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Ginástica de trampolim

Ginástica de trampolim nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Hedgard Moraes/MTC)
Equipe brasileira (titulares e reservas) que vão representar o país em Paris (Hedgard Moraes/MTC)

Provas

individual femininoindividual masculino

Chances do Brasil na ginástica de trampolim em Paris-2024

Estar nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 já é uma grande realização para a ginástica de trampolim do Brasil, ainda mais por ter garantido atletas nos dois naipes. Camilla Gomes e Rayan Dutra são os primeiros brasileiros a se classificar para uma Olimpíada, já que Rafael Andrade disputou os Jogos do Rio-2016 na condição de atleta da casa.

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Apesar da pouca tradição do Brasil na ginástica de trampolim, Camilla Gomes e Rayan Dutra são talentosos e vão brigar para chegar pelo menos em uma final nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

Arena Bercy

  • Capacidade: 20.000 espectadores
  • Esportes: Basquete, Ginástica artística, Ginástica de trampolim, basquete em cadeira de rodas

Localizada no bairro de Bercy, esta arena multiuso será o palco das competições de basquete e ginástica, oferecendo uma atmosfera vibrante para os espectadores.

O Brasil na ginástica de trampolim dos Jogos Olímpicos

A ginástica de trampolim como prática esportiva chegou ao Brasil em 1975, trazido pelo professor José Martins de Oliveira Filho. Os campeonatos regionais e nacionais logo se popularizaram. Em 1990, na Alemanha, o Brasil participou pela primeira vez de um Campeonato Mundial. Desde então, o país vem, a cada campeonato mundial, aumentando a sua participação e conquistando destacadas posições.

Com pouca tradição na modalidade, o Brasil teve até hoje apenas um ginasta nas provas de trampolim. O goiano Rafael Andrade ocupou na Rio-2016 a vaga destinada ao país sede do evento, se tornando o primeiro atleta a disputar os Jogos Olímpicos. Na ocasião o goiano terminou na 15ª colocação durante a fase de classificação, ficando de fora da final.

Rafael Andrade foi o primeiro representante do Brasil na ginástica de trampolim em Jogos Olímpicos (Divulgação/CBG/Ricardo Bufolin)

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Brasil não conseguiu classificar nenhum atleta. Por isso, a importância de ter conseguido garantir dois atletas em Paris-2024: Camilla Gomes e Rayan Dutra.

Grandes nomes da ginástica de trampolim nos Jogos Olímpicos

A China é a principal potência da modalidade, tendo conquistado 14 medalhas olímpicas no total. Dessas, quatro delas são de Dong Dong, sem dúvidas o maior nome da modalidade. Dong Dong foi bronze em Pequim-2008, campeão olímpico em Londres-2012, prata tanto no Rio de Janeiro em 2016 quanto em em Tóquio-2020.

O chinês possui 21 medalhas em Campeonatos Mundiais nas mais diversas provas, como por equipes, individual e trampolim sincronizado. Dentre essas 21 medalhas, 12 delas são de ouro. Também da China veio Lu Chunlong, campeão olímpico em Pequim-2008 e medalhista de bronze em Londres-2012.

O chinês Dong Dong é o maior nome da ginástica de trampolim com três medalhas olímpicas, entre elas o ouro em Londres-2012 (Divulgação/COI)

No feminino o país asiático teve He Wenna, campeã olímpica em Pequim-2008 e medalhista de bronze em 2012. Wenna foi ainda cinco vezes campeã mundial em diferentes provas do trampolim. Outro destaque do trampolim feminino chinês é Huang Shanshan, que apesar de não ter conquistado nenhum ouro, escreveu seu nome na história do esporte com um bronze em Atenas-2004 e uma prata em Londres-2012, além de cinco medalhas de ouro e outras três de prata em campeonatos mundiais.

Uma das potências da modalidade, o Canadá tem seu principal pilar no trampolim feminino, com destaque para duas ginastas. Rosannagh MacLennan que foi bicampeã olímpica da prova em Londres-2012 e Rio-2016.

Já Karen Cockburn é a única ginasta do mundo a ter conquistado três medalhas olímpicas, sendo duas delas de prata, em Atenas-2004 e Pequim-2008, e uma de bronze, em Sydney-2000, quando a modalidade estreava no cronograma olímpico.

A canadense Rosannagh MacLennan é a atual bicampeã olímpica da ginástica de trampolim (Divulgação)

Destaque também para o russo Aleksander Moskalenko, primeiro campeão olímpico do masculino em Sydney-2000 e que também foi medalhista de prata na edição seguinte, em Atenas-2004. Vindo de um dos países mais tradicionais da ginástica de trampolim, Moskalenko conquistou ainda nove medalhas de ouro e três medalhas de prata em mundiais entre 1994 e 2003, nas mais diversas provas.

Quadro geral de medalhas da ginástica de trampolim em Jogos Olímpicos

ClasNaçãoOuroPrataBronzeTotal
1 China  (CHN)44614
2 Canadá  (CAN)2327
3 Rússia  (RUS)2204
4 Bielorrússia  (BLR)2002
5 Ucrânia  (UKR)1102
6 Alemanha  (GER)1012
7 Grã-Bretanha  (GBR)0112
8 Austrália  (AUS)0101
9 Nova Zelândia  (NZL)0011
 Uzbequistão  (UZB)0011
Totais12121236

Ginástica de trampolim: saiba mais sobre o esporte

A ginástica de trampolim é uma das três modalidades da ginástica que integram o programa dos Jogos Olímpicos ao lado da ginástica artística e rítmica. Considerada por muitos como uma brincadeira de criança, a ginástica de trampolim era gerida até 1999 pela Federação Internacional de Trampolim (FIT), quando passou então para as mãos da Federação Internacional de Ginástica (FIG), responsável também pelas outras modalidades de ginástica.

A ginástica de trampolim consiste em uma apresentação de 20 elementos técnicos, entre eles mortais para frente e para trás, duplos e outras acrobacias. O atleta compete em uma cama elástica em que a rede tem 4,28 metros de comprimento por 2,14 de largura e que fica 1,55 metros do chão.  No entanto a área demarcada para os saltos é menor, 2,15 de comprimento por 1,08 de largura.

Rayan Dutra - Seleção Brasileira de Ginástica de Trampolim - Foto: Ricardo Bufolin/ CBG
(Ricardo Bufolin/CBG)

Assim como acontece nas outras ginásticas, o trampolim também é dividido em duas notas durante a avaliação. A nota de dificuldade, que engloba a dificuldade de todos os elementos realizados pelo ginasta, e a nota de execução, que avalia a realização desses elementos.

Uma das modalidades mais novas do programa olímpico, a ginástica de trampolim apareceu pela primeira vez no evento em Sydney-2000. Ao contrário do que acontece em mundiais da modalidade onde são disputadas 14 provas, em Jogos Olímpicos são disputadas apenas as provas de trampolim individual masculino e feminino.

Ao longo de cinco edições oito países já conseguiram medalhar no esporte: China, Rússia, Ucrânia, Alemanha, Canadá, Uzbequistão, Austrália e Belarus. Destaque para os três ouros e dez medalhas no total da China, os dois ouros e cinco medalhas no geral para a Rússia e os dois ouros, três pratas e dois bronzes canadenses.