C1 1000 m masculino
C1 1000 m masculino – canoagem velocidade – Jogos Olímpicos de Paris-2024 Isaquias Queiroz
Chances do Brasil
A exemplo do que aconteceu na Rio-2016 e em Tóquio-2020, Isaquias Queiroz é o único brasileiro com chance real de medalha na canoagem velocidade dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Dono de um ouro, uma prata em Jogos Olímpicos no C1 1000 m, o canoísta de Ubaitaba vai defender o título olímpico em Paris.
Depois do ouro em Tóquio, Isaquias Queiroz foi aos poucos tirando o pé do acelerador. Ainda assim foi vice-campeão mundial no C1 1000 m em 2022, mas ficou apenas em sexto lugar em 2023 e foi prata nos Jogos Pan-Americanos. Este ano, entretanto, já deu mostras de que o canoísta baiano chegará a Paris-2024 no melhor da sua forma ao vencer a prova na Copa do Mundo disputada em Szeged, na Hungria.
Além de Isaquias, o Brasil levará também o jovem Mateus Nunes, de apenas 18 anos de idade. No entanto, não há expectativas de grandes resultados para o jovem atleta, visto que a própria comissão técnica da canoagem brasileira o convocou pensando no ganho de experiência, sem esperar medalhas.
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Os favoritos
Isaquias Queiroz ainda é o principal favorito na prova em Paris 2024, mas pode ter o título ameçado por outros bons adversários.
A Alemanha sempre está entre as favoritas nas competições de canoagem, sendo o país com mais medalhas olímpicas do esporte, e também a maior campeã no C1 1000 m. Em Paris 2024, a equipe alemã contará com o bicampeão olímpico Sebastian Brendel. No entanto, vale lembrar que Brendel, aos 36 anos de idade, já não está mais em seu auge. Ele não medalhou na modalidade em Tóquio 2020, e teve como melhor resultado durante este ciclo olímpico o bronze no mundial de Duisburg em 2023.
Disputando em casa, o francês Adrien Bart desponta como um bom nome para ir ao pódio. Bart é o atual medalhista de prata na Copa do Mundo de Szeged, além de ter um bronze no mundial de Szeged 2019. Outro candidato forte em Paris é o tcheco Martin Fuksa, atual campeão mundial da modalidade. Além do título em Duisburg 2023, Fuksa foi bronze no mundial de Dartmouth 2022 e prata em Copenhagen 2021.
O romeno Cătălin Chirilă é outro atleta que vem de um bom ciclo olímpico em mundiais. Campeão do C1 1000 m masculino em Dartmouth 2022, e atual vice-campeão mundial, em Duisburg 2023, Chirilă vai para a sua segunda Olimpíadas. Por fim, é preciso ficar de olho nos outros medalhistas olímpicos de Tóquio 2020, o chinês Liu Hao (prata), e o moldávio Serghei Tarnovschi (bronze). Ambos não tiveram grandes resultados durante o ciclo, mas podem surpreender novamente.
Brasil no C1 1000 m da canoagem velocidade
O Brasil só foi competir nessa prova da canoagem velocidade em Pequim-2008. Nivalter Jesus foi o primeiro brasileiro no C1 1000 m em uma olimpíada, mas acabou parando na repescagem. Em Londres-2012, nada de representante brasileiro. Em seguida, no Rio-2016, Isaquias Queiroz fez história ao levar a primeira medalha do país na prova, com uma prata. Por fim, nos Jogos de Tóquio 2020 Isaquias elevou o Brasil a um novo patamar, com o título olímpico no C1 1000 m. Esta foi a sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas, e a quarta no total.
Histórico do C1 1000 m da canoagem velocidade
A prova é bem tradicional e estreou nos Jogos Olímpicos de Berlim-1936 e completou 20 edições em Tóquio 2020. Na história dos C1 1000 m da canoagem velocidade, apenas dois atletas conseguiram conquistar o bicampeonato olímpico: Josef Holecek (República Tcheca) e Sebastian Brendel (Alemanha). Holecek foi campeão em Londres-1948 e em Helsinque-1952, enquanto Brendel venceu em Londres 2012 e no Rio 2016.
