PARIS – A seleção brasileira de futebol de cegos estreou com vitória sobre a Turquia nos Jogos Paralímpicos de 2024. Desde que a modalidade foi introduzida nas Paralimpíadas, em Atenas 2004, o Brasil é hegemônico. São cinco ouros em cinco participações, com 22 vitórias e seis empates na competição.
O último ciclo, entretanto, ficou marcado pelo terceiro lugar na Copa do Mundo após três títulos consecutivos. Em 2010, 2014 e 2018, o Brasil levou o Mundial. Mas em 2013, perdeu a semifinal para a China, que foi derrotada na final pela Argentina. Para tirar qualquer dúvida, o capitão Ricardinho confia no tanto que a Seleção treinou, e em entrevista após a vitória revelou acreditar em mais um ouro.
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“A gente trabalhou muito esse ano para ajustar o que precisava, e a gente confia que tem grande chance de ser campeão aqui em Paris. Vamos um degrauzinho de cada vez, com os pés no chão. A gente treinou o ano inteiro junto, acho que aprimoramos muita coisa”, disse o tetracampeão paralímpico e três vezes melhor jogador do mundo.
CONCENTRAÇÃO PELO OURO
Treino e trabalho. Duas palavras muito repetidas nas entrevistas dos atletas na saída do Estádio Torre Eiffel. O goleiro Matheus contou qual foi a reação do grupo após a derrota na Copa do Mundo e como essa preparação para os Jogos de Paris foi única.
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“Esse ciclo foi bem difícil, tivemos a derrota no Mundial, mas a gente sabe que a derrota ajuda a gente a melhorar em alguma coisa. Fomos todos para a Paraíba, treinamos de uma forma que nunca se imaginou no futebol de cegos. O Ricardo que é de muito mais tempo do que eu pode falar. A gente está pronto, a gente chegou pronto. Pensar dia após dia, jogo a jogo, e aí a gente deixa o favoritismo para as outras equipes mesmo.”
Ricardinho, que também elogiou o tanto que os brasileiros treinaram nesse longo período concentrados, enxerga o que abriu mão, como ver a família nos últimos cinco meses, como combustível para o ouro.
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“Foi assim, a Confederação montou um projeto, estabeleceu uma base de treinamento em João Pessoa. Então os atletas que eram de fora, no meu caso que vivia em Porto Alegre, a gente foi morar na Paraíba. Abrimos mão de muita coisa, né? O convívio social. Eu mesmo estou desde abril sem ver a minha família. O esporte tem disso, sabe, cara? Todos esses perrengues que a gente passa, abrimos mão de muito em prol de um objetivo, serve de combustível.”
AGENDA DO FUTEBOL DE CEGOS
A Seleção já entra em ação novamente nesta segunda-feira (2), contra os donos da casa. A partida contra a França acontece às 15h30 (de Brasília). Depois, na terça-feira (3), o duelo é contra a China, às 13h30 (de Brasília). As semifinais estão marcadas para quinta-feira (5), e a final e decisão do bronze para sábado (7).