Salto triplo masculino
Salto triplo masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil em Paris-2024
Potencial não falta a Almir Júnior para se tornar um candidato à final e até à medalha no salto triplo dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O que lhe falta é regularidade. A falta de resultados constantes lhe tiram sempre a lista de candidatos ao pódio. Mas marca suficientemente boas para faturar uma medalha, ele já fez na vida. A melhor da carreira, 17,53 m, obtida em 2018 lhe daria bronze em Tóquio-2020 e no Mundial de 2022 e prata no Mundial de 2023.
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Mas a realidade é outra. Em Tóquio-2020, Almir Júnior não passou de 16,27 m e terminou em 23º lugar. No Mundial do ano passado, ficou em 21º lugar com 16,34. O atleta matro-grossense só conseguiu ir à final no Mundial de 2022, quando ficou em sétimo lugar com 16,87.
Para tentar ser mais regular e se livrar de lesões que o atrapalharam, Almir Júnior trocou a perna para saltar e obteve uma marca empolgante no Campeonato Ibero-Americano, 17,31 m, disputado em maio. Com este resultado, ficaria em sexto em Tóquio-2020, seria medalha de bronze no Mundial de 2022 e quarto colocado no Mundial de 2023.
O problema é que, por enquanto, foi o único salto de Almir Júnior acima dos 17 m na temporada. Fica a expectativa se ele vai conseguir repetir algo parecido em Paris-2024 para ter chance de brigar por um lugar no pódio. Na carreira, em uma grande competição internacional, a única vez que ele conseguiu brilhar foi no Mundial indoor de 2018, quando ele alcançou 17,41 m e conquistou a medalha de prata. Fica a torcida para que ele possa fazer de novo na capital francesa.
Os favoritos em Paris-2024
O grande favorito ao bicampeonato olímpico é Pedro Pichardo. O cubano naturalizado português foi medalha de ouro em Tóquio-2020 com 17,98 m, 41 cm de vantagem para o segundo colocado, e no Mundial de 2022, com 40 cm a mais do que o vice-campeão. Só não repetiu o feito no Mundial de 2023 porque foi impedido de competir por causa de uma lesão na região lombar.
Quem mais se aproxima dele é Hughes Zango, de Burkina Faso, campeão mundial em 2023, que foi bronze em Tóquio-2020 e prata no Mundial de 2022.
O chinês Zhu Ming, prata em Tóquio-2020 e bronze em 2022, também está na briga, além dos cubanos Lázaro Martínez e Cristian Nápoles, que completaram o pódio do Mundial de 2023, que teve Hughes Zango como campeão.
O Brasil no salto triplo masculino nos Jogos Olímpicos
O Brasil estreou na prova do salto triplo após a 2ª Guerra Mundial, em Londres-1948 e logo com três atletas. Geraldo de Oliveira foi o melhor com o 5º lugar na final com 14,825 m após a 9ª colocação na qualificatória com 14,59 m. Aos 20 anos, Adhemar Ferreira da Silva fazia sua estreia olímpica com um 8º lugar com 14,49 m (havia sido o 4º na quali com 14,69 m) e o Brasil ainda teve Hélio da Silva, que também pegou final e terminou em 11º com 14,31 m, após o 6º lugar na quali com 14,64 m.
Adhemar voltou em Helsinque-1952 como favorito após ter quebrado o recorde mundial no ano anterior com 16,01 m. Ele fez a melhor marca da quali com 15,32 m e na decisão foi espetacular, com quatro saltos acima de 16 m, sendo dois recordes mundiais: 16,12 m na 2ª tentativa e 16,22 m na 4º. Geraldo de Oliveira pegou sua segunda final olímpica após um 10º lugar na quali com 14,64 m e um 7º na final com 14,95 m. Três dias depois do bronze no salto em altura, José Telles da Conceição também competiu no salto triplo, mas parou na quali com 14,46 m, 17º no geral.
