Clichy-sous-Bois – Presente em quatro provas, Lauro Chaman encerrou a participação nos Jogos Paralímpicos de Paris nesta sexta-feira (6). O brasileiro terminou na 5ª colocação no ciclismo de estrada C4-5, para atletas amputados ou com deficiência nos membros superiores ou inferiores.
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O atleta de 37 anos cumpriu com os 99,4 quilômetros em 2h25m58. O percurso não passou por Paris. Compreendeu a região Sena-Saint-Denis, que tem porções a leste e norte da capital francesa. O trajeto é um circuito de 7 voltas, com 14,2 km. O ponto de maior inclinação, a 4,7%, é justamente em Clichy-sous-Bois, onde foram realizadas a largada e chegada.
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Lauro fez as duas primeiras voltas no primeiro pelotão, mas descolou do primeiro grupo ao concluir a primeira hora da prova. Com o decorrer da disputa, ele ficou marcado pelo francês Dorian Foulon, uma vez que dois compatriotas dele estavam no conjunto da ponta. Na sexta volta, a distância aumentou para 5m56 dos líderes.
“Com certeza eles largam e têm as estratégias deles. Não sei nem imaginar o que eles pensam com várias estratégias na prova. Mas é claro que se tem um francês na frente, o outro atrás vai ficar comigo e não vai me ajudar a tentar chegar nos da frente e isso é ciclismo. Ciclismo é um jogo de equipe muito grande e o vácuo conta muito. Infelizmente, a gente não conseguiu estar na ponta da corrida para disputar uma medalha, a gente brigou para tentar chegar de novo, mas tem vezes não consegue”, analisou o ciclista em exclusividade para o OTD.
O ouro ficou com o ucraniano Yehor Dementyev (2h18m59). O francês Kevin Le Cunff e o neerlandês Martin van der Pol completaram o pódio.
No sprint final, Lauro conseguiu bater quatro adversários para fechar a prova na quinta colocação. Ele fechou a 6m59 do campeão. “A gente briga até o final e disputa a melhor posição. A gente não consegue estar na medalha, mas nunca vai abrir mão da corrida. A corrida é única, então a gente dá o máximo até o final”, reforçou.
Em Paris, Lauro foi top-5 em duas provas. Foi o 4° colocado no contrarrelógio de pista e 5° na perseguição de 4.000m na pista. A estreia dele foi no contrarrelógio 1.000m, no qual terminou em 20° lugar.
O paulista de Araraquara é o único brasileiro a conquistar medalhas paralímpicas no ciclismo. Ele foi prata no ciclismo de estrada na Rio-2016. Na mesma edição, ele conquistou o bronze no contrarrelógio.
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