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Ciclismo BMX Racing feminino

Na imagem, Paola Reis fazendo a curva com sua BMX.
Paola Reis será a representante do Brasil no Ciclismo BMX Racing feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. (Divulgação/ UCI)

Chances do Brasil

Após duas edições seguidas com Priscilla Stevaux representando o Brasil, Paola Reis assumiu o posto para competir pelo país nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Paola Reis assegurou a vaga olímpica ao conquistar a medalha de ouro no Pan-Americano de Ciclismo BMX. A conquista foi fundamental para o Brasil, já que o país não conseguiu a cota via ranking Olímpico de nações, que contabiliza os melhores resultados dos ciclistas de cada Comitê Olímpico Nacional a partir de 1º de agosto de 2022.

Assim, com o ouro de Paola Reis, o Brasil pôde manter a sequência de quatro edições seguidas na disputa do BMX Racing feminino em Jogos Olímpicos. Apesar disso, a brasileira vai para Paris-2024 sem grandes expectativas. Isso porque ela é a atual número 28 do ranking mundial, estando longe dos resultados das melhores atletas da modalidade. Além disso, o Brasil nunca conseguiu se classificar para as semifinais olímpicas da categoria. Assim, se ela passar da primeira fase já seria um resultado muito positivo para o país.

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As favoritas

Maior nome do BMX Racing atualmente, a colombiana Mariana Pajón tentará em Tóquio conquistar a sua terceira medalha de ouro na prova. Ela foi bicampeã olímpica consecutiva em Lodres-2012 e na Rio-2016, além de ter ficado com a prata em Tóquio-2020. Caso consiga a terceira dourada, Pajón será a primeira ciclista de BMX a conseguir tal feito, tanto entre homens quanto entre mulheres.

Entretanto, Pajón não está entre as grandes favoritas da prova. Isso porque este foi o ciclo em que a colombiana mais encontrou resistência de suas rivais, passando em branco nos campeonatos mundiais. Campeã pan-americana de Santiago-2023, Mariana Pajón terá de se superar para manter a sua hegemonia em Jogos Olímpicos.

Os principais nomes na atualidade são da britânica Beth Shriever, da australiana Saya Sakakibara e da estadunidense Alise Willoughby. Shriever é a atual campeã olímpica, e vem de um ciclo vitorioso com dois títulos mundiais (2021 e 2023). Além disso, a britânica ocupa o 4º posto no ranking mundial da categoria. Já Sakakibara é a líder do ranking mundial e tem no currículo dois títulos de Copas do Mundo na modalidade (2023 e 2024).

Por fim, Willoughby (2ª no ranking) vem embalada na briga pelo título em Paris-2024. A estadunidense é a atual campeã mundial do BMX Racing feminino, e foi vice na edição anterior. Também aparecem com chances a suíça Zoé Claessens, vice-campeã mundial em 2024 e 2022, e a holandesa Laura Smulders, prata no mundial de 2023 e bronze em 2021.

Brasil no Ciclismo BMX Racing feminino nos Jogos Olímpicos

A primeira participação brasileira na prova feminina do BMX foi em Londres-2012. Após ficar de fora da estreia da modalidade em Pequim-2008, o país conseguiu sua classificação para a edição britânica do maior evento esportivo através de Squel Stein. A catarinense de Ibirama acabou terminando na última colocação em sua bateria semifinal, não conseguindo avançar para a final.

Quatro anos depois, nas Olimpíadas disputadas no Rio de Janeiro em 2016, o Brasil contou com a participação de Priscilla Carnaval. A sorocabana acabou repetindo o desempenho de Squel Stein, terminando na oitava colocação em sua bateria, sem conseguir avançar para a final. Priscilla também foi a representante do Brasil nos Jogos de Tóquio-2020. No entanto, ela acabou ficando na última colocação de sua bateria e não avançou à fase seguinte.

Histórico

O BMX estreou em Jogos Olímpicos em Pequim-2008 e tem a Colômbia como sua maior vencedora no feminino, com duas medalhas de ouro e uma prata. Em seguida, aparece a França com um ouro e uma prata, e a Grã-Bretanha com uma dourada. O Brasil conta com três participações olímpicas, em 2012, 2016 e 2020, ficando de fora apenas da estreia da modalidade em Pequim-2008. Nas três edições em que o Brasil participou nossas representantes não alcançaram a final.

A primeira campeã olímpica foi a francesa Anne-Caroline Chausson na edição de Pequim-2008. Um dos maiores nomes do ciclismo feminino, a francesa dominou várias modalidades do esporte além do BNX, como o downhill, o cross-country, mountain bike e o enduro. Ao todo, antes do BMX ter se tornado olímpico, a francesa já havia conquistado 16 medalhas de ouro em campeonatos mundiais, seja júnior ou sênior. A medalha de prata em Pequim ficou com outra francesa, Laetitia Le Corguillé, enquanto o bronze foi conquistado por Jill Kintner, dos Estados Unidos.

Mariana Pajón: primeira bicampeã olímpica

Para muitos o maior nome da história do BMX Race feminino, a colombiana Mariana Pajón brilhou nas três últimas Olimpíadas disputadas, Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016, se sagrando a primeira mulher a se tornar bicampeã olímpica da modalidade. Além da medalha de prata nos jogos de Tóquio-2020. Grande estrela do esporte colombiano e seis vezes campeã mundial, a ciclista chegou aos Jogos Olímpicos de Londres como a grande favorita da categoria e não decepcionou.

Após ficar em terceiro na tomada de tempo, Mariana Pajón desbancou grandes nomes da modalidade para ficar com o ouro. A neozelandesa Sarah Walker, três vezes medalhista de ouro em mundiais em diferentes provas do BMX, ficou com a medalha de prata, enquanto o bronze foi conquistado pela holandesa Laura Smulders.

O segundo ouro de Mariana Pajón foi conquistado no Rio de Janeiro em 2016. Os colombianos compareceram em peso no dia da final do BMX para presenciarem o show de sua compatriota em terras brasileiras. Com o Parque de Deodoro tomado por bandeiras colombianas, Pajón confirmou novamente o seu favoritismo, tornando-se a primeira bicampeã olímpica da modalidade e da Colômbia. Alise Willoughby, dos Estados Unidos, ficou com a medalha de prata, enquanto a venezuelana Stefany Hernández levou o bronze.

Em Tóquio-2020, a britânica Beth Shriever quebrou a hegemonia da colombiana e faturou o ouro olímpico em sua primeira participação em Jogos Olímpicos. Para isso, Shriever precisou marcar o tempo de 44s358 na final, menos de um décimo de segundo à frente de Pajón, que ficou com a prata. Por fim, a holandesa Merel Smulders completou o pódio levando a segunda medalha de bronze do país na categoria.

Todos os medalhistas

JogosOuroPrataBronze
Pequim 2008Anne-Caroline Chausson (FRA)Laëtitia Le Corguillé (FRA)Jill Kintner (USA)
Londres 2012Mariana Pajón (COL)Sarah Walker (NZL)Laura Smulders (NED)
Rio 2016Mariana Pajón (COL)Alise Post (USA)Stefany Hernández (VEN)
Tóquio-2020Beth Shriever (GBR)Mariana Pajón (COL)Merel Smulders (NED)

Quadro de medalhas

PaísOuroPrataBronzeTotal
Colômbia2103
França1102
Grã-Bretanha1001
Estados Unidos0112
Nova Zelândia0101
Holanda0022
Venezuela0011