André Rocha tem muitos motivos para comemorar neste domingo (1º). Depois de ser campeão mundial e parapan-americano, o atleta do lançamento de disco completou a coleção de conquistas levando a medalha de bronze dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. A façanha também representou o pódio de número 400 do Brasil na história da Paralimpíada.
+Gostou do estilo dos atletas? Clique aqui e compre os uniformes do Brasil de Paris-2024
“Eu vou ser bem honesto, não me via sem essa medalha, por tudo que passei, por tudo que treinei, por tudo que a gente construiu para chegar até aqui. Então, valeu o bronze novamente com sabor de ouro. E, nossa, medalha de número 400. Então, tem um sabor ainda mais especial, é nossa, é do Brasil”, disse André.
- Quarto dia em Torres acirra definição do título da Taça Brasil
- Jonatas de Jesus domina e vence por nocaute no Open
- Talita e Taiana vencem jogo e faturam Circuito Brasileiro
- Seleção masculina impõe outro sacode na Copa Pan-Americana
- Campeonato Brasileiro de Goalball conhece seus finalistas
André Rocha era policial militar e durante uma perseguição policial em 2005 acabou caindo de um muro. Com isso, sofreu uma grave lesão na lombar. Após complicações cirúrgicas e uma nova lesão na cervical ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. O esporte paralímpico entrou na sua vida em 2013.
Conquista tensa em estádio lotado
Entretanto, a conquista da medalha não foi nada fácil e mexeu com o coração de todos os brasileiros que estavam assistindo. Diante de cerca de 70 mil espectadores pela primeira vez na carreira, André foi o quinto a fazer os arremessos e, antes disso, tinha visto o italiano Rigvan Ganeshamoorthy quebrar seu recorde mundial três vezes e disparar na ponta. Depois de conseguir o 19,48m para subir ao segundo lugar, ele precisou secar cinco adversários para não perder seu lugar no pódio.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
“Fiquei sabendo que tinha 70 mil pessoas nesse estádio, é surreal! Eu nunca vivi isso na minha vida”, confessou André. “Acho que o mais tenso de tudo foi realmente ter que aguardar depois dos adversários, ter que lançar e a gente secar. Secamos muito e, graças a Deus, deu tudo certo”, brincou.
Medalha com dedicação
Por fim, e não menos especial, a cereja do bolo neste dia 1º de setembro para André Rocha foi a celebração da vida de alguém que ele ama muito. Vânia, sua esposa, comemorou aniversário neste domingo e o atleta também dedicou a medalha dos Jogos Paralímpicos para sua amada e seus filhos se emocionando bastante.
“O aniversário dela hoje é outro sabor especial. É, minha esposa, hoje é aniversário dela. Vânia, meu amor, meus parabéns. Obrigado por tudo, obrigado por estar aqui, nossos filhos juntos, é um momento único, sabe. Nossa, eu não sei. Não consigo descrever isso”, se emocionou.