Handebol feminino
Guia do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Tabela do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
FASE FINAL
Quartas de Final | Semifinal | Final |
---|---|---|
Noruega | ||
6 de agosto de 2024 32-15 | ||
Noruega | ||
8 de agosto de 2024 25-21 | ||
Brasil | ||
Noruega | ||
Dinamarca | 10 de agosto de 2024 29-21 | |
6 de agosto de 2024 29-25 | ||
Dinamarca | ||
Holanda | ||
Hungria | ||
6 de agosto de 2024 32-36 | ||
Suécia | ||
8 de agosto de 2024 28-31 | ||
Suécia | ||
França | ||
França | ||
6 de agosto de 2024 26-23 | ||
França | ||
Alemanha |
Quartas de Final | Semifinal | Final | Semifinal | Quartas de Final |
---|---|---|---|---|
Noruega | Hungria | |||
6 de agosto de 2024 32-15 | 6 de agosto de 2024 32-36 | |||
Noruega | Suécia | |||
8 de agosto de 2024 25-21 | 8 de agosto de 2024 28-31 | |||
Brasil | Noruega | Suécia | ||
10 de agosto de 2024 29-21 | ||||
Dinamarca | França | França | ||
6 de agosto de 2024 29-25 | 6 de agosto de 2024 26-23 | |||
Dinamarca | França | |||
Holanda | Alemanha |
Chances do Brasil no handebol feminino
O Brasil segue dominando completamente o handebol feminino nas Américas. Ano passado, em Santiago, a seleção brasileira conquistou a medalha de ouro pela sétima vez seguida. Mas quando se fala em brigar com as melhores do mundo, o buraco é mais embaixo. Todas as jogadoras convocadas pelo técnico Cristiano Rocha jogam na Europa e algumas delas vivem grandes momentos. Exemplos disso são a armadora Bruna de Paula, do Gyori, da Hungria, e a goleira Gabi Moreschi, do Biettigheim, da Alemanha, que se enfrentaram na final da Liga dos Campeões.
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Depois de ficar em penúltimo lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Brasil se recuperou e fez um ótimo Mundial em 2021, chegou às quartas de final e terminou em sexto. Em 2023, fez outra boa campanha e terminou em décimo.
Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil caiu num grupo muito duro. Terá pela frente quatro europeus, entre eles a favorita França e a Espanha, que venceu a seleção brasileira nos dois últimos Mundiais, além de Hungria e Holanda. O outro adversário é a campeã africana Angola.
Se conseguir chegar até as quartas de final, o Brasil já pode comemorar ter feito uma boa campanha. Mais do que isso, é sonhar demais.
As convocadas do handebol feminino do Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris-2024
- Goleiras: Gabriela Moreschi (Gabi) e Renata Arruda
- Pontas: Adriana (Doce) Cardoso, Jéssica Quintino e Larissa Araújo
- Armadoras: Bruna de Paula, Gabriela Bitolo, Giulia Guariero, Jhenifer dos Santos, Kelly Rosa Mariana Fernandes e Patrícia Matieli
- Pivôs: Marcela Arouinian e Tamires Araújo
Favoritos do handebol feminino
Dona da casa, a França é a grande favorita à medalha de ouro do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Depois de ser campeã olímpica em Tóquio-2020, a equipe foi vice-campeã mundial em 2021 e campeã em 2023. O único “tropeço” no ciclo foi ficar em quarto lugar no Europeu de 2022.
Quem pode brigar com a França é a Noruega. Medalha de bronze em Tóquio-2020, enfrentou as francesas nas finais dos dois últimos Mundiais: venceu em 2021, mas perdeu em 2023. Além disso, foi campeã europeia em 2022.
Completa a lista de candidatos ao pódio a Dinamarca, que faturou medalhas em todos os campeonatos importantes do ciclo. Foi medalha de bronze nos Mundiais de 2021 e 2023 e prata no Europeu de 2022.
Além das três principais favoritas, Espanha e Suécia podem aparecer numa semifinal e brigar por medalha no handebol feminino.
Forma de disputa do handebol feminino nos Jogos Olímpicos
Doze países, divididos em duas chaves de seis times, disputarão a medalha de ouro no Japão. Os quatro primeiros de cada grupo se classificam e enfrentam adversários do outro grupo nas quartas-de-final (sendo o primeiro colocado de um grupo contra o quarto colocado do outro e o segundo colocado de um contra o terceiro colocado de outro). A partir daí, saem os semifinalistas e finalistas.
Sedes do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Arena Paris Sul
- Capacidade: 5.000 espectadores
- Esportes: Handebol, levantamento de peso, tênis de mesa, vôlei, bocha, goalball e tênis de mesa paralímpico
A Arena Paris Sul faz parte do Paris Expo, um centro de exposições e convenções que é um dos mais ativos da Europa e o mais visitado na França. Ao longo de 35 hectares, 228.000 m2 de salas de exposições e oito pavilhões, Paris Expo recebe 7,5 milhões de visitantes todos os anos, especialmente durante a Feira Internacional de Agricultura. Com os pavilhões 1, 4 e 6 reservados para a logística dos Jogos, o Paris Expo vai ser um importante centro para os Jogos de Paris 2024.
Stade Pierre-Mauroy
- Capacidade: 50.000 espectadores
- Esportes: Basquete e handebol
O Estádio Pierre Mauroy é uma vitrine poliesportiva modular com um design espetacular, construído em 2012 e casa do Lille, um dos principais clubes de futebol da França. Graças ao seu projeto modular e layout adaptável, o local já sediou competições internacionais de diversos esportes desde que foi construído como as finais da Copa Davis de tênis em 2014 e 2017, várias partidas da Euro 2016, do Europeu de Basquete em 2015 e do Mundial de Handebol em 2017.
