Peso leve feminino (60kg)

Peso leve feminino 60kg – Boxe – Jogos Olímpicos de Paris-2024

CALENDÁRIO

Data	Evento	Tempo/Resultado	Local
2024-07-29 15:32:0029 de julho de 2024	Jajaira Gonzalez (EUA) - Beatriz Ferreira (BRA)	0 - 5	N/A
2024-07-31 17:08:0031 de julho de 2024	Chelsey Heijnen (HOL) - Beatriz Ferreira (BRA)	0 - 5	N/A
2024-08-03 17:08:003 de agosto de 2024	Kellie Harrington (IRL) - Beatriz Ferreira (BRA)	4 - 1	N/A

Chances do Brasil

Beatriz Ferreira ganhou quase tudo o que podia na carreira. Prata em Tóquio-2020, a brasileira já foi duas vezes campeã mundial (2019 e 2023) e uma vez vice (2022), além de ter vencido duas vezes os Jogos Pan-Americanos. Até o cinturão da Federação Internacional de Boxe, uma das principais organizações do pugilismo profissional, ela já faturou. Mas falta ainda o que ela chama de “mãe de todas”, a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos.

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Aos 31 anos, Beatriz Ferreira chega a Paris-2024 ostentando uma invencibilidade de mais de dois anos na categoria peso leve feminino. Nenhum outro atleta do país chega à capital francesa tão favorito à medalha de ouro quanto ela. É uma grande responsabilidade, que ela quer transformar em motivação na competição que deve marcar a despedida definitiva dela do boxe olímpico.

Favoritas

A principal rival de Beatriz Ferreira na categoria até 60kg dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 será, mais uma vez, a irlandesa Kellie Harrington. Após ser campeã olímpica em Tóquio-2020, quando surpreendeu a brasileira na final, a pugilista não participou nem do Mundial de 2022 e nem do de 2023.

Desde a final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Kellie Harrington se dedicou a competições continentais e nunca mais teve pela frente Beatriz Ferreira. Foi campeã europeia em 2022 e dos Jogos Europeus em 2023. Em abril de 2024, entretanto, perdeu uma invencibilidade que durava três anos ao ser derrotada pela sérvia Natalia Šadrina na semifinal do Campeonato Europeu.

Algoz de Kellie Harrington, Natalia Šadrinan sagrou-se campeão europeia nos 60kg em 2024 e foi vice dos Jogos Europeus 2023. Mas em Mundiais, a pugilista sérvia não teve bons resultados. Em 2022, perdeu para Beatriz Ferreira nas quartas de final e, em 2023, caiu nas oitavas de final.

Além de Beatriz Ferreira, Kellie Harrington e Natalia Šadrina, a colombiana Angie Valdés, vice-campeã mundial em 2023, e a chinesa Yang Wenlu, bronze em 2023, são candidatas à medalha em Paris-2024 assim como a italiana Alessia Messiano e a bósnia Donjeta Sadiku, que diviram o terceiro lugar em 2022.

O Brasil no peso leve feminino 60kg dos Jogos Olímpicos

A baiana Adriana Araújo foi a representante brasileira nas duas edições disputadas até então, tendo se tornado a primeira brasileira medalhista no boxe. Veio também através dela o fim de um jejum de 44 anos sem que a bandeira brasileira fosse vista em um pódio na modalidade. A última e única medalha brasileira até então era a de Servílio de Oliveira, conquistada na edição da Cidade do México-1968. Em Londres-2012 a baiana Adriana parou na semifinal, assegurando sua medalha de bronze, a segunda medalha da história do Brasil.

Nossa primeira representante estreou com vitória contra a cazaque Saida Khassenova. Nas quartas de final foi a vez de Mahjouba Oubtil, do Marrocos, conhecer o peso das luvas de Adriana. Vitória, vaga na semifinal e medalha assegurada para o Brasil. Na disputa da semifinal Adriana não conseguiu superar a russa Sofya Ochigava, se despedindo de Londres-2012 com a medalha de bronze, a primeira e até hoje única medalha das mulheres brasileiras no boxe.

Quatro anos depois Adriana Araújo voltou a representar o Brasil na Rio-2016, mas acabou perdendo na primeira luta para a finlandesa Mira Potkonen, se despedindo das Olimpíadas na nona colocação. Atualmente Adriana se dedica ao boxe profissional.

Histórico do peso leve feminino 60kg nos Jogos Olímpicos

O peso leve é uma das três categorias que deram início ao boxe feminino em Olimpíadas na edição de Londres-2012. Veio dessa categoria uma das primeiras estrelas da modalidade, a irlandesa Katie Taylor, que dominou todo o ciclo olímpico de Londres-2012, detém cinco ouros mundiais e conquistou o primeiro título olímpico disputado.

Foi também do peso leve em Londres-2012 que veio nossa primeira medalhista, a baiana Adriana Araújo. Nas duas edições disputadas a Irlanda e a França subiram no lugar mais alto do pódio, mas é a Rússia a única nação a conquistar medalha nas duas ocasiões, uma prata e um bronze.

O fenômeno Katie Taylor

A irlandesa Katie Taylor chegou aos Jogos Olímpicos de Londres-2012 como a grande estrela do boxe feminino em sua estreia na competição. Taylor já havia sido campeã mundial da categoria em 2006, 2008, 2010 e 2012, sendo considerada favorita absoluta para levar o ouro.

A irlandesa estreou na competição já nas quartas de final vencendo a britânica Natasha Jonas por 26 a 15 e também não teve dificuldades para despachar na semifinal uma boxeadora do Tadjiquistão. Na final Katie teve sua luta mais dura, contra a russa Sofya Ochigava, mas levou o ouro. Os bronzes ficaram com aquelas boxeadoras derrotadas nas semifinais, a brasileira Adriana Araújo e Mavzuna Chorieva, do Tadjiquistão.

Quatro anos depois foi a vez da francesa Estelle Mossely subir no lugar mais alto do pódio. Na Rio-2016 um novo sistema de pontuação já estava em vigor, com os pontos sendo contados por rounds vencidos. Na final a francesa venceu a chinesa Yinh Junhua por 2 rounds a 1. Estelle já havia desbancado naquele mesmo ano a estrela irlandesa Katie Taylor na final do Mundial. Katie por sua vez caiu nas quartas de final para Mira Potkonen, da Finlândia, por 2 a 1, se despedindo do Rio de Janeiro sem medalha. Mira também foi a responsável por eliminar a brasileira Adriana Araújo por 2 a 1 nas oitavas do torneio.

As medalhistas do peso leve feminino 60kg nos Jogos Olímpicos

Quadro de medalhas do peso leve feminino nos Jogos Olímpicos