Salto feminino

Salto Feminino – Rebeca Andrade – Ginástica Artística – Jogos Olímpicos de Paris-2024

CALENDÁRIO

Data	Evento	Tempo/Resultado	Local
2024-07-28 16:10:0028 de julho de 2024	Salto feminino – Classificatória - Rebeca Andrade	2º lugar - 14.683 - Classificada à final	N/A
2024-07-28 16:10:0028 de julho de 2024	Salto feminino – Classificatória - Flávia Saraiva	14.100	N/A
2024-07-28 16:10:0028 de julho de 2024	Salto feminino – Classificatória - Jade Barbosa	13.733	N/A
2024-07-28 16:10:0028 de julho de 2024	Salto feminino – Classificatória - Júlia Soares	Não competiu	N/A
2024-07-28 16:10:0028 de julho de 2024	Salto feminino – Classificatória - Lorrane Oliveira	12.900	N/A
2024-08-03 11:20:003 de agosto de 2024	Salto feminino – Final - Rebeca Andrade	PRATA - 15.100 e 14.833 - 14.966 de média	N/A

Chances do Brasil no salto feminino em Paris-2024

Das ginastas brasileiras que vão disputar os Jogos Olímpicos Paris-2024, a única que deve tentar uma final no salto feminino é Rebeca Andrade. Ela é a atual campeã olímpica e mundial do salto sobre a mesa. E a ginasta paulista vai em busca de mais uma medalha olímpica no seu melhor aparelho. Em 2021 ela estreou o Cheng (Yurchenko com meia volta, seguido de pirueta e meia para frente), salto que a ajudou a levar a medalha dourada em Tóquio. Desde então, ela foi campeã mundial em 2021 e 2023 e levou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2023, com direito a um dos melhores saltos da história.

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A princípio, Rebeca Andrade deve competir o Cheng e um Yurchenko com duas ou duas e meia piruetas. Porém, existem rumores de que a ginasta possa fazer um salto novo em Paris. Em entrevista recente ao OTD, Rebeca disse que tem treinado novidades em todos os aparelhos, mas não tem certeza se irá fazê-los na Olimpíada. Basta saber se a campeã olímpica irá surpreender árbitros e público na capital francesa.

As favoritas

Dona do salto mais difícil do código de pontuação, Simone Biles chega como favorita ao ouro no salto feminino em Paris-2024. A norte-americana deve executar o Yurchenko Duplo Carpado, salto com maior nota de dificuldade atualmente e que Simone é a única ginasta mulher capaz de executar no mundo. Se ela acertar o salto, é difícil tirar o ouro dela. Rebeca Andrade é a ginasta mais perto de alcançar Simone Biles e, com os saltos que já tem no seu arsenal, ela consegue altas notas de execução.

Com Rebeca Andrade e Simone Biles em uma patamar acima das adversárias, outras duas ginastas devem brigar pelo bronze. Terceira colocada em Tóquio-2020 e no último Mundial, a sul-coreana Yeo Seojeong também tem um salto difícil que leva o seu nome e pode usá-lo para assegurar uma vaga no pódio em Paris. Já a norte-americana Jade Carey vai em busca da redenção. Em Tóquio, ela era uma das favoritas a uma medalha, mas errou na corrida do seu primeiro salto, não conseguindo executá-lo. Dessa forma, Carey ficou em último lugar na final. Outras ginastas que devem ir para a final e podem surpreender incluem a mexicana Alexa Moreno, a francesa Colline Devillard e a canadense Ellie Black.

Brasil no salto feminino nos Jogos Olímpicos

O Brasil disputou apenas duas vezes a final de salto dos Jogos Olímpicos. Como as atletas precisam disputar dois saltos de grupos diferentes dentro do código de pontuação para brigar por uma medalha no aparelho, poucas atletas se especializam na prova. A primeira finalista olímpica do Brasil foi Jade Barbosa em Pequim-2008. Na ocasião, ela caiu na final terminando apenas na sétima posição. O Brasil voltou à final olímpica do salto feminino na última edição dos Jogos Olímpicos com Rebeca Andrade conquistando a medalha de ouro.

Histórico do salto feminino em Jogos Olímpicos

A primeira aparição do salto feminino em Olimpíadas foi na edição de Amsterdã-1928 como parte integrante da prova por equipes. Somente na edição de Helsinque-1952, foi disputada também separadamente. Na disputa pelo primeiro lugar geral no quadro de medalhas da prova, a União Soviética leva vantagem sobre a Romênia. São 16 medalhas, sendo seis de ouro, contra 11 medalhas romenas, cinco dela de ouro.

Já na primeira edição a União Soviética demonstrou um domínio gigantesco, com o país ocupando os seis primeiros lugares. Ekaterina Kalinchuk foi a primeira campeã do aparelho, Maria Gorokhovskaya ficou com a prata e Galina Minaicheva com o bronze.