Após bater o recorde mundial mais uma vez em 1955, Adhemar foi para Melbourne-1956 como grande favorito e não decepcionou. Na qualificação, fez 15,15 m no 1º salto e já se classificou para a final, não precisando mais saltar. Na decisão, estava em segundo após três saltos, atrás do islandês Vilhjálmur Einarsson, que tinha feito 16,26 m. O brasileiro marcou 16,35 m no 4º salto e fez ainda 16,26 m no 5º para faturar o seu segundo ouro e se tornar o primeiro brasileiro bicampeão olímpico. Ele foi o único nesta condição até 2004.
Adhemar voltou para sua 4ª participação olímpica em Roma-1960, mas longe de sua melhor forma. Na qualificação ele marcou 15,61 m e pegou vaga na final, onde acabou em 14º com apenas 15,07 m. Ele saiu de campo aplaudido pelos seus adversários.
Nelson Prudêncio
Nelson Prudêncio ficou muito perto do ouro na Cidade do México-1968, quando o recorde mundial foi batido cinco vezes. Ele foi 4º na quali com 16,46 m, mas na decisão fez uma batalha épica com o soviético Viktor Saneyev e o italiano Giuseppe Gentile. Nelson bateu o recorde mundial na 5ª tentativa com 17,27 m, mas viu Saneyev melhorar na última com 17,39 m e o brasileiro acabou com a prata.
Nelson voltou a competir em Munique-1972 , ficando em 7º na qualificação com 16,42 m e conquistou sua segunda medalha olímpica ao faturar o bronze com 17,05 m. Ele disputou sua 3ª Olimpíada em Montreal-1976, mas parou na quali com 16,22 m, 14ª marca.
João do Pulo
Os Jogos no Canadá colocaram um terceiro brasileiro no pódio, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. Ele havia batido o recorde mundial um ano antes com 17,89 m, fez a melhor marca na quali com 16,81 m e acabou com o bronze com 16,90 m. João do Pulo ganhou mais um bronze em Moscou-1980 com 17,22 m.
Abcélvio Rodrigues competiu pelo Brasil em Los Angeles-1984, com 16,12 m na quali, terminando em 16º, fora da final, e voltou aos Jogos em Seul-1988, também parando na quali, em 35º com 15,13 m. Jorge da Silva também competiu na Coreia, ficando em 22º na quali com 15,95 m.
João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, conquistou duas medalhas de bronze no salto triplo (divulgação/CBAt)
Longe do pódio
Em Barcelona-1992, mais brasileiros pararam na qualificação. Anísio Silva foi 29º com 16,03 m e Jorge Luis Teixeira 38º com 15,64 m. Anísio voltou em Atlanta-1996 terminando em 18º com 16,67 m e Messias José Baptista foi 22º com 16.45 m.
O Brasil só voltou a uma final olímpica em Atenas-2004, com Jadel Gregório. Ele marcou 17,20 m na quali, 5º no geral, e repetiu a colocação na decisão com 17,31 m, a 17 cm do pódio. Em Pequim-2008, mais uma final olímpica do brasileiro, terminando em 6º com 17,20 m. Jefferson Sabino também competiu na China, terminando a quali em 28º com 16,45 m. Em Londres-2012, Jonathan Henrique Silva ficou em 26º na quali de Londres-2012 com 15.59 m.
Depois de não contar com nenhum brasileiro na Rio-2016, o país voltou a ter representantes no salto triplo em Tóquio-2020. Mateus Sá foi o 20º com 16,49, Almir Júnior ficou em 23º com 16,27 e Alexandro Melo foi o 26º com 15,65.
Histórico do salto triplo masculino nos Jogos Olímpicos
Menções de saltos de até 15 metros nas Olimpíadas da Antiguidade fizeram os historiadores acreditarem em saltos múltiplos, o que foi a base da criação do salto triplo, apesar de não haver evidências da existência do salto triplo nessas competições antigas. A prova fez sua estreia na primeira edição dos Jogos modernos em Atenas-1896. Não havia uma regra para o salto e o primeiro campeão foi o americano James Connolly, que venceu com 13,71 m. Connolly voltou para Paris-1900, mas acabou sendo derrotado pelo seu compatriota Myer Prinstein por 14,47 m a 13,97 m. Em Saint Louis-1904, Prinstein venceu novamente com 14,32 m se tornando um dos primeiros bicampeões olímpicos da história.
