esperanças brasileiras nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000. Na segunda volta da rodada final, após ser um dos primeiros colocados na volta anterior, Baloubet du Rouet, cavalo francês de então 11 anos, refugou em um dos obstáculos, não querendo completar a prova e eliminando o conjunto de qualquer chance. A imagem do cavalo se negando a pular o obstáculo da prova foi a que mais personificou uma edição olímpica de frustrações brasileiras.
Medalha de ouro
Quatro anos depois e buscando uma redenção, o conjunto brasileiro alegrou o país com uma comemorada medalha de prata em Atenas-2004. O irlandês Cian O’Connor venceu o ouro montando Waterford Crystal já na segunda rodada da final. Rodrigo, montando Baloubet, foi para o desempate para decidir a cor de sua medalha, vencendo o americano Chris Clipper e sua montaria Royal Kaliber. Pouco mais de dois meses depois, em 08 de outubro de 2004, a FEI (Federação Equestre Internacional) anunciou a desclassificação do conjunto irlandês devido ao doping do cavalo vencedor. Rodrigo foi então anunciado com o histórico título olímpico. A medalha foi recebida em agosto de 2005 e foi entregue para Rodrigo em uma cerimônia no Rio de Janeiro
As outras duas grandes conquistas nacionais foram duas medalhas de bronze por equipes, em Atlanta-96 e em Sydney-2000 com outros três grandes atletas, André Johannpeter, Luiz Felipe Azevedo e Alvaro de Miranda Neto, o Doda.
Nelson Pessoa
Nelson Pessoa, pai de Rodrigo, foi sem dúvidas um dos grandes responsáveis para o hipismo se tornar conhecido no Brasil. Em Jogos Olímpicos, ele teve como destaque o quinto lugar em Tóquio-1964 e, dentre outras participações, a presença na equipe olímpica de Barcelona-1992, onde aos 56 anos foi o cavaleiro mais velho do evento, dividindo a seleção com Rodrigo, então com 19, o mais novo daquele ano.
Ainda no hipismo saltos, destaque para Eloy de Menezes, quarto lugar nos Jogos de Helsinque-52, a melhor colocação do Brasil no hipismo até o surgimento da geração de Rodrigo Pessoa e Doda.
Nas outras modalidades, tanto no CCE como no adestramento, o Brasil ainda não obteve grandes resultados olímpicos.