Isaquias Queiroz poderá entrar no clube dos bicampeões nesta edição de Paris 2024. Além disso, em caso de conquista de qualquer medalha, o brasileiro igualaria o canoísta letão Ivans Klementjevs e o espanhol David Cal como os únicos atletas com três medalhas olímpicas na prova.
Todos os medalhistas
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Berlim-1936 | Frank Amyot (CAN) | Bohuslav Karlík (TCH) | Erich Koschik (ALE) |
Londres-1948 | Josef Holeček (TCH) | Douglas Bennett (CAN) | Robert Boutigny (FRA) |
Helsinque-1952 | Josef Holeček (TCH) | János Parti (HUN) | Olavi Ojanperä (FIN) |
Melbourne-1956 | Leon Rotman (ROM) | István Hernek (HUN) | Gennady Bukharin (URSS) |
Roma-1960 | János Parti (HUN) | Aleksandr Silayev (URSS) | Leon Rotman (ROM) |
Tóquio-1964 | Jürgen Eschert (ALE) | Andrei Igorov (ROM) | Yevgeny Penyayev (URSS) |
Cidade do México-1968 | Tibor Tatai (HUN) | Detlef Lewe (ALE) | Vitaly Galkov (URSS) |
Berlim-1972 | Ivan Patzaichin (ROM) | Tamás Wichmann (HUN) | Detlef Lewe (ALE) |
Montreal-1976 | Matija Ljubek (IUG) | Vasily Yurchenko (URSS) | Tamás Wichmann (HUN) |
Moscou-1980 | Lyubomir Lyubenov (BUL) | Sergey Postrekhin (URSS) | Eckhard Leue (ALE) |
Los Angeles-1984 | Ulli Eicke (ALE) | Larry Cain (CAN) | Henning Lynge Jakobsen (DIN) |
Seul-1988 | Ivans Klementjevs (URSS) | Jörg Schmidt (ALE) | Nikolay Bukhalov (BUL) |
Barcelona-1992 | Nikolay Bukhalov (BUL) | Ivans Klementjevs (LAT) | György Zala (HUN) |
Atlanta-1996 | Martin Doktor (CZE) | Ivans Klementjevs (LAT) | György Zala (HUN) |
Sydney-2000 | Andreas Dittmer (ALE) | Ledys Balceiro (CUB) | Steve Giles (CAN) |
Atenas-2004 | David Cal (ESP) | Andreas Dittmer (ALE) | Attila Vajda (HUN) |
Pequim-2008 | Attila Vajda (HUN) | David Cal (ESP) | Thomas Hall (CAN) |
Londres-2012 | Sebastian Brendel (ALE) | David Cal (ESP) | Mark Oldershaw (CAN) |
Rio-2016 | Sebastian Brendel (ALE) | Isaquias Queiroz (BRA) | Ilya Shtokalov (RUS) |
Tóquio 2020 | Isaquias Queiroz (BRA) | Liu Hao (CHN) | Serghei Tarnovschi (MDA) |
Quadro de medalhas
Alemanha | 4 | 1 | 1 | 6 |
Hungria | 3 | 3 | 4 | 10 |
Romênia | 2 | 1 | 1 | 4 |
Checoslováquia | 2 | 1 | 0 | 3 |
Bulgária | 2 | 0 | 1 | 3 |
União Soviética | 1 | 3 | 3 | 7 |
Canadá | 1 | 2 | 3 | 6 |
Espanha | 1 | 2 | 0 | 3 |
Alemanha Ocidental | 1 | 1 | 1 | 3 |
Brasil | 1 | 1 | 0 | 2 |
República Tcheca | 1 | 0 | 0 | 1 |
Iugoslávia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Letônia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Alemanha Oriental | 0 | 1 | 1 | 2 |
China | 0 | 1 | 0 | 1 |
Cuba | 0 | 1 | 0 | 1 |
Dinamarca | 0 | 0 | 1 | 1 |
Finlândia | 0 | 0 | 1 | 1 |
França | 0 | 0 | 1 | 1 |
Rússia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Moldávia | 0 | 0 | 1 | 1 |