O britânico Tim Ahearne venceu em Londres-1908 com 14,92 m, recorde olímpico e o primeiro não-americano a levar a prova. Os países escandinavos cresceram na prova, com vitórias do sueco Gustaf Lindblom em Estocolmo-1912 com 14,76 m e do finlandês Viho Tuulos na Antuérpia-1920 com 14,50 m.
Cai a barreira dos 15 m
O recorde mundial de 15,52 m já durava desde 1911, mas foi apenas em Paris-1924 que um atleta ultrapassou a marca dos 15 m em uma Olimpíada. O primeiro a conseguir o feito foi o argentino Luis Brunetto com 15,425 m na sua primeira tentativa, mas o australiano Nick Winter fez 15,52 m, igualando o recorde mundial, na sexta e última e acabou com o ouro, enquanto Brunetto levou a prata.
Chuhei Nambu iniciou uma dinastia japonesa que durou três olimpíadas no salto triplo masculino (Getty Images)
Antes da 2ª Guerra Mundial, foi a vez do Japão dominar a prova, conquistando nas três edições seguintes com três atletas diferentes, com destaque para Chuhei Nambu, campeão em Los Angeles-1932 com recorde mundial de 15,72 m e para Naoto Tajima, ouro em Berlim-1936, se tornando o primeiro homem na história a atingir a marca de 16 m, com exatos 16,00 m na sua 4ª tentativa.
Era Adhemar Ferreira da Silva
Em Londres-1948, o ouro foi para o sueco Arne Ahman com 15,40 m numa prova que contou com a presença do brasileiro Adhemar Ferreira da Silva, 8º na prova aos 20 anos. Quatro anos depois, foi a vez do brasileiro. Adhemar já tinha igualado o recorde mundial com 16,00m e quebrado com 16,01 m antes dos Jogos de Helsinque-1952 e chegava como favorito ao lado do soviético Leonid Shcherbakov. Mas o brasileiro brilhou batendo o recorde mundial duas vezes na final com 16,12 m e 16,22 m para vencer e faturar o segundo ouro da história do Brasil.
A final de Melbourne-1956 contou com 22 atletas, todos tinham feito o índice mínimo na quali. Adhemar havia batido novamente a marca mundial no ano anterior com 16,56 m e chegava novamente como favorito. Na sua 4ª tentativa, o brasileiro marcou 16,35 m, melhorando o recorde olímpico e se sagrando bicampeão, novamente com quatro saltos acima dos 16 m.
Adhemar voltou pra sua 4ª Olimpíada em Roma-1960, pegou final, mas não foi nem longe do seu melhor, terminando em 14º. O polonês Jozef Szmidt chegou como favorito, tendo batido o recorde mundial um mês antes da prova, e não decepcionou, vencendo com 16,81 m, recorde olímpico. Szmidt ainda conquistou o bicampeonato em Tóquio-1964 com 16,85 m.
Maior prova da história
Mas talvez a grande prova do triplo da história tenha sido a da Cidade do México-1968. Realizada na altitude, viu uma chuva de recordes mundiais. Logo na qualificação, o italiano Giuseppe Gentile marcou 17,10 m. Na final, ele voltou a bater a marca com 17,22 m na 1ª tentativa. O soviético Viktor Saneyev melhorou para 17,23 m na 3ª, mas o brasileiro Nelson Prudêncio voou para 17,27 m na 5ª. Só que Saneyev não quis saber e saltou 17,39 m na última tentativa para levar o ouro, deixando o brasileiro com a prata. Saneyev voltou a vencer em Munique-1972 com 17,35 m e levou o tri em Montreal-1976 com 17,29 m, vencendo o então recordista mundial, o brasileiro João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, que acabou com o bronze.
Ao vencer João do Pulo, o soviético Viktor Saneyev conquistou o tricampeonato olímpico na prova (Reprodução)
Os americanos voltaram a vencer algumas edições. Mike Conley Sr. foi campeão em Barcelona-1992 com um belo 18.17 m, mas com vento acima do permitido. Quatro anos depois, Kenny Harrison venceu em casa em Atlanta-1996 com 18.09 m, o primeiro salto válido acima dos 18 m em uma Olimpíada, e batendo o recordista mundial, o britânico Jonathan Edwards, que se redimiu em Sydney-2000, levando o ouro com 17.71 m.