Handebol feminino do Brasil em Jogos Olímpicos
O Brasil chega em Paris a sua sétima participação em Jogos Olímpicos no handebol feminino. A estreia ocorreu 24 anos atrás, em Sydney. Desde então, o país evoluiu progressivamente. Na Austrália, o Brasil só conseguiu ganhar das donas da casa, se classificando em quarto e perdendo nas quartas de final para a forte Coreia do Sul. Lucila e Zezé eram as grandes estrelas do time que ficou em oitavo lugar.
Quatro anos mais tarde, o Brasil mostrou evolução. Com as experientes Aline e Chicória aliadas a novas jogadoras como Alexandra, o time passou a fazer jogos mais equilibrados com as principais potências. Contra a Ucrânia, líder do grupo, perdeu apenas por um gol. Se classificou em quarto e foi eliminado outra vez pela Coreia do Sul. Mas dessa vez perdendo por 24 a 22, bem diferente dos 35 a 24 de Sydney. As jogadoras ficaram na sétima colocação.
Em Pequim 2008, Duda Amorim e Ana Paula eram as grandes novidades. O já experiente time do Brasil fez duros jogos, mas em um dificílimo grupo, agora com 6 integrantes ao invés de cinco, não conseguiu avançar. Foi a pior posição até então: nono lugar.
Melhores campanhas
Em Londres, o Brasil chocou a todos. Venceu quatro dos cinco jogos que teve e se classificou em primeiro do grupo. Há quem diga que a atual campeã Noruega perdeu o último jogo propositalmente para enfrentar o Brasil. Ana Paula, Duda, Alexandra e cia viraram o primeiro tempo vencendo por 13 a 9. A Noruega mostrou porque era a maior potência do esporte à época e venceu o segundo tempo por 12 a 6, eliminando o Brasil. O quinto lugar obtido foi a melhor colocação até então.
No Rio, o Brasil já vinha mais prestigiado após o título mundial de 2013, conquistado na Sérvia. O time novamente se classificou em primeiro do grupo, mas deu. O azar de enfrentar uma equipe holandesa em ascensão e de não conseguir encaixar o jogo, sendo novamente eliminado nas quartas. O quinto lugar dentre os 12 participantes foi o melhor até hoje.
Em Tóquio-2020, o Brasil não teve um bom desempenho e terminou em 11º entre os 12 participantes.
História do handebol feminino nos Jogos Olímpicos
O torneio feminino de handebol completa chega a sua 11ª primeira edição em Paris-2024. Ao longo de todas as edições, vemos que o número 3 é um número “cabalístico” na modalidade. Sempre vemos “tris” ou “quase-tris” acontecendo. Isso porque a partir de Seul 1988, virou moda no handebol feminino alcançar três finais olímpicas consecutivas.
A Coreia do Sul foi a primeira a atingir o feito, vencendo em casa em 1988 e também em Barcelona 1992. O tri campeonato foi perdido em 1996 para a Dinamarca, que viria a conquistar a marca nas duas edições seguintes dos jogos, se tornando a primeira tricampeã olímpica do handebol feminino, ao vencer os Jogos de 2000 e 2004. A partir de 2008, outro país nórdico começou a dominar o handebol feminino: a Noruega, campeã em Pequim e também em Londres 2012. As norueguesas chegaram ao Rio em busca de se tornar o terceiro país a atingir três finais olímpicas consecutivas e o segundo a conquistar o tri. Caíram, entretanto, nas semifinais, na prorrogação diante da Rússia, que viria a ser campeã.
Em Tóquio-2020, a França superou a Rússia na final e conquistou a medalha de ouro.
Coreia do Sul e Noruega são os países que tem mais medalhas com seis no total.
Medalhistas do handebol feminino nos Jogos Olímpicos
Ano | Ouro | Prata | Bronze |
1976 | União Soviética | Alemanha Oriental | Hungria |
1980 | União Soviética | Iugoslávia | Alemanha Oriental |
1984 | Iugoslávia | Coreia do Sul | China |
1988 | Coreia do Sul | Noruega | União Soviética |
1992 | Coreia do Sul | Noruega | Equipe Unificada |
1996 | Dinamarca | Coreia do Sul | Hungria |
2000 | Dinamarca | Hungria | Noruega |
2004 | Dinamarca | Coreia do Sul | Ucrânia |
2008 | Noruega | Rússia | Coreia do Sul |
2012 | Noruega | Montenegro | Espanha |
2016 | Rússia | França | Noruega |
2020 | França | Comitê Olímpico Russo | Noruega |
Quadro de medalhas do handebol feminino nos Jogos Olímpicos
Clas | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | Dinamarca (DEN) | 3 | 0 | 0 | 3 |
2 | Coreia do Sul (KOR) | 2 | 3 | 1 | 6 |
3 | Noruega (NOR) | 2 | 2 | 3 | 7 |
4 | União Soviética (URS) | 2 | 0 | 1 | 3 |
5 | França (FRA) | 1 | 1 | 0 | 2 |
Rússia (RUS) | 1 | 1 | 0 | 2 | |
Iugoslávia (YUG) | 1 | 1 | 0 | 2 | |
8 | Hungria (HUN) | 0 | 1 | 2 | 3 |
9 | Alemanha Oriental (RDA) | 0 | 1 | 1 | 2 |
10 | Montenegro (MNE) | 0 | 1 | 0 | 1 |
Comitê Olímpico Russo | 0 | 1 | 0 | 1 | |
12 | China (CHN) | 0 | 0 | 1 | 1 |
Espanha (ESP) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Ucrânia (UKR) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Equipe Unificada (EUN) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Totais | 12 | 12 | 12 | 36 |