Peso pena masculino (57 kg)
Peso pena masculino 57kg – Boxe – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Após 16 anos sem brasileiros na categoria peso pena masculino (57 kg) em Jogos Olímpicos (2012 e 2016 não houve disputa), o paulista Luiz Oliveira trouxe o Brasil de volta à Olímpíada na categoria. O pugilista vai à Paris-2024 representando, também, a tradição de sua família no esporte. Seu avô, Servílio de Oliveira, foi pioneiro no boxe olímpico, sendo o primeiro atleta do país a ganhar uma medalha no megaevento. A conqusita veio na edição da Cidade do México-1968, pela categoria peso mosca, com uma medalha de bronze.
Além da tradição familiar, Luiz Oliveira carrega muito talento consigo, e tem um currículo bastante interessante. Dentre as conquistas, o pugilista brasileiro foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos e nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires-2018. Luiz Oliveira também participou dos dois campeonatos mundiais da categoria. Em 2021, avançou até a terceira rodada, quando perdeu para o americano Jahmal Harvey, que foi o campeão daquela edição. Já em 2023, o brasileiro caiu para Asror Vohidov, do Tajiquistão, nas oitavas de final.
Assim, para os Jogos de Paris-2024, o brasileiro desponta como um bom nome que pode surpreender na briga pelo pódio.
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Favoritos
O peso pena masculino, assim como outras categorias do boxe, não é tradição de poucas seleções. Na verdade, durantes as edições tivemos diversos países ganhadores de medalhas. Para os Jogos de Paris-2024 o favoritismo na categoria é novamente de Mirazizbek Mirzakhalilov, do Uzbequistão. Ele também era apontado como favorito em Tóquio-2020, mas parou apenas nas oitavas de final. No mundial de Belgrado em 2021, decepcionou novamente e parou na segunda rodada. No entanto, o uzbeque voltou à grande fase e venceu o último campeonato mundial, em casa, em 2023.
Outro grande nome em Paris-2024 é do estadunidense Jahmal Harvey. O lutador foi campeão mundial de 2021, e se classificou à Olímpiada após vencer os Jogos Pan-Americanos de 2023. Ele tem um ótimo histórico de lutas na carreira, com 57 vitórias e apenas sete derrotas. Vice-campeão em Santiago-2023, o cubano Saidel Horta também desponta como um dos favoritos na categoria. Horta também teve uma medalha de prata no último mundial, em 2023. Por fim, o brasileiro Luiz Gabriel Oliveira deve brigar pelo pódio em Paris.
O Brasil no peso pena masculino 57kg dos Jogos Olímpicos
A categoria peso pena teve oito representantes nacionais ao longo dos anos. A estreia do Brasil ocorreu nos Jogos Olímpicos de Helsinque-1952 com Pedro Galasso. Ele estreou com vitória sobre o japonês Toshihito Ishimura por 3 a 0, mas caiu na fase seguinte, também por 3 a 0, para o polonês Lech Drogosz, terminando na nona colocação.
Raimundo Alves foi o nosso representante em Montreal-1976, terminando na 17ª colocação, após perder logo em sua estreia. Quatro anos depois, em Moscou-1980, o Brasil alcançou sua melhor posição no peso-pena, com Sidnei Dal Rovere. Ele estreou com vitória sobre o nepalês Narendra Poma. Na rodada seguinte, nova vitória, dessa vez contra o etíope Leoul Nearaio. Nas quartas de final, o brasileiro foi derrotado polonês Krzysztof Kosedowski, se despedindo na quinta colocação, feito ainda não igualado por nenhum outro atleta do país.
Em Barcelona-1992 e Atlanta-1996 o país foi representado por Rogerio Dezorzi, tendo terminado em nono lugar nas duas edições. Em Sydney-2000 o Brasil contou com Valdemir Pereira, o Sertão, que repetiu as campanhas de Dezorzi, terminando em nono lugar.
Edvaldo Gonzaga, o Badola, voltou a deixar o país em nono lugar nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, quando foi derrotado pelo cubano Luis Franco por 30 a 15. Nosso último representante nessa categoria foi o baiano Robson Conceição nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Robson, que viria a ser campeão olímpico na Rio-2016 no peso leve, foi eliminado logo na primeira rodada pelo chinês Li Yang.
Histórico do peso pena masculino 57kg nos Jogos Olímpicos
O peso pena está presente desde a estreia do boxe nos Jogos Olímpicos, na edição de Saint-Louis-1904. Três países dividem o topo do quadro de medalhas da categoria com três medalhas de ouro cada: Estados Unidos, União Soviética e Itália. Quem também tem bom retrospecto na categoria é a Argentina, com duas medalhas de ouro, uma de prata e um bronze.
O primeiro campeão do peso pena, assim como nas demais categorias, foi um americano. Em uma competição contando apenas com boxeadores do país, os donos da casa fizeram o pódio completo em Saint-Louis-1904, com Oliver Kirk ficando com o ouro. Quatro anos depois era a vez dos britânicos colocarem os seus pugilistas em todos os lugares do pódio em Londres-1908, com Richard Gunn ficando com o título olímpico.