Século 21
O sueco Christian Olsson coroou duas ótimas temporadas com o ouro em Atenas-2004 (Scanpix)
O sueco Christian Olsson, que tinha vencido tudo em 2003 e 2004, foi ouro em Atenas-2004 com 17.79 m. Em Pequim-2008, Nelson Évora ficou com o ouro, apenas o 4º da história de Portugal, com 17.67 m.
Londres-2012 viu a coroação olímpica do americano Christian Taylor, campeão com 17,81 m. Taylor ainda venceria no Rio-2016 com 17,86 m. Em Tóquio-2020, a vitória ficou com o cubano naturalizado português Pedro Pichardo, que marcou 17,98 m.
Medalhistas do salto triplo masculino nos Jogos Olímpicos
Olimpíada | Ouro | Prata | Bronze |
---|---|---|---|
Atenas 1896 | James B. Connolly USA | Alexandre Tuffèri FRA | Ioannis Persakis GRE |
Paris 1900 | Meyer Prinstein USA | James B. Connolly USA | Lewis Sheldon USA |
St. Louis 1904 | Meyer Prinstein USA | Fred Engelhardt USA | Robert Stangland USA |
Atenas 1906 | Peter O’Connor GBR | Con Leahy GBR | Tom Cronan USA |
Londres 1908 | Tim Ahearne GBR | Garfield MacDonald CAN | Edvard Larsen NOR |
Estocolmo 1912 | Topsy Lindblom SWE | Georg Åberg SWE | Erik Almlöf SWE |
Antuérpia 1920 | Ville Tuulos FIN | Folke Jansson SWE | Erik Almlöf SWE |
Paris 1924 | Nick Winter AUS | Luis Brunetto ARG | Ville Tuulos FIN |
Amsterdã 1928 | Mikio Oda JPN | Lee Casey USA | Ville Tuulos FIN |
Los Angeles 1932 | Chuhei Nanbu JPN | Eric Svensson SWE | Kenkichi Oshima JPN |
Berlim 1936 | Naoto Tajima JPN | Masao Harada JPN | Jack Metcalfe AUS |
Londres 1948 | Arne Åhman SWE | George Avery AUS | Ruhi Sarıalp TUR |
Helsinque 1952 | Adhemar da Silva BRA | Leonid Shcherbakov URS | Asnoldo Devonish VEN |
Melbourne 1956 | Adhemar da Silva BRA | Vilhjálmur Einarsson ISL | Vitold Kreyer URS |
Roma 1960 | Józef Szmidt POL | Vladimir Goryayev URS | Vitold Kreyer URS |
Tóquio 1964 | Józef Szmidt POL | Oleg Fedoseyev URS | Viktor Kravchenko URS |
Cidade do México 1968 | Viktor Saneyev URS | Nélson Prudêncio BRA | Giuseppe Gentile ITA |
Munique 1972 | Viktor Saneyev URS | Jörg Drehmel GDR | Nélson Prudêncio BRA |
Montreal 1976 | Viktor Saneyev URS | James Butts USA | João do Pulo BRA |
Moscou 1980 | Jaak Uudmäe URS | Viktor Saneyev URS | João do Pulo BRA |
Los Angeles 1984 | Al Joyner USA | Mike Conley USA | Keith Connor GBR |
Seul 1988 | Khristo Markov BUL | Igor Lapshin URS | Aleksandr Kovalenko URS |
Barcelona 1992 | Mike Conley USA | Charlie Simpkins USA | Frank Rutherford BAH |
Atlanta 1996 | Kenny Harrison USA | Jonathan Edwards GBR | Yoelbi Quesada CUB |
Sydney 2000 | Jonathan Edwards GBR | Yoel García CUB | Denis Kapustin RUS |
Atenas 2004 | Christian Olsson SWE | Marian Oprea ROU | Daniil Burkenya RUS |
Pequim 2008 | Nelson Évora POR | Phillips Idowu GBR | Leevan Sands BAH |
Londres 2012 | Christian Taylor USA | Will Claye USA | Fabrizio Donato ITA |
Rio 2016 | Christian Taylor USA | Will Claye USA | Dong Bin CHN |
Tóquio 2020 | Pedro Pichardo POR | Zhu Yaming CHN | Hughes Zango BKF |
Quadro de Medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total | |
---|---|---|---|---|---|
1 | Estados Unidos | 8 | 8 | 3 | 19 |
2 | União Soviética | 4 | 5 | 4 | 13 |
