PARIS – Depois de bater o recorde paralímpico nas eliminatórias com 38s61, Lídia Cruz entrou na final dos 50 m livre S4 como candidata à medalha de ouro. Mas a brasileira cometeu um erro e queimou a largada. Apesar disso, a prova continuou e ela bateu em segundo lugar. A medalha de prata, no entanto, não vai para o peito dela porque a organização anunciou segundos depois que ela estava desclassificada.
+Gostou do estilo dos atletas? Clique aqui e compre os uniformes do Brasil de Paris-2024
Não deu nem para contestar a decisão. Na imagem da televisão, ficou muito claro que Lídia Cruz se movimentou antes do tiro e queimou a largada. A vencedora foi a americana Leanne Smith, que é da S3 e quebrou o recorde mundial da classe com 40s03.
- Marília vence Blue Jays e é o primeiro finalista da Taça Brasil
- Conegliano bate Milano e Gabi põe Brasil em decisão do Mundial
- Kamilla Cardoso faz duplo-duplo e Shanghai vence pelo Chinês
- Praia ensaia reação, mas é derrotado pela sensação do Mundial
- Duda Ribera quase repete top-50 na IBU Junior Cup
+SIGA O CANAL DO OLIMPÍADA TODO DIA NO WHATSAPP
Com a declassificação de Lídia Cruz, a alemã Tonja Scholz, dona do recorde mundial S4 com 36s92, herdou a prata. Na final desta sexta-feira, ela marcou 40s75. Em terceiro lugar, com a medalha de bronze, ficou outra atleta S3, a australiana Rachael Watson, que marcou 41s17. Outra brasileira na prova, Patrícia Pereira dos Santos terminou na quarta posição com 41s75.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
“A gente pode melhorar, mas ainda não foi o meu melhor. De tudo o que a gente vem trabalhando, mostra mais uma vez o quanto a gente precisa fortalecer mais o trabalho mental porque numa grandiosidade dessa, a gente não pode permitir alguns lapsos que eu, pessoalmente, estou apresentando”, lamentou Patrícia dos Santos. “No momento, é trabalhar o meu psicológico para acreditar que eu sou capaz, e trabalhar algumas coisas que eu fisiologicamente tenho uma limitação, em função de respiração, essas coisas e tal. Ao mesmo tempo fico frustrada, mas feliz porque eu sei que, visualizei que tem um ponto que precisa ser trabalhado com urgência, para melhor executar aquilo que eu sei fazer fisicamente”, analisou.
Wendell Belarmino fica em sexto lugar
Para completar a participação brasileira, Wendell Belarmino disputou a final dos 100 m borboleta S11. Ele completou a prova em 1min04s84 na sexta posição. O campeão foi o japonês Keiichi Kimura, que venceu com 1min00s90 e quebrou o recorde paralímpico. Danylo Chufarov, da Ucrânia, foi prata com 1min02s86 e Ucha Tomita, também do Japão, ficou com bronze com 1min03s89.
“O bronze não veio, mas foi bom melhorar meu tempo sem me dedicar pra essa prova… Acho que 95% dos meus treinos estavam sendo focados no 50m livre e o restinho estava sendo no borboleta, então, melhorar meio que só treinando pro crawl e tendo alguns poucos estímulos de borboleta é incrível e mostra que para Los Angeles é uma prova que dá pra investir, dá para me dedicar também”, disse Wendell Belarmino, satisfeito com o resultado.