PARIS – Vitor Tavares não conseguia tirar o sorriso do rosto nem por um segundo após derrotar Chu Man Kai e conquistar sua inédita medalha paralímpica no badminton. A vitória na disputa do bronze veio com muita emoção e após três anos de espera após o 4º lugar em Tóquio.
Após o triunfo épico sobre o número um do mundo, Vitinho conversou com o Olimpíada Todo Dia sobre a conquista e uma partida tão complicada, contra um rival que é uma pedra no seu sapato.
“Se meu jogo não for assim tem algo errado”, brincou sobre ter salvado quatro set points do honconguês no primeiro set. “É, o número 1 contra o número 2 num jogo de bronze. Então não era qualquer jogo, era um p*** jogo”.
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“Cara, eu estou muito feliz, né? Muito feliz. O dia foi muito complicado porque eu sempre estava: “Pô, é hoje, hoje é o dia, é tudo ou nada, caraca, é hoje, vamos destruir. Caraca, é hoje, como que vai ser? Então eu estava oscilando bastante, mas pô, chegamos aqui, descemos o cacete”, completou, sempre com boas risadas no meio.
MISSÃO CUMPRIDA – E CLARO, COM EMOÇÃO DE SOBRA
Após bater na trave e sair de Tóquio com um amargo 4º lugar, Vitor tinha como muito claro o objetivo para o próximo ciclo. Ao chegar em Paris, a primeira fase não foi como planejada, e por muito pouco ele não viu tudo ir pelo ralo. Mas a volta por cima veio com tudo, coroada com um lugar no pódio.
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“Eu cheguei nesse torneio querendo uma medalha. Queria ser campeão, mas é o que eu falei. É algo alto nível, então todo detalhe faz a diferença. Mas depois de dois jogos da fase de grupo, estava quase chorando com o meu treinador no banheiro, porque a gente estava com a má impressão que a gente já teria sido eliminado na primeira fase. Eu fiquei muito triste. Mas depois aí a gente precisou ganhar do chinês de 2 a 0 e a França ganhar da Inglaterra. Rolou, a gente passou em segundo. E foi muita coisa, muita coisa aconteceu. Um torneio, ele é assim…”
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A SENSAÇÃO DE SER MEDALHISTA NO BADMINTON
Minutos após a vitória ainda não é possível digerir tudo, mas qual foi a sensação imediata ao se tornar um medalhista paralímpico? O brasileiro tentou explicar e garantiu já estar mirando Los Angeles.
“Eu vou falar com palavras que eu posso falar na mídia, tá? Foi sensacional. Eu ia falar outra coisa, não posso. Ah, foi do car…, foi f… demais, porque a gente vem trabalhando, não só eu. O Ítalo estava comigo em Tóquio também. Ele sentiu a frustração de a gente não estar no pódio. No Mundial, ele sentiu a frustração de a gente não ter sido campeão e agora a gente está com essa medalha, é algo muito bom, cara, é algo incrível. E 2028 já começa agora. Agora que ganhou uma, já está descoberto o caminho.”