Espada feminina
Espada feminina – esgrima – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Campeã mundial em 2019, Nathalie Moellhausen é a única brasileira com chances de conquistar uma medalha na esgrima nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Aos 38 anos, ela ocupa atualmente a oitava posição no ranking mundial da espada. Em 2024, Moellhausen subiu ao pódio em duas etapas do Grand Prix, conquistando o bronze em março, em Budapeste, na Hungria, e em maio, em Cáli, na Colômbia. No último Mundial, realizado em 2023, ela foi eliminada nas oitavas de final, terminando em décimo lugar.
Nos Jogos Olímpicos, Nathalie Moellhausen teve sua melhor participação na Rio 2016, quando chegou às quartas de final e terminou em sexto lugar. Em Tóquio 2020, ela foi eliminada na fase de 32 pela italiana Rossella Fiamingo.
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As favoritas
Esta é sem dúvida a prova de esgrima olímpica de Paris-2024 com as maiores expectativas para a torcida brasileira. Nathalie Moellhausen, primeira brasileira a se tornar campeã mundial de esgrima em 2019, é a grande esperança de conquistar uma medalha inédita na modalidade para o Time Brasil.
O grande desafio é que a espada feminina é a categoria mais disputada e imprevisível da esgrima, o que também se aplica ao masculino da mesma arma. Uma das principais adversárias da brasileira é a sul-coreana Song Se-ra, campeã mundial em 2022 e detentora de duas medalhas por equipe em Mundiais. Durante o ciclo olímpico, ela acumulou 10 medalhas em etapas de Copa do Mundo, Grand Prix e Campeonato Asiático.
A lista continua com a francesa Marie-Florence Candassamy, campeã mundial em 2023 e segunda colocada no ranking, além das italianas Giulia Rizzi e Alberta Santuccio. Também na disputa estão a honconguesa Vivian Kong, medalhista de bronze e líder mundial, e a chinesa Sun Yiwen, atual campeã olímpica de Tóquio-2020 e medalhista de bronze na Rio-2016.
Brasil na espada feminina dos Jogos Olímpicos
A esgrima é um dos esportes mais antigos do Brasil. A prática da modalidade está presente em terras nacionais desde o Brasil Império, quando Dom Pedro II demonstrou interesse no esporte e fundou, em 1858, cursos de esgrima na Infantaria e Cavalaria da Escola Militar de Realengo.
Com duas participações nos Jogos Olímpicos na categoria de espada feminina, Nathalie Moellhausen é o principal nome da modalidade. Em casa, nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, a brasileira alcançou o quinto lugar ao vencer a americana Kelley Hurley por 15 a 12 e a francesa Marie-Florence Candassamy pelo mesmo placar nas oitavas de final.
Também por 15 a 12, mas desta vez sofrendo uma derrota, Nathalie perdeu nas quartas de final para a francesa Lauren Rembi. Ela encerrou sua participação na sexta posição, a melhor colocação de uma brasileira na esgrima olímpica. Nathalie continuou a fazer história para o Brasil ao conquistar o título mundial de esgrima em 2019, marcando a primeira medalha do país nessa competição.
No Rio, o Brasil também foi bem representado por Rayssa Costa, que venceu a suíça Tiffany Géroudet por 15 a 13 na primeira rodada, mas foi derrotada pela medalhista mundial Sarra Besbes, da Tunísia, por 15 a 12 no round 32. Amanda Simeão, por sua vez, perdeu na primeira rodada para Marie-Florence Candassamy, da França, por 15 a 6.
Histórico da espada feminina nos Jogos Olímpicos
A espada feminina individual estreou nos Jogos Olímpicos apenas em Atlanta-1996, totalizando até os dias de hoje sete edições olímpicas. A Hungria venceu três vezes, enquanto França, Ucrânia, China e Alemanha uma vez cada.
A primeira campeã olímpica foi histórica. Laura Flessel não só venceu o primeiro título olímpico da espada individual como se tornou a primeira mulher negra a se tornar campeã olímpica na esgrima. Flessel, que ajudou ainda a equipe de seu país a vencer a prova por equipes, é um dos maiores ídolos do esporte francês. Foi ainda prata em Atenas-2004 e bronze em Sydney-2000 no individual, além de outro bronze na disputa por equipes em Atenas.
Flessel encerrou a carreira esportiva e entrou no mundo da política. Ela foi ministra dos esportes da França de 17 de maio de 2017 a 4 de setembro de 2018 no governo do presidente Emmanuel Macron. Foi sucedida no cargo pela nadadora Roxana Maracineanu. Atualmente, junto com seu antigo técnico Daniel Levavasseur, ela é treinadora da brasileira Nathalie Moellhausen, tendo grande importância na conquista do título mundial da atleta. As duas são grandes amigas
Flessel era favorita nas edições olímpicas seguidas, mas parou nas duas oportunidades para a húngara Tímea Nagy, bicampeã olímpica nos Jogos de Sydney-2000 e Atenas-2004. Britta Heidemann venceu em Pequim-2008, Yana Shemyakina foi a campeã de Londres-2012 e Emese Szász da levou mais um título para a Hungria nos Jogos do Rio em 2016. A China conquistou seu primeiro ouro nos Jogos de Tóquio 2020, após ganhar duas medalhas de bronze.
Todas as medalhistas
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Atlanta-1996 | Laura Flessel (FRA) | Valérie Barlois-Mevel (FRA) | Gyöngyi Szalay-Horváth (HUN) |
Sydney-2000 | Tímea Nagy (HUN) | Gianna Hablützel-Bürki (SUI) | Laura Flessel-Colovic (FRA) |
Atenas-2004 | Tímea Nagy (HUN) | Laura Flessel-Colovic (FRA) | Maureen Nisima (FRA) |
Pequim-2008 | Britta Heidemann (ALE) | Ana Brânză (ROM) | Ildikó Mincza-Nébald (HUN) |
Londres-2012 | Yana Shemiakina (UCR) | Britta Heidemann (ALE) | Sun Yujie (CHI) |
Rio-2016 | Emese Szász-Kovács (HUN) | Rossella Fiamingo (HUN) | Sun Yiwen (CHI) |
Tóquio-2020 | Sun Yiwen (CHN) | Ana Maria Popescu (ROU) | Katrina Lehis (EST) |
Quadro de medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Hungria | 3 | 0 | 2 | 5 |
França | 1 | 2 | 2 | 5 |
Alemanha | 1 | 1 | 0 | 2 |
China | 1 | 0 | 2 | 3 |
Ucrânia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Romênia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Itália | 0 | 1 | 0 | 1 |
Suíça | 0 | 1 | 0 | 1 |
Estônia | 0 | 0 | 1 | 1 |