Conjunto geral
Conjunto Geral – Ginástica rítmica – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
O Brasil chega aos Jogos Olímpicos de Paris-2024 com a chance de alcançar um resultado histórico na final do conjunto geral da ginástica rítmica. Em 2022, o quinteto conseguiu sua primeira medalha em Copa do Mundo, e no Mundial alcançou o melhor resultado geral com o 5° lugar.
Em 2023, as brasileiras conquistaram mais quatro medalhas em etapas de Copa do Mundo. Já em 2024, entre os destaques do ano está a Copa do Mundo de Milão, na Itália, onde obtiveram a maior pontuação do ciclo com 71.500 pontos, ficando com a medalha de prata, apenas 0,100 ponto atrás da medalha de ouro.
Somando esses resultados em grandes competições no ciclo olímpico, o conjunto brasileiro está no páreo para brigar por um lugar no pódio em Paris-2024.
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Os favoritos
Sem a participação da Rússia, cinco vezes campeã olímpica, a prova de conjunto geral na ginástica rítmica contará com alguns países candidatos à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Um dos principais é Israel, atual campeão mundial e vice-campeão europeu em 2023, além de inúmeras conquistas em etapas de Copa do Mundo.
Conjunto de Israel é um dos favoritos ao ouro olímpico (Jose Jordan/AFP via Getty Images)
Outro grande nome é a China, campeã dos circuitos de Copas do Mundo de 2024 e atual vice-campeã mundial. Destaque também para a Bulgária, que foi campeã em Tóquio-2020, quebrando a hegemonia russa de cinco Olimpíadas. Embora as ginastas não sejam as mesmas, o grupo é o campeão europeu de 2024 e campeão mundial em 2022.
Além do Brasil, outras equipes fortes também estão na disputa por medalhas em Paris-2024. As italianas, que conquistaram a medalha de bronze em Tóquio-2020, são as atuais vice-campeãs europeias. Já as espanholas, que tiveram um início de ciclo abaixo das expectativas, recuperaram-se e atualmente detêm a medalha de bronze tanto no Campeonato Europeu quanto no Campeonato Mundial de 2022 e 2023.
Brasil no conjunto geral dos Jogos Olímpicos
No conjunto o Brasil é o principal país do continente americano, tendo participado de cinco das sete edições disputadas. A competição por equipes é também a mais tradicional do país, tendo o conjunto chegado até as finais por duas vezes. Nossa primeira participação foi em Sydney-2000, quando a equipe se classificou para a final em uma apresentação que conquistou o público da cidade australiana.
Em 2004 na cidade de Atenas, uma nova final para a equipe. Nas duas edições, o Brasil foi oitavo colocado. Em Pequim-2008 o Brasil conseguiu sua terceira classificação olímpica consecutiva, mas ao contrário das outras vezes, o país não avançou para a final. Nos Jogos Olímpicos na Rio-2016, a equipe acabou na nona posição, pouco mais de um ponto atrás da última vaga que ficou com a Ucrânia. Nossa última participação olímpica foi em Tóquio-2020, o conjunto ficou na 12° posição, após um erro na série de 5 bolas, não conseguindo a classificação à final.
O conjunto do Brasil ficou em 12º lugar na competição por equipes em Tóquio-2020 (Mike Blake/Reuters)
Histórico do conjunto geral nos Jogos Olímpicos
A prova por equipes, ou conjunto, da ginástica rítmica estreou na edição de Atlanta-1996 e, desde então, permanece no cronograma olímpico. A Rússia domina amplamente a disputa com cinco das sete medalhas de ouro até hoje. Além da Rússia, os únicos países a ganharem medalhas de ouro são a Espanha, que também possui uma medalha de prata, e a Bulgária, que tem mais duas medalhas de bronze e uma de prata. Belarus e Itália são também países tradicionais na modalidade, frequentemente presentes no pódio olímpico. O Brasil participou cinco vezes, classificando-se para a final em duas ocasiões.
A disputa conta com duas apresentações, apontando, na soma das notas, as oito melhores equipes que avançam para a disputa final. As pontuações são então zeradas e novamente são feitas duas apresentações, apontando as medalhistas. Os aparelhos da prova se revezam a cada ciclo olímpico e em Paris-2024 uma das apresentações será com cinco arcos e a outra com três fitas e duas bolas.
