PARIS – Cinco pódios no Japão e agora mais cinco na França. Carol Santiago coroou sua participação nos Jogos Paralímpicos de 2024 com a prata nos 100m peito SB12, na noite desta quinta-feira e alcançou uma dezena de medalhas paralímpicas.
Carol finalizou a prova em 1min15s62, atrás apenas da campeã Elena Krawzow, da Alemanha, que bateu o recorde mundial com 1min12s54.
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Maior campeã da história do Brasil nos Jogos, a pernambucana encerra sua participação na capital francesa com três ouros e duas pratas. Com o capítulo “Paralimpíadas de 2024” fechado, ela refletiu sobre o status de idolatria que ela construiu e carrega em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
“Tem essa parte de ser conhecida. Isso tudo é uma parte que eu vou ser muito sincera, não se ofendam, mas eu nem gosto muito. Eu sou muito na minha, muito tranquila. Foi acontecendo gradativamente e foi uma coisa que eu comecei a perceber que faz parte do esporte de alto rendimento. Quando você tem um programa como esse como o nosso, um trabalho como esse que a nossa comissão técnica faz, e um resultado desse que a gente apresenta, é inevitável que queiram saber quem é que fez, como que chegou lá. Quando eu percebo que as pessoas querem conhecer, querem saber, querem participar, é porque foi algo muito grande, né?”
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CAROL SANTIAGO PREFERE TÓQUIO OU PARIS?
Repetindo o incrível número de cinco medalhas em suas duas primeiras edições dos Jogos, Carol respondeu à reportagem sobre o que ela leva de cada um e qual tem um espaço especial no coração.
“Olha, as duas foram muito diferentes. Eu estava conversando com o Léo sobre isso, assim. Eu tinha achado que Tóquio tinha sido o máximo que eu poderia viver nessa questão de competição. Mas depois que eu vi essa competição aqui, com essa torcida, com essa entrada, com esses gritos, com essa alegria, com essa empolgação, eu digo que agora a gente fez uma Paralimpíada completa, né? E foi muito bonita! Eu gosto das duas, eu acho que Tóquio sempre tem um lugar muito especial pra mim, que foi minha primeira, né? Mas essa daqui, eu acho que eu nunca passei por nada parecido com isso aqui. E, gente, eu só tenho a agradecer a Paris, a França por ter proporcionado isso aí, tão grandioso pra gente!”
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A ÚLTIMA MEDALHA DE PARIS
Carol encerrou seu programa com a prova dos 100m peito, e apesar de não conseguir o topo do pódio, ela valorizou muito sua marca e reforçou a felicidade dessa prata.
“Eu fico muito feliz de poder encerrar as Paralimpíadas, esse programa que foi realmente um programa vencedor, com essa prata, né? Fico muito feliz quando eu ganho, claro. Fico muito feliz quando o meu resultado é excelente, mas ter o privilégio de nadar uma prova onde uma pessoa que eu respeito tanto, bate o recorde mundial, pra mim também é uma grande satisfação. Foi uma prova belíssima que eu vou levar para o resto da minha vida.”