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Handebol feminino

Guia do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

Bruna de Paula é a principal jogadora do Brasil no handebol feminino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Bruna de Paula é o principal nome do Brasil no handebol feminino (Wander Roberto/COB)

Tabela do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

GRUPO A

PosTimePtsJVPróContra
11787226167
21175204188
31074176166
4261159160
5251107133
6251116147

GRUPO B

PosTimePtsJVPróContra
11687237204
2864177166
3562169176
4462142151
5351131154
6050111143

FASE FINAL

Quartas de Final Semifinal Final
Noruega  
6 de agosto de 2024
32-15
Noruega
8 de agosto de 2024
25-21
Brasil
 Noruega
Dinamarca
10 de agosto de 2024
29-21
6 de agosto de 2024
29-25
Dinamarca
 
Holanda
 
Hungria
6 de agosto de 2024
32-36 bandeira da suecia
Suécia
8 de agosto de 2024
bandeira da suecia 28-31
Suécia
 França
França 
6 de agosto de 2024
26-23
França
 
Alemanha
Quartas de Final Semifinal Final Semifinal Quartas de Final
Noruega   Hungria
6 de agosto de 2024
32-15
6 de agosto de 2024
32-36 bandeira da suecia
NoruegaSuécia
8 de agosto de 2024
25-21
8 de agosto de 2024
bandeira da suecia 28-31
BrasilNoruegaSuécia
 
10 de agosto de 2024
29-21
 
DinamarcaFrançaFrança
6 de agosto de 2024
29-25
 
6 de agosto de 2024
26-23
DinamarcaFrança
  
HolandaAlemanha

Chances do Brasil no handebol feminino

O Brasil segue dominando completamente o handebol feminino nas Américas. Ano passado, em Santiago, a seleção brasileira conquistou a medalha de ouro pela sétima vez seguida. Mas quando se fala em brigar com as melhores do mundo, o buraco é mais embaixo. Todas as jogadoras convocadas pelo técnico Cristiano Rocha jogam na Europa e algumas delas vivem grandes momentos. Exemplos disso são a armadora Bruna de Paula, do Gyori, da Hungria, e a goleira Gabi Moreschi, do Biettigheim, da Alemanha, que se enfrentaram na final da Liga dos Campeões.

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Depois de ficar em penúltimo lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Brasil se recuperou e fez um ótimo Mundial em 2021, chegou às quartas de final e terminou em sexto. Em 2023, fez outra boa campanha e terminou em décimo.

Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil caiu num grupo muito duro. Terá pela frente quatro europeus, entre eles a favorita França e a Espanha, que venceu a seleção brasileira nos dois últimos Mundiais, além de Hungria e Holanda. O outro adversário é a campeã africana Angola.

Se conseguir chegar até as quartas de final, o Brasil já pode comemorar ter feito uma boa campanha. Mais do que isso, é sonhar demais.

As convocadas do handebol feminino do Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris-2024

  • Goleiras: Gabriela Moreschi (Gabi) e Renata Arruda
  • Pontas: Adriana (Doce) Cardoso, Jéssica Quintino e Larissa Araújo
  • Armadoras: Bruna de Paula, Gabriela Bitolo, Giulia Guariero, Jhenifer dos Santos, Kelly Rosa Mariana Fernandes e Patrícia Matieli
  • Pivôs: Marcela Arouinian e Tamires Araújo

Favoritos do handebol feminino

Dona da casa, a França é a grande favorita à medalha de ouro do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Depois de ser campeã olímpica em Tóquio-2020, a equipe foi vice-campeã mundial em 2021 e campeã em 2023. O único “tropeço” no ciclo foi ficar em quarto lugar no Europeu de 2022.

Quem pode brigar com a França é a Noruega. Medalha de bronze em Tóquio-2020, enfrentou as francesas nas finais dos dois últimos Mundiais: venceu em 2021, mas perdeu em 2023. Além disso, foi campeã europeia em 2022.

Completa a lista de candidatos ao pódio a Dinamarca, que faturou medalhas em todos os campeonatos importantes do ciclo. Foi medalha de bronze nos Mundiais de 2021 e 2023 e prata no Europeu de 2022.

Além das três principais favoritas, Espanha e Suécia podem aparecer numa semifinal e brigar por medalha no handebol feminino.

Forma de disputa do handebol feminino nos Jogos Olímpicos

Doze países, divididos em duas chaves de seis times, disputarão a medalha de ouro no Japão. Os quatro primeiros de cada grupo se classificam e enfrentam adversários do outro grupo nas quartas-de-final (sendo o primeiro colocado de um grupo contra o quarto colocado do outro e o segundo colocado de um contra o terceiro colocado de outro). A partir daí, saem os semifinalistas e finalistas.

Sedes do handebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

Arena Paris Sul

Arena Paris Sul
  • Capacidade: 5.000 espectadores
  • Esportes: Handebol, levantamento de peso, tênis de mesa, vôlei, bocha, goalball e tênis de mesa paralímpico

A Arena Paris Sul faz parte do Paris Expo, um centro de exposições e convenções que é um dos mais ativos da Europa e o mais visitado na França. Ao longo de 35 hectares, 228.000 m2 de salas de exposições e oito pavilhões, Paris Expo recebe 7,5 milhões de visitantes todos os anos, especialmente durante a Feira Internacional de Agricultura. Com os pavilhões 1, 4 e 6 reservados para a logística dos Jogos, o Paris Expo vai ser um importante centro para os Jogos de Paris 2024.

