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Paris 2024

Mariana Gesteira reclama sobre classificação: “É uma zona!”

A brasileira, que ficou em 3º nos 100m costas S9, mostrou indignação pela forma que os atletas são dividos

Mariana Gesteira, nadando na Paralimpíada de Paris
Foto: Marcello Zambrana/CPB

Após conquistar seu segundo bronze paralímpico, Mariana Gesteira falou com exclusividade ao OTD sobre sua prova e se mostrou chateada por não ter conseguido seu melhor tempo. A nadadora ainda reclamou da organização da divisão das classes e exclamou: “É uma zona, cada um faz o que quer na cara de todo mundo e está tudo bem.”

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“Bom, primeiro, eu esperava ter nadado melhor, eu fiz uma marca mais expressiva esse ano. Segundo, porque a gente vem durante a competição sofrendo de alguma forma, diretamente, com classificações injustas no sistema”, disse Mariana Gesteira.

“Então a gente já sabia, a gente entrou para a prova sabendo que o ouro talvez não aconteceria, era bem pouco provável por conta desses erro. De qualquer forma, a gente veio disposta ao nosso melhor, a fazer o que a gente podia para poder estar brigando pelo menos para uma marca melhor. Infelizmente, não consegui fazer a minha melhor marca da vida. Mas eu me esforcei muito, entreguei tudo que podia. Eu tinha muita expectativa de que poderia conquistar essa medalha de ouro”, disse a nadadora.

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Injustiça

Entrando em detalhes, Mariana Gesteira foi incisiva ao falar da vencedora da prova. De acordo com Mariana, a estadunidense fez fez saídas diferentes entre as classificatória e a final.

“Eu vou ser bem clara, a americana que venceu a prova, ela classificou com o tempo de 1min30s. Agora ela mandou para 1min7s. Ela classificou saindo com o braço só, agora ela sai com os dois. Então, é uma zona, cada um faz o que quer na cara de todo mundo e está tudo bem, ninguém fala nada. Vem se tornando vergonhoso, a gente fica competindo sem a chance de poder estar realmente competindo de forma justa”, reclamou.

A americana Christie Raleigh-Crossley, que conquistou a medalha de ouro, avançou para a final com o tempo de 1m10s28. No balizamento inicial da competição, Raleigh-Crossley aparece com 1min08s74 nos 100m costas. Não ficou claro qual marca a brasileira se referiu.

“A gente está aqui, todo mundo, para fazer o melhor. Fiz o melhor que pude, mas a gente sabe que infelizmente não é justo. Tiro o meu chapéu para a segunda colocada, que realmente é da classe, ligando o toque e está tudo certo. Estou muito feliz por ela também, mas não tem muito o que dizer agora, bate uma frustração em relação a minha marca pessoal e também ao sistema, como as coisas são feitas hoje em dia”, finalizou a medalhista.

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Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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