Paris – Capitão e principal jogador da seleção brasileira de futebol de cegos, Ricardinho valorizou a trajetória vitoriosa da equipe depois da inédita derrota na semifinal dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, que aconteceu nesta quinta-feira (05). Em entrevista após a partida, o craque lamentou a queda, mas destacou a longa hegemonia mantida pelo Brasil nos últimos 20 anos.
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“A gente tem que analisar assim: nós já fizemos até muito, porque ganhar cinco medalhas de ouro consecutivas, sem perder nenhum jogo, nenhuma outra equipe conseguiu. Então, isso aí já foi maravilhoso. Mas a gente sonhava com a sexta, isso é normal. Queremos ir cada vez mais longe. Sabíamos que um dia o Brasil ia ficar fora, não queríamos que fosse agora. Nós treinamos muito, foi o ano que a gente mais treinou. Mas quis o destino que fosse assim”, falou Ricardinho.
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Fim da hegemonia
Desde que o futebol de cegos entrou no programa dos Jogos Paralímpicos, em Atenas-2004, o Brasil conquistou a medalha de ouro nas cinco primeiras edições, sem perder nenhum jogo. Em Paris-2024, essa escrita caiu com a derrota na semifinal para a Argentina, nas penalidades máximas. Foi justamente Ricardinho o responsável por errar a última cobrança, acertando a bola na trave, que culminou no fim do sonho do hexa.
“Literalmente, bateu na trave. Eu fiquei com a incumbência de fazer aquele gol, bati como treinei o ano inteiro, mas foi um detalhe. Nós temos um time experiente e tem que saber lidar com isso aí, não existe atleta que não vá passar por decepções. O esporte é feito de vitórias e derrotas. Hoje foi o nosso dia de perder, temos que reconhecer os méritos também da Argentina e segue o baile”, comentou o gaúcho de 35 anos, dono de quatro ouros paralímpicos.
Em busca do bronze
Com a derrota na semifinal, o Brasil terá que disputar a medalha de bronze em Paris-2024. A seleção comandada por Fábio Vasconcellos duelará contra a Colômbia no sábado (07), às 12h30 (horário de Brasília), no Estádio da Torre Eiffel. A final será entre Argentina e França, um pouco mais tarde, às 15h, valendo um título inédito para os dois países. Para Ricardinho, lutar pela medalha de bronze será importante para o Brasil.
“Nós não vamos desprezar a disputa de terceiro e quarto. Eu sempre falo, só o fato de estar aqui já é uma vitória, chegar entre os quatro, começar a brigar por medalha. Se a gente levar um bronze para casa, já é uma grande conquista. Os times que ficaram para trás gostariam muito de brigar pelo bronze. É o que nós temos, vamos brigar. Acima de tudo, honrar a nossa camiseta, porque hoje nós caímos, mas caímos de pé, jogando bem, lutando muito. Me orgulho de falar que nós realmente representamos o nosso país da melhor forma”, concluiu Ricardinho.