De volta em 1920
A categoria voltou a fazer parte do programa olímpico na edição de Antuérpia-1920 com um novo país no topo do pódio. O francês Paul Fritsch derrotou na final o seu compatriota Jean Gachet dando as primeiras medalhas ao país europeu no peso pena.
Nos Jogos Olímpicos de Paris-1924, os Estados Unidos voltaram a fazer dobradinha no pódio. Ouro para Jackie Fields e prata seu compatriota Joseph Salas. Quem apareceu no pódio pela primeira vez foi a Argentina com o bronze de Pedro Quartucci, a primeira medalha de um país latino-americano na categoria. A edição de Amsderdã-1928 viu o dono da casa no topo do pódio. O holandês Bep van Klaveren conquistou a primeira medalha de ouro do país e também na categoria.
A Argentina conquistou por duas vezes consecutivas o topo do pódio nas edições seguintes. Em Los Angeles-1932, Carmelo Robledo levou o ouro e em Berlim-1936, a vitória foi de Oscar Casaovas.
Ouro italiano
A Itália conquistou sua primeira medalha de ouro com Ernesto Formenti em Londres-1948. A edição de Helsinque-1952 teve o ouro conquistado por Ján Zachara, da extinta Tchecoslováquia. A edição seguinte de Melbourne-1956 foi vencida por Vladimir Sofranov, da União Soviética, que derrotou na final o britânico Thomas Nicholls. Essa foi a primeira medalha de ouro dos soviéticos, que se tornariam no futuro os maiores campeões da categoria ao lado de americanos e italianos.
Em Roma-1960 os italianos conquistaram sua segunda medalha de ouro com Francesco Musso. A edição seguinte, de Tólquio-1964, teve como campeão o soviético Stanislav Stepashkin. O mexicano Antonio Roldán foi o campeão olímpico da Cidade do México-1968, botando o país da América do Norte pela primeira vez no topo do pódio do peso pena.
Força soviética
Quatro anos depois, em Munique-1972 a União Soviética colocava pela última vez um pugilista do país no topo do pódio, conquistando sua terceira medalha de ouro, após a vitória de Boris Kuznetsov sobre o queniano Philip Wairunge na final.
A única medalha de ouro cubana no peso pena foi conquistada nos Jogos Olímpicos de Montreal-1976 com Ángel Herrera. O cubano que na edição seguinte conquistaria sua segunda medalha de ouro, mas em outra categoria, derrotou na final Richard Nowakowski, da Alemanha Oriental. Quatro anos depois a final entre Cuba e Alemanha Oriental se repetia nos Jogos de Moscou-1980, mas dessa vez com resultado diferente. Rudi Fink, da Alemanha Oriental derrotou o cubano Adolfo Horta, ficando com o ouro.
Último ouro americano
Meldrick Taylor foi o responsável pela terceira medalha de ouro dos Estados Unidos entre os penas, em Los Angeles-1984. Desde então, os americanos não voltaram ao topo do pódio olímpico. Em Seul-1988, foi a vez da Itália conquistar o seu terceiro ouro olímpico e se igualar aos Estados Unidos e à União Soviética, graças à vitória de Giovanni Parisi.
De Barcelona-1992 em diante, todos os campeões olímpicos do peso pena vieram de países que não haviam conquistado a medalha de ouro nessa categoria. A primeira foi para Andrea Tews, da Alemanha. Quatro anos depois, em Atlanta-1996, era a vez da Tailândia conquistar o topo do mundo com Somluc Kamsing. A curiosidade da edição foi o bronze de Floyd Mayweather, que após os Jogos se profissionalizou, tornando-se um dos boxeadores mais bem pagos do mundo.
Em Sydney-2000, o Cazaquistão de Bekzat Sattarkhanov conquistou sua medalha de ouro. Em 2004, em Atenas, foi a vez da Rússia chegar ao topo com Aleksei Tishchenko. O último campeão da categoria foi o ucraniano Vasyl Lomachenko em Pequim-2008. Em 2012 e 2016 não houve categoria de peso pena, pois as classes passaram diretamente do peso galo para o peso leve. Para Tóquio-2020, o peso pena retornou e o galo foi removido. Por lá, o russo Albert Batyrgaziev se sagrou campeão olímpico.