As duas edições seguintes do salto feminino também foram vencidas pela União Soviética, completando o tricampeonato olímpico para o país. Em Melbourne-1956 o título foi conquistado por Larisa Latynina. Já em 1960, disputado em Roma, as soviéticas repetiram a edição de 1952 e ocuparam as três posições no pódio. Margarita Nikolaeva ficou com o ouro, Sofia Muratova com a prata e Larisa Latynina com o bronze.

Vera Caslavska, da Tchecoslováquia, foi bicampeã olímpica no salto feminino nas edições de 1964 e 1968, feito até hoje ainda não igualado por nenhuma outra ginasta. Em 1964 a prata foi conquistada por Larisa Latynina, empatada com a alemã Birgit Radochla, somando sua terceira medalha no aparelho em Jogos Olímpicos. Na edição de Munique-72 as ginastas da Alemanha Oriental, Karin Janz e Erika Zuchold, conquistaram a dobradinha para o país.

Retorno soviético

Após três Olimpíadas consecutivas sem subir ao lugar mais alto do pódio, a União Soviética emplacou mais um bicampeonato olímpico. Nellie Kim conquistou o ouro em Montreal-1976 e Natalia Shaposhnikova em Moscou-1980. Nas duas edições, a Alemanha Oriental ficou com a medalha de prata, sendo que em 76 ficou empatada com outra soviética.

Os Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984 tiveram uma das disputas mais apertadas no salto feminino. Apenas 0.025 separaram a campeã Ecaterina Szabo, da Romênia, da vice-campeã Mary Lou Retton, dos Estados Unidos. Lavinia Agache, também da Romênia, foi medalhista de bronze, apenas 0.1 atrás de Mary Lou e 0.125 de Szabo. Foi a primeira medalha de ouro da Romênia no aparelho, bem como a primeira vez em que as americanas apareceram no pódio do salto. Já Seul-1988 representou a última medalha de ouro da União Soviética (Svetlana Bongiskaya), que foi dissolvida ao longo do ciclo olímpico de Barcelona 1992.

E teve empate

Ao longo de 17 edições em apenas uma ocorreu empate no topo do pódio da prova de salto feminino. Lavinia Milosovici, da Romênia, e Henrietta Onodi, da Hungria, conseguiram a nota de 9.925 e acabaram dividindo a medalha de ouro na Olimpíada de Barcelona-1992. O segundo lugar do pódio acabou ficando vago e o bronze ficou com a atleta da Equipe Unificada, Tatiana Lysenko. A americana Sahannon Miller, que liderou as qualificatórias, acabou terminando em quinto lugar. Na edição seguinte, Atlanta-1996, Simona Amanar, que dá nome a um dos saltos mais difíceis e raros de serem vistos no salto feminino nos dias de hoje, conquistou o bicampeonato inédito para a Romênia.

Elena Zamolodchikova conquistou nos Jogos Olímpicos de Sidney-2000 a única medalha de ouro da Rússia no salto feminino. No pódio teve a companhia de sua compatriota Yekaterina Lobaznyuk com a medalha de bronze.

Favoritas falhando

Competindo em casa em 2008, a chinesa Fei Cheng era o principal nome do salto feminino e grande favorita ao ouro. Contando com um dos saltos mais difíceis do código de pontuação batizado em seu nome, o Cheng, a ginasta não conseguiu sustentar o favoritismo e acabou caindo em seu segundo salto da final e terminou com a medalha de bronze. O ouro ficou com a Coréia do Norte de Hong Un-Jong e a prata com a lendária Oksana Chusovitina, que na Olimpíada de Pequim 2008 competia pela Alemanha.

Em 2012 foi a vez de McKayla Maroney chegar com o status de superfavorita ao ouro do salto feminino. Maroney é considerada uma das maiores saltadoras da história e foi campeã mundial em 2011 e dominou o final daquele ciclo olímpico. No entanto, após sobrar nas classificatórias com folga e fazer um Amanar perfeito na final por equipes, a ginasta caiu em seu segundo salto realizado na final e acabou perdendo o ouro, terminando em segundo lugar. A romena Sandra Izbasa aproveitou a falha da favorita e conquistou o ouro, o último da ginástica romena em Jogos Olímpicos. Bronze para a russa Maria Paseka.

Simone e Rebeca

A última edição olímpica, disputada em 2016 no Rio de Janeiro, teve como campeã a norte-americana Simone Biles. Foi a primeira medalha de ouro dos Estados Unidos no salto e apenas a quarta no total. Prata para a russa Maria Paseka, melhorando o resultado conseguido em Londres, e bronze para a suíça Giulia Steingruber.

Em Tóquio-2020, Rebeca Andrade brilhou na final para levar o primeiro ouro brasileiro na ginástica artística feminina em Jogos Olímpicos. No Japão, Simone Biles sofreu com twisties, uma espécie de bloqueio mental que faz com que a ginasta perca o controle do seu corpo no ar. Por precaução ela saiu da final, dando vaga para sua colega de equipe Mykayla Skinner. Ela ficou em segundo lugar e levou a prata. O bronze ficou com a sul-coreana Yeo Seojeong.

Todas as medalhistas do salto feminino nos Jogos Olímpicos

Quadro de medalhas do salto feminino nos Jogos Olímpicos