PARIS – Nas baterias classificatórias, Gabriel Bandeira foi apenas o oitavo tempo com 1min01s30, enquanto o australiano Benjamin Hance bateu o recorde mundial com 56s52. Mas, na final, o brasileiro deixou quase todos os adversários para trás, bateu o recorde das Américas com 58s54 e conquistou a medalha de prata dos 100 m costas S14 dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Ele ficou atrás apenas do nadador da Oceania, que venceu a prova com 57s04. O britânico Mark Tompsett foi bronze com 59s21.
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“Eu fiquei fora da final lá em Tóquio e fiquei bem frustrado na época. No ano seguinte, eu fui prata no Mundial e no ano seguinte também. Hoje eu quase fique fora da final, oitavo tempo, mas eu tenho uma lema: ‘uma arma, uma chance’, e eu fui atrás disso aí. Minha semana de competição não foi muito boa, no geral, não gostei muito das minhas provas. Aí como era a última hoje, última chance, última prova, é falar: ‘só vamos, deixa doer e o que der deu'”, analisou Gabriel Bandeira.
Terceira medalha em Paris-2024
Foi a terceira medalha conquistada por Gabriel Bandeira na natação dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Antes, ele tinha ganhou dois bronzes: nos 100 m borboleta S14 e no revezamento 4 x 100 m misto S14. Ao todo, ele soma sete pódios na carreira, já que em Tóquio-2020 ganhou uma de ouro, duas de prata e uma de bronze.
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A final
Na final desta sexta-feira, Gabriel Bandeira largou na raia 8. Apesar de ter nadado na parte de fora da piscina, o brasileiro começou forte desde o começo e mostrou que brigaria pelo pódio. Nos primeiros 50 m, ele bateu em terceiro lugar, apenas 21 centésimo atrás do britânico William Ellard.
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“Eu não sinto muito a diferença pelas raias, mas é questão de nado, mais o visual mesmo, porque eu só tava enxergando bolha no meu lado. Não sabia que posição que eu tava, e aí eu só queria fazer mais força pra chegar, chegar e até que deu certo”, contou.
Mas, na segunda metade da prova, Gabriel Bandeira apertou o ritmo e conseguiu abrir uma vantagem até certo ponto confortável sobre quem vinha atrás dele. Se não deu para chegar no recordista mundial Benjamin Hance, o brasileiro conquistou a prata com 0s67 de vantagem sobre Mark Tompsett. William Ellard, que tinha virado em segundo nos 50 m, acabou ficando em quarto lugar e não conseguiu subir no pódio.
“Essa prova aí é meio que a briga pela prata porque o ouro ele já está muito distante, mas acho que nada é impossível. Quem sabe em quatro anos? Talvez, ano que vem no Mundial, talvez, vamos ver”, encerrou, otimista.
Ana Karolina em oitavo
Na versão feminina dos 100 m costas S14, Ana Karolina de Oliveira ficou na sétima posição. A brasileira terminou a prova em 1min10s70. A medalha de ouro foi conqusitada pela britânica Poppy Maskill. A russa Valeriia Shabalina ficou com a prata e Oliveia Newman-Baronius, também da Grã-Bretanha, completou o pódio.
“De manhã eu já sabia que eu não ia classificar com tempo bom, numa raia boa. É uma Paralimpíada, a gente sabe que é muito forte. Tem menina nova, as meninas estão muito fortes. E eu falei: ‘é a minha prova e eu não vou deixar ninguém pegar a minha raia. Posso ficar com a última raia, com o pior tempo, mas é a minha prova’. E aí a tarde eu tentei entrar no top 5, não deu, mas é uma aprendizagem para mim. Los Angeles está logo aí”, analisou.