Peso superpesado masculino (+92kg)
Peso superpesado masculino +92kg – Boxe – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Abner Teixeira é o representante do Brasil no peso superpesado masculino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Será a primeira vez que o país terá um atleta nesta categoria na história olímpica. Abner se classificou após conquistar a medalha de prata no Pan de Santiago-2023. Ele não lutou a final por conta de uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito. O paulista de 27 anos de idade optou por não passar por cirurgia com foco na Olimpíada e apenas “tratou” a lesão.
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Abner foi medalhista de bronze em Tóquio-2020 na categoria do peso pesado e subiu de peso para o novo ciclo. Ele chega em Paris como postulante ao pódio mais uma vez. O pugilista disputou três competições internacionais em 2024: foi prata na World Boxing Cup e na Eindhoven Cup e levou o ouro no Grand Prix Internacional de Brasília.
A categoria acima de 92kg em Paris-2024 conta com a participação de 16 atletas. Dessa forma, todos começam já nas oitavas de final. Portanto, é preciso vencer apenas duas lutas para chegar à semifinal e, assim, assegurar uma medalha. Além de Abner, participam do torneio nove atletas da Europa, dois das Américas (sem Cuba), dois da Ásia, um da África e um da Oceania.
Favoritos
O uzbeque Bakhodir Jalolov chega em Paris com o status de atual campeão olímpico, mundial e asiático. Por isso, é considerado o principal favorito ao título do peso superpesado masculino. Quem é postulante ao pódio é o azeri Mahammad Abdullayev, que foi medalhista de bronze nos dois Campeonatos Mundiais do ciclo, em 2021 e em 2023.
Outro nome importante é o brasileiro Abner Teixeira, que levou o bronze em Tóquio-2020 em uma categoria abaixo. Também é bom ficar de olho no espanhol Ayoub Ghadfa, medalhista de bronze no Mundial de 2023 e ouro no Campeonato Europeu de 2024, e no britânico Delicious Orie, que venceu os Jogos Europeus de 2023. Por fim, destaque para o australiano Teremoana Teremoana, que foi campeão de duas competições do circuito neste ano.
O Brasil no peso superpesado masculino +92kg dos Jogos Olímpicos
Na categoria mais nova do boxe olímpico, presente desde a edição de Los Angeles-1984, o Brasil nunca teve representantes.
Histórico do peso superpesado masculino +92kg nos Jogos Olímpicos
A categoria dos superpesados só entrou no programa olímpico na edição de Los Angeles-1984. Ao longo de nove edições, o equilíbrio marca a categoria, sendo a Grã-Bretanha a líder do quadro de medalhas, com dois ouros. As outras seis edições foram vencidas por diferentes países, entre eles as potências Estados Unidos, Cuba e Rússia.
Em Los Angeles-1984, sem a presença dos países socialistas devido ao boicote organizado pela União Soviética, muitas das potências do boxe acabaram ficando de fora da estreia dos superpesados. Assim, os Estados Unidos ficaram com a medalha de ouro, através de Tyrell Biggs, campeão mundial em 1982, que na final bateu o italiano Francesco Damiani.
Quatro anos depois, em Seul-1988, era a vez do Canadá de Lennox Lewis conquistar a medalha de ouro. Campeão dos Jogos da Comunidade Britânica de 1986 e vice-campeão pan-americano em Indianápolis-1987, o canadense bateu na final o estadunidense Riddick Bowe.
A edição de Barcelona-1992 foi vencida pelo cubano Roberto Balada, que derrotou com folga na final o nigeriano Richard Igbineghu. Já a edição de Atlanta-1996 foi vencida pelo ucraniano Wladimir Klitschko, um dos maiores nomes do boxe mundial. Na disputa do ouro, ele derrotou Paea Wolfgram, de Togo.
