C2 500 m masculino
C2 500 m masculino – canoagem velocidade – Jogos Olímpicos de Paris-2024 Isaquias Queiroz
Chances do Brasil
O Brasil fará a sua estreia no C2 500 m masculino da canoagem velocidade em Jogos Olímpicos em Paris 2024. Isso se deve ao fato de que a modalidade conta com apenas nove edições em Olimpíadas, tendo ficado de fora nos últimos três eventos. A categoria susbstitui o C2 1000 m, que ficou de fora dos Jogos pela primeira vez desde que a canoagem foi implementada no progama olímpico, em 1936. No C2 1000 m o Brasil teve uma medalha de prata com Isaquias Queiroz e Erlon Silva no Rio 2016, além de um quarto lugar em Tóquio 2020. No Japão, a dupla de Isaquias foi Jacky Godmann, o mesmo que irá competir no C2 500 em Paris.
Durante o ciclo olímpico, Isaquias Queiroz e Jacky Godmann participaram de apenas um Campeonato Mundial, em Duisburg 2023. Por lá, a equipe brasileira ficou de fora da final principal do C2 500, terminando na 17ª colocação. Todavia, é preciso ressaltar que Isaquias não estava em sua melhor forma, o que afetou o desempenho na Alemanha.
Sempre é bom lembrar que Isaquias chega em todas categorias que disputa como um grande favorito a medalhas. O brasileiro tem quatro medalhas olímpicas (um ouro, duas pratas e um bronze) e sete ouros em mundiais de canoagem. Mais preparado e confiante para Paris 2024, ele chega forte e com apetite pelo pódio na França. Isso porque, Isso porque, caso ele conquiste mais uma medalha, igualará Robert Scheidt e Torben Grael, da vela, como maior medalhista olímpico brasileiro. Com duas, passaria a ser o único atleta do país com seis pódios.
Outro ponto de destaque é que a combinação de Isaquias Queiroz com Jacky Godman é considerada a ideal para a disputa em dupla. Enquanto Isaquias possui a melhor remada de direita do país, Godmann traz a remada de esquerda mais potente. Assim, ambos atletas estão em posição de conforto para a disputa em Paris 2024.
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Os favoritos
O C2 500 m não terá uma dupla favorita absoluta em nos Jogos Olímpicos de Paris. Enquanto o Brasil desponta como forte candidato pelo histórico de Isaquias, os outros países se apegam nos resultados de campeonatos mundiais durante o ciclo olímpico. No entanto, nos três eventos realizados, houve três ganhadores diferentes: os italianos Nicolae Craciun e Daniele Santini (Copenhagen 2021), os espanhóis Cayetano García e Pablo Martínez (Dartmouth 2022) e os alemães Peter Kretschmer e Tim Hecker (Duisburg 2023).
A equipe da Espanha ainda ficou com o bronze no último mundial, mostrando que serão bons candidatos a medalhas em Paris 2024. Outra equipe que briga por medalhas é a China com Liu Hao e Ji Bowen, que também vêm de duas medalhas seguidas em mundiais, com uma prata em 2023 e um bronze em 2023. Além disso, a China se tornou uma recente “potência” na canoagem velocidade, ganhando, inclusive, os últimos dois ouros no C2 500 m masculino em Olimpíadas, em Atenas 2004 e Pequim 2008.
Por fim, os alemães Peter Kretschmer e Tim Hecker chegam à Paris 2024 como os atuais campeões mundiais. Para a conquista do título, a dupla alemã colocou mais de um segundo de vantagem sobre os vice-campeões, mostrando dominânica na prova. Além disso, vale destacar que a Alemanha é um país com bastante tradição na canoagem, liderando o quadro geral de medalhas na canoagem velocidade.
Histórico do C2 500 m masculino da canoagem velocidade
O C2 500 m não é uma das provas mais tradicionais dos Jogos Olímpicos. Com a canoagem começando em Berlim 1936, a prova estreou apenas em Olimpíadas em Montreal 1976 e seguiu por mais oito edições ininterruptamente. No entanto, a categoria saiu do programa olímpico em Londres 2012, e só está voltando agora.
De modo geral, as provas de canoagem têm um domínio forte do leste europeu. No C2 500 m a história não é diferente. Nas noves edições, apenas duas vezes uma equipe não europeia deixou de levar o ouro, sendo a China (2004 e 2008) a vencedora. Para se ter ideia apenas Cuba, em Atenas 2004, conseguiu levar uma medalha na prova (prata) vindo de um continente diferente de Europa e Ásia.
A Hungria desponta como a maior vencedora do C2 500 m masculino, sendo o único país com três medalhas de ouro. A União Soviética e a China aparecem logo atrás com duas conquistas cada. Dentre as melhores formações na história das Olímpiadas, os chineses Meng Guanliang e Yang Wenjun se destacam, sendo os únicos bicampeões da prova. Ivan Patzaichin, da Romênia também se destacou com duas medalhas de prata em Moscou 1980 e Los Angeles 1984
Todos os medalhistas
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Montreal-1976 | União Soviética | Polônia | Hungria |
Moscou-1980 | Hungria | Romênia | Bulgária |
Los Angeles-1984 | Iugoslávia | Romênia | Espanha |
Seul-1988 | União Soviética | Polônia | França |
Barcelona-1992 | Equipe Unificada | Alemanha | Bulgária |
Atlanta-1996 | Hungria | Moldávia | Romênia |
Sydney-2000 | Hungria | Polônia | Romênia |
Atenas-2004 | China | Cuba | Rússia |
Pequim-2008 | China | Rússia | Alemanha |
Quadro de medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Hungria | 3 | 0 | 1 | 4 |
União Soviética | 2 | 0 | 0 | 2 |
China | 2 | 0 | 0 | 2 |
Iugoslávia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 1 | 0 | 0 | 1 |
Polônia | 0 | 3 | 0 | 3 |
Romênia | 0 | 2 | 2 | 4 |
Alemanha | 0 | 1 | 1 | 2 |
Rússia | 0 | 1 | 1 | 2 |
Moldávia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Cuba | 0 | 1 | 0 | 1 |
Bulgária | 0 | 0 | 2 | 2 |
Espanha | 0 | 0 | 1 | 1 |
França | 0 | 0 | 1 | 1 |