Espanha – Primeiro conjunto campeão
O primeiro conjunto campeão olímpico foi espanhol, superando na final de Atlanta-1996 a Bulgária e a Rússia. O sexteto espanhol formado por Marta Baldó, Nuria Cabanillas, Estela Giménez, Lorena Gurendéz, Tania Lamarca e Estíbaliz Matínez liderou a competição tanto na prova de cinco arcos quanto na prova de três bolas e duas fitas e faturou o ouro com um total de 38,933 contra os 38,866 das búlgaras.
A Espanha levou a primeira medalha de ouro olímpica no Conjunto, em Atlanta-1996 (Reprodução/FIG)
Domínio russo
Quatro anos depois tinha-se o início do longo domínio russo que perdurou até na Rio-2016. Na edição de Sydney-2000 as apresentações foram com cinco maças e a outra contando com três fitas e duas bolas. A Rússia acabou na final empatando com Belarus com a mesma pontuação nas duas apresentações, 19,800 nas maças e 19,700 nas fitas e bolas, somando 39.500, mas acabaram levando a melhor no critério de desempate. O sexteto grego completou o pódio com uma soma total de 39,283. Campeãs quatro anos antes, as espanholas não conseguiram se classificar para a final.
O segundo título russo veio na edição de Atenas-2004, que de forma tranquila deixou para trás o conjunto italiano com uma diferença de quase dois pontos na soma total das apresentações. A Itália apareceu pela primeira vez em um pódio olímpico da ginástica rítmica e a Bulgária completou o pódio, voltando a conquistar uma medalha após ficar ausente no pódio de Sydney-2000. Em Pequim-2008 a Rússia se tornava tricampeã olímpica. As séries nessa edição foram divididas em cinco cordas na primeira apresentação e três arcos e duas maças na segunda. A medalha de prata ficou com as donas da casa, a equipe chinesa, desbancando as ginastas de Belarus, medalhistas de prata no mundial anterior, em 2007.
Pentacampeonato russo
O quarto título do conjunto russo foi conquistado em Londres-2012. Com nota de 28,375 na apresentação com cinco bolas e 28,000 na apresentação com três fitas e dois arcos, a equipe somou 56,375, ficando à frente do conjunto italiano por 0,575. O pódio foi completado pela equipe de Belarus. O último título russo foi conquistado na Rio-2016, sendo o mais complicado para o país. Na fase de classificação a equipe russa acabou avançando na segunda colocação, atrás das espanholas. Na final a Espanha acabou conquistando uma nota maior que a Rússia na apresentação das cinco fitas, mas na apresentação das três maças e dois arcos o time acabou cometendo erros que permitiram a virada russa e a consequente conquista da quinta medalha dourada. O bronze foi conquistado pela Bulgária.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o conjunto búlgaro quebrou a hegemonia russa de cinco edições olímpicas ao conquistar o ouro na ginástica rítmica. Com uma sólida tradição no esporte, a Bulgária superou a Rússia por uma diferença de 1,400 pontos na soma das apresentações nas finais. Nas classificatórias, a Rússia já havia ficado atrás da Bulgária, e nas finais o pódio se manteve, com a Itália levando a medalha de bronze.
Todos os medalhistas do conjunto geral
Olimpíadas | Ouro | Prata | Bronze |
Atlanta-1996 | Espanha | Bulgária | Rússia |
Sydney-2000 | Rússia | Bielorrússia | Grécia |
Atenas-2004 | Rússia | Itália | Bulgária |
Pequim-2008 | Rússia | China | Bielorrússia |
Londres-2012 | Rússia | Bielorrússia | Itália |
Rio de Janeiro-2016 | Rússia | Espanha | Bulgária |
Tóquio-2020 | Bulgária | Rússia | Itália |
Quadro de medalhas do Conjunto nos Jogos Olímpicos:
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Rússia | 5 | 1 | 1 | 7 |
Bulgária | 1 | 1 | 2 | 4 |
Espanha | 1 | 1 | 0 | 2 |
Belarus | 0 | 2 | 1 | 3 |
Itália | 0 | 1 | 2 | 3 |
China | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grécia | 0 | 0 | 1 | 1 |