O primeiro ouro da Grã-Bretanha britânico foi conquistado por Audley Harrison em Sydney-2000, quando venceu na final o cazaque Mukhtarkhan Dildabekov. Quatro anos, em Atenas-2004, era a vez da Rússia alcançar o topo do pódio com Alexander Povetkin, que bateu o egípcio Mohamed Aly na final. Após levar o bronze na Grécia, o italiano Roberto Camarelle se sagrou campeão olímpico em Pequim-2008, vencendo na final o chinês Zhang Zhilei.
Quatro anos, em Londres-2012, outra conquista britânica, com Anthony Joshua, batendo na final justamente o italiano Camarelle. O francês Tony Yoka chegou na Rio-2016 como favorito e levou o ouro após superar o britânico Joe Joyce na final. Já em Tóquio-2020, quem levou a melhor foi o uzbeque Bakhodir Jalolov, campeão mundial na época, que passou pelo estadunidense Richard Torrez na decisão.
Medalhistas do peso superpesado masculino +92kg nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Los Angeles 1984 | Tyrell Biggs (USA) | Francesco Damiani (ITA) | Bobby Wells (GBR) Aziz Salihu (YUG) |
Seul 1988 | Lennox Lewis (CAN) | Riddick Bowe (USA) | Alex Miroshnichenko (URS) Janusz Zarenkiewicz (POL) |
Barcelona 1992 | Roberto Balado (CUB) | Richard Igbineghu (NGR) | Brian Nielsen (DEN) Svilen Rusinov (BUL) |
Atlanta 1996 | Wladimir Klitschko (UKR) | Paea Wolfgramm (TGA) | Aleksey Lezin (RUS) Duncan Dokiwari (NGR) |
Sydney 2000 | Audley Harrison (GBR) | Mukhtarkhan Dildabeko (KAZ)v | Paolo Vidoz (ITA) Rustam Saidov (UZB) |
Atenas 2004 | Aleksandr Povetkin (RUS) | Mohamed Aly (EGY) | Roberto Cammarelle (ITA) Michel López (CUB) |
Pequim 2008 | Roberto Cammarelle (ITA) | Zhang Zhilei (CHN) | Viacheslav Hlazkov (KKR) David Price (GBR) |
Londres 2012 | Anthony Joshua (GBR) | Roberto Cammarelle (ITA) | Məhəmmədrəsul Məcidov (AZE) Ivan Dychko (KAZ) |
Rio 2016 | Tony Yoka (FRA) | Joe Joyce (GBR) | Filip Hrgović (CRO) Ivan Dychko (KAZ) |
Tóquio 2020 | Bakhodir Jalolov (UZB) | Richard Torrez (EUA) | Frazer Clarke (GBR) Kamshybek Kunkabayev (KAZ) |
Quadro de medalhas do peso superpesado masculino +92kg nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Grã-Bretanha | 2 | 1 | 3 | 6 |
Itália | 1 | 2 | 2 | 5 |
Estados Unidos | 1 | 2 | 0 | 3 |
Cuba | 1 | 0 | 1 | 2 |
Rússia | 1 | 0 | 1 | 2 |
Ucrânia | 1 | 0 | 1 | 2 |
Canadá | 1 | 0 | 0 | 1 |
França | 1 | 0 | 0 | 1 |
Uzbequistão | 1 | 0 | 0 | 1 |
Cazaquistão | 0 | 1 | 3 | 4 |
Nigéria | 0 | 1 | 1 | 2 |
Egito | 0 | 1 | 0 | 1 |
China | 0 | 1 | 0 | 1 |
Tonga | 0 | 1 | 0 | 1 |
Azerbaijão | 0 | 0 | 1 | 1 |
Bulgária | 0 | 0 | 1 | 1 |
Croácia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Dinamarca | 0 | 0 | 1 | 1 |
Polônia | 0 | 0 | 1 | 1 |
União Soviética | 0 | 0 | 1 | 1 |
Uzbequistão | 0 | 0 | 1 | 1 |
Iugoslávia | 0 | 0 | 1 | 1 |