PARIS – Pela segunda vez na carreira, Danielle Rauen terá a chance de subir ao pódio individual dos Jogos Paralímpicos. Na manhã desta terça-feira (3), a brasileira de 26 anos venceu a estreia da classe 9 contra a croata Mirjana Lucic por 3 sets a 0. Apesar do placar clássico, o jogo não foi nada calmo para Dani.
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“É a minha terceira Paralimpíada, mas o sentimento sempre é diferente, o nervosismo sempre é diferente. Eu queria ter jogado um pouco mais tranquila porque já tenho a medalha nas duplas. Conquistei uma das medalhas que queria, então falei: ‘Meu, vou jogar tranquilo, vou jogar mais relaxada’, mas não tem como ser. Foi um jogo muito nervoso, por mais que eu tenha vencido 3 sets a 0”, contou.
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“No segundo set, saí de uma situação bem difícil que estava 10 a 8 contra. Então, eu consegui sair bem desse set e consegui fechar a partida em 3 sets a 0. Mas a jogadora da Croácia jogou muito bem comigo, taticamente ela jogou muito bem, acertou umas bolas que normalmente ela não acerta. E isso é Jogos Paralímpicos, né? Você está preparada para todos esses jogos, situações”, confessou Dani.
Jogo da medalha
Assim como nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, Danielle Rauen está a uma vitória de garantir um lugar no pódio. Naquela oportunidade, a disputa contava com uma fase de grupos e duelos diretos nas semifinais, final e disputa pelo bronze. Tal formato acabou extinto e, em Paris-2024, uma vitória nas quartas de final garante um lugar no pódio mesmo com derrota nas semifinais.
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“Em 2016, foi o único Jogos Paralímpicos que tiveram a disputa do bronze. Estava ganhando dois sets, acabei perdendo e consegui na equipe depois (medalha). Até acabar o último ponto, você não pode pensar em ganhar, você não pode pensar em vencer em medalha. Acho que você tem que jogar ponto por ponto, sempre pensando que está 0 a 0. Sempre pensando que pode acontecer uma diversidade. Para esses momentos, mais do que ganhar, é desempenhar um bom jogo, um bom ponto. Acho que isso mudou muito para mim”, disse Danielle.
Xô, nervosismo!
Além da medalha de bronze nas duplas dessa edição, Danielle também já conquistou medalhas paralímpicas por equipes na Rio-2016 e Tóquio-2020. Dessa forma, um pódio individual em Paris-2024 completaria a coleção da brasileira em Paralimpíadas. Para isso, ela tem que vencer a húngara Alexa Szvitacs.
“Vou jogar como jogadora forte da Hungria, cabeça-chave, mas vamos lá! Agora eu vou querer jogar mais relaxada ainda, porque a pressão está do lado dela. Mas o jogo vai ser consequência, quero me preparar bem pra isso”, projetou Danielle Rauen.