O velocista Vinícius Rodrigues conquistou a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, terminado na terceira colocação da prova dos 100m rasos da classe T63 (para atletas com transtorno do movimento de grau moderado em uma das pernas ou ausência dos membros acima do joelho). Ele teve uma temporada atípica em 2024, participando do reality show “Big Brother Brasil”, da TV Globo, no primeiro mês do ano. O paranaense de 29 anos falou como foi lidar com as críticas do público por conta da sua decisão.
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“Foi um ano muito difícil, muita gente falou que eu nem ia chegar aqui, o mal do brasileiro é isso, não entender a caminhada de um atleta. Entendo que muito disso é inveja, de pessoas que não ganharam nem o nacional, nem o “campeão do bairro”, eles não vão entender o que é ser campeão de uma Paralimpíada”, desabafou o paranaense.
Esta foi a segunda medalha paralímpica de Vinícius Rodrigues na carreira. Em Tóquio-2020, ele foi prata na prova dos 100m, ficando apenas a um centésimo do ouro. “Tô muito feliz de estar no pódio, fiquei triste de Kobe (Mundial deste ano, em maio, onde Vinícius foi quinto lugar) não ter acontecido, a gente mira sempre o topo, de olho no primeiro, mas se “der ruim” tô no bronze”, completou.
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Julgamento pós-BBB
Ao todo, Vinícius Rodrigues permaneceu apenas 15 dias na casa do Big Brother Brasil, entrando no dia 8 de janeiro e saindo no dia 23. Ele foi o quinto eliminado do reality show com 9,92% de votos para permanecer no programa. O velocista revelou como a exposição e o julgamento do público prejudicaram a sua família. “Minha mãe tentou tirar a própria vida após o programa. Foi uma energia muito pesada, me arrependo muito. Eu nunca almejei a fama, fui lá só para conseguir a grana mesmo e mudar a vida da minha família”, disse.
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Apesar de todos os problemas, Vinícius deu a volta por cima e subiu no pódio nos Jogos de Paris-2024. Depois da conquista, ele já almeja mais um novo grande resultado na próxima edição do torneio. “Quando chega aqui o mental que ganha, meu mental ainda tava muito bagunçado de voltar a correr com alegria, correr leve. Tudo o que eu to vivendo hoje eu ensaiei mentalmente. Lógico que faltou o hino, ainda tem Los Angeles (em 2028), tem Brisbane (edição de 2032). Ano que vem tem Mundial também, mas agora vou tirar um tempinho pra curtir a minha família, minha segunda filha nasceu um dia antes de eu viajar”, contou o brasileiro.