As medalhistas do peso pena feminino 57kg nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
St. Louis 1904 | Oliver Kirk (USA) | Frank Haller (USA) | Fred Gilmore (USA) |
Londres 1908 | Richard Gunn (GBR) | Charlie Morris (GBR) | Hugh Roddin (GBR) |
Antuérpia 1920 | Paul Fritsch (FRA) | Jean Gachet (FRA) | Edoardo Garzena (ITA) |
Paris 1924 | Jackie Fields (USA) | Joe Salas (USA) | Pedro Quartucci (ARG) |
Amsterdã 1928 | Bep van Klaveren (NED) | Víctor Peralta (ARG) | Harry Devine (USA) |
Los Angeles 1932 | Carmelo Robledo (ARG) | Josef Schleinkofer (GER) | Allan Carlsson (SWE) |
Berlim 1936 | Óscar Casanovas (ARG) | Charlie Catterall (RSA) | Josef Miner (GER) |
Londres 1948 | Ernesto Formenti (ITA) | Dennis Shepherd (RSA) | Aleksy Antkiewiczn (POL) |
Helsinque 1952 | Ján Zachara (TCH) | Sergio Caprari (ITA) | Joseph Ventaja (FRA) Len Leisching (RSA) |
Melbourne 1956 | Vladimir Safronov (URS) | Tommy Nicholls (GBR) | Henryk Niedźwiedzk (POL)i Pentti Hämäläinen (FIN) |
Roma 1960 | Francesco Musso (ITA) | Jerzy Adamski (POL) | William Meyers (RSA) Jorma Limmonen (FIN) |
Tóquio 1964 | Stanislav Stepashkin (URS) | Anthony Villanueva (PHI) | Charlie Brown (USA) Heinz Schulz (GER) |
Cidade do México 1968 | Antonio Roldán (MEX) | Al Robinson (USA) | Philip Waruinge (KEN) Ivan Mikhaylov (BUL) |
Munique 1972 | Boris Kuznetsov (URS) | Philip Waruinge (KEN) | Clemente Rojas (COL) András Botos (HUN) |
Montreal 1976 | Ángel Herrera (CUB) | Richard Nowakowski (GDR) | Leszek Kosedowski (POL) Juan Paredes (MEX) |
Moscou 1980 | Rudi Fink (GDR) | Adolfo Horta (CUB) | Viktor Rybakov (URS) Krzysztof Kosedowski (POL) |
Los Angeles 1984 | Meldrick Taylor (USA) | Peter Konyegwachie (NGR) | Turgut Aykaç (TUR) Omar Catarí (VEN) |
Seul 1988 | Giovanni Parisi (ITA) | Daniel Dumitrescu (ROU) | Abdel Hak Achik (MAR) Lee Jae-Hyeok (KOR) |
Barcelona 1992 | Andreas Tews (GER) | Faustino Reyes (ESP) | Hocine Soltani (ALG) Ramaz Paliani (EUN) |
Atlanta 1996 | Somluck Kamsing (THA) | Serafim Todorov (BUL) | Pablo Chacón (ARG) Floyd Mayweather, Jr. (USA) |
Sydney 2000 | Bekzat Sattarkhanov (KAZ) | Rocky Juárez (USA) | Kamil Dzhamaludinov (RUS) Tahar Tamsamani (MAR) |
Atenas 2004 | Aleksey Tishchenko (RUS) | Kim Song-Guk (PRK) | Vitali Tajbert (GER) Jo Seok-Hwan (KOR) |
Pequim 2008 | Vasyl Lomachenko (UKR) | Khédafi Djelkhir (FRA) | Yakup Kiliç (TUR) Şahin İmranov (AZE) |
Tóquio 2020 | Albert Batyrgaziev (RUS) | Duke Ragan (EUA) | Samuel Takyi (GAN) Lázaro Álvarez (CUB) |
Quadro de medalhas do peso leve feminino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 3 | 5 | 4 | 12 |
Itália | 3 | 1 | 1 | 5 |
União Soviética | 3 | 0 | 1 | 4 |
Argentina | 2 | 1 | 2 | 5 |
Rússia | 2 | 0 | 1 | 3 |
França | 1 | 2 | 1 | 4 |
Grã-Bretanha | 1 | 2 | 1 | 4 |
Alemanha | 1 | 1 | 3 | 5 |
Cuba | 1 | 1 | 1 | 3 |
Alemanha Oriental | 1 | 1 | 0 | 2 |
México | 1 | 0 | 1 | 2 |
Tchecoslováquia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Cazaquistão | 1 | 0 | 0 | 1 |
Holanda | 1 | 0 | 0 | 1 |
Tailândia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Ucrânia | 1 | 0 | 0 | 1 |
África do Sul | 0 | 2 | 2 | 4 |
Polônia | 0 | 1 | 4 | 5 |
Bulgária | 0 | 1 | 1 | 2 |
Quênia | 0 | 1 | 1 | 2 |
Coreia do Norte | 0 | 1 | 0 | 1 |
Nigéria | 0 | 1 | 0 | 1 |
Filipinas | 0 | 1 | 0 | 1 |
Romênia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Espanha | 0 | 1 | 0 | 1 |
Finlândia | 0 | 0 | 2 | 2 |
Marrocos | 0 | 0 | 2 | 2 |
Coreia do Sul | 0 | 0 | 2 | 2 |
Peru | 0 | 0 | 2 | 2 |
Argélia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Azerbaijão | 0 | 0 | 1 | 1 |
Colômbia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Hungria | 0 | 0 | 1 | 1 |
Suécia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 0 | 1 | 1 |
Venezuela | 0 | 0 | 1 | 1 |
Gana | 0 | 0 | 1 | 1 |