3 | Suécia | 3 | 3 | 2 | 8 |
4 | Grã-Bretanha | 3 | 3 | 1 | 7 |
5 | Japão | 3 | 1 | 1 | 5 |
6 | Brasil | 2 | 1 | 3 | 6 |
7 | Polônia | 2 | 0 | 0 | 2 |
Portugal | 2 | 0 | 0 | 2 | |
9 | Austrália | 1 | 1 | 1 | 3 |
10 | Finlândia | 1 | 0 | 2 | 3 |
11 | Bulgária | 1 | 0 | 0 | 1 |
12 | Cuba | 0 | 1 | 1 | 2 |
China | 0 | 1 | 1 | 2 | |
14 | Argentina | 0 | 1 | 0 | 1 |
Canadá | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Alemanha Oriental | 0 | 1 | 0 | 1 | |
França | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Islândia | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Romênia | 0 | 1 | 0 | 1 | |
20 | Itália | 0 | 0 | 2 | 2 |
Rússia | 0 | 0 | 2 | 2 | |
Bahamas | 0 | 0 | 2 | 2 | |
23 | Burkina Faso | 0 | 0 | 1 | 1 |
Grécia | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Noruega | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Peru | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Venezuela | 0 | 0 | 1 | 1 |
Salto triplo masculino
Almir dos Santos em ação no salto triplo no Mundial Indoor de 2018, em Birmingham (IAAF)
O Salto Triplo é uma combinação de três saltos sucessivos que terminam com a queda numa caixa de areia. A prova inicia-se com uma corrida de impulso. O salto começa com o contacto da perna de impulsão tocando o solo (maior absorção de impacto); segue-se uma pequena flexão da perna de impulsão (maior tensão elástica); nesse momento a perna de impulsão sofre grande pressão (até 6 vezes o peso do atleta), sendo que quanto maior o ângulo maior a pressão. A chamada é realizada com um movimento de patada, onde o saltador faz um movimento brusco com a perna para trás e para cima, tentando assim reduzir a perda de velocidade horizontal. O ângulo resultante de saída é menor que o salto da distância. Por fim, na fase de voo, deve-se corrigir o equilíbrio através da rotação horizontal dos braços, colocando o centro de gravidade no lugar.
Numa outra técnica, o salto realiza-se com a perna de elevação (+ fraca); dá-se o toque sobre a planta do pé (maior absorção de impacto) e o movimento de “patada” ativa na chamada para reduzir a perda de velocidade horizontal; existe maior tempo de contacto com o solo; a fase de voo é próxima da do salto em comprimento, e tem apenas como diferença a menor velocidade horizontal, provocando uma menor fase de voo. Para tal utiliza-se outro tipo de estilo – o tipo peito e o carpado. A correção do equilíbrio é feita através da rotação horizontal de braços, na fase terminal.
A Federação Internacional de Atletismo descreve a mecânica obrigatória do salto da seguinte maneira:”o salto deve ser feito de tal maneira que o atleta pouse, no primeiro salto, com o mesmo pé com que ele saltou após a corrida; o segundo salto deve pousar com o pé trocado, o qual serve de impulsão para o salto final dentro da caixa de areia”.
Os saltos são invalidados caso o atleta pise na borda ou em algum ponto tábua de impulsão. A marca é medida da ponta da tábua até a primeira marcação do corpo do saltador na caixa de areia. Assim como em várias outras modalidades do atletismo, marcas conseguidas com vento a favor superior a 2 m/s não são consideradas para recordes.