Stade Pierre-Mauroy

  • Capacidade: 50.000 espectadores
  • Esportes: Basquete e handebol

O Estádio Pierre Mauroy é uma vitrine poliesportiva modular com um design espetacular, construído em 2012 e casa do Lille, um dos principais clubes de futebol da França. Graças ao seu projeto modular e layout adaptável, o local já sediou competições internacionais de diversos esportes desde que foi construído como as finais da Copa Davis de tênis em 2014 e 2017, várias partidas da Euro 2016, do Europeu de Basquete em 2015 e do Mundial de Handebol em 2017.

Handebol feminino do Brasil em Jogos Olímpicos

handebol feminino
Quinto lugar nos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi o melhor resultado do handebol feminino do Brasil (www.inovafoto.com.br)

O Brasil chega em Paris a sua sétima participação em Jogos Olímpicos no handebol feminino. A estreia ocorreu 24 anos atrás, em Sydney. Desde então, o país evoluiu progressivamente. Na Austrália, o Brasil só conseguiu ganhar das donas da casa, se classificando em quarto e perdendo nas quartas de final para a forte Coreia do Sul. Lucila e Zezé eram as grandes estrelas do time que ficou em oitavo lugar.

Quatro anos mais tarde, o Brasil mostrou evolução. Com as experientes Aline e Chicória aliadas a novas jogadoras como Alexandra, o time passou a fazer jogos mais equilibrados com as principais potências. Contra a Ucrânia, líder do grupo, perdeu apenas por um gol. Se classificou em quarto e foi eliminado outra vez pela Coreia do Sul. Mas dessa vez perdendo por 24 a 22, bem diferente dos 35 a 24 de Sydney. As jogadoras ficaram na sétima colocação.

Em Pequim 2008, Duda Amorim e Ana Paula eram as grandes novidades. O já experiente time do Brasil fez duros jogos, mas em um dificílimo grupo, agora com 6 integrantes ao invés de cinco, não conseguiu avançar. Foi a pior posição até então: nono lugar.

Melhores campanhas

Em Londres, o Brasil chocou a todos. Venceu quatro dos cinco jogos que teve e se classificou em primeiro do grupo. Há quem diga que a atual campeã Noruega perdeu o último jogo propositalmente para enfrentar o Brasil. Ana Paula, Duda, Alexandra e cia viraram o primeiro tempo vencendo por 13 a 9. A Noruega mostrou porque era a maior potência do esporte à época e venceu o segundo tempo por 12 a 6, eliminando o Brasil. O quinto lugar obtido foi a melhor colocação até então.

No Rio, o Brasil já vinha mais prestigiado após o título mundial de 2013, conquistado na Sérvia. O time novamente se classificou em primeiro do grupo, mas deu. O azar de enfrentar uma equipe holandesa em ascensão e de não conseguir encaixar o jogo, sendo novamente eliminado nas quartas. O quinto lugar dentre os 12 participantes foi o melhor até hoje.

Em Tóquio-2020, o Brasil não teve um bom desempenho e terminou em 11º entre os 12 participantes.

História do handebol feminino nos Jogos Olímpicos

O torneio feminino de handebol completa chega a sua 11ª primeira edição em Paris-2024. Ao longo de todas as edições, vemos que o número 3 é um número “cabalístico” na modalidade. Sempre vemos “tris” ou “quase-tris” acontecendo. Isso porque a partir de Seul 1988, virou moda no handebol feminino alcançar três finais olímpicas consecutivas. 

Coreia do Sul foi a primeira a atingir o feito, vencendo em casa em 1988 e também em Barcelona 1992. O tri campeonato foi perdido em 1996 para a Dinamarca, que viria a conquistar a marca nas duas edições seguintes dos jogos, se tornando a primeira tricampeã olímpica do handebol feminino, ao vencer os Jogos de 2000 e 2004. A partir de 2008, outro país nórdico começou a dominar o handebol feminino: a Noruega, campeã em Pequim e também em Londres 2012. As norueguesas chegaram ao Rio em busca de se tornar o terceiro país a atingir três finais olímpicas consecutivas e o segundo a conquistar o tri. Caíram, entretanto, nas semifinais, na prorrogação diante da Rússia, que viria a ser campeã.

Em Tóquio-2020, a França superou a Rússia na final e conquistou a medalha de ouro.

Coreia do Sul e Noruega são os países que tem mais medalhas com seis no total.

Medalhistas do handebol feminino nos Jogos Olímpicos

AnoOuroPrataBronze
1976
União Soviética

Alemanha Oriental

Hungria
1980
União Soviética

Iugoslávia

Alemanha Oriental
1984
Iugoslávia

Coreia do Sul

China
1988
Coreia do Sul

Noruega

União Soviética
1992
Coreia do Sul

Noruega

Equipe Unificada
1996
Dinamarca

Coreia do Sul

Hungria
2000
Dinamarca

Hungria

Noruega
2004
Dinamarca

Coreia do Sul

Ucrânia
2008
Noruega

Rússia

Coreia do Sul
2012
Noruega

Montenegro

Espanha
2016
Rússia

França

Noruega
2020
França

Comitê Olímpico Russo

Noruega

Quadro de medalhas do handebol feminino nos Jogos Olímpicos

ClasPaísOuroPrataBronzeTotal
1 Dinamarca  (DEN)3003
2 Coreia do Sul  (KOR)2316
3 Noruega  (NOR)2237
4 União Soviética  (URS)2013
5 França  (FRA)1102
 Rússia  (RUS)1102
 Iugoslávia  (YUG)1102
8 Hungria  (HUN)0123
9 Alemanha Oriental  (RDA)0112
10 Montenegro  (MNE)0101
 Comitê Olímpico Russo0101
12 China  (CHN)0011
 Espanha  (ESP)0011
 Ucrânia  (UKR)0011
 Equipe Unificada  (EUN)0011
Totais12121236