PARIS – Deu a lógica. O Brasil confirmou o favoritismo e venceu a Turquia na estreia do futebol de cegos nos Jogos Paralímpicos de Paris. No pé da Torre Eiffel, a Seleção fez 3 a 0, com gols de Nonato (2) e Jefinho.
Desde que a modalidade foi introduzida nas Paralimpíadas, em Atenas 2004, a Seleção é hegemônica. São cinco ouros em cinco participações, com 22 vitórias e seis empates na competição.
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Apesar do histórico irretocável em Jogos Paralímpicos, a seleção brasileira não é tão favorita para o ouro quanto já foi. Após o tricampeonato mundial nas Copas do Mundo de 2010, 2014 e 2018, o Brasil ficou em terceiro na última edição do torneio, em 2023, quando a Argentina foi campeã e a China vice.
O JOGO
Como esperado, os brasileiros começaram pressionando e buscando o gol, já ocupando o campo dos turcos. Com seis minutos jogados, Nonato converteu a penalidade que ele mesmo sofreu de Saygil e abriu o placar.
A Seleção seguiu no ataque e buscando ampliar o marcador, criando algumas chances que não foram convertidas. Tentando aprontar em um ou outro contra-ataque, a única grande oportunidade da Turquia foi um chute fora.
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As equipes foram para o intervalo com o placar em 1 a 0, e o começo da etapa complementar foi quando o Brasil pisou no acelerador.
A bola voltou a rolar, e em cinco minutos a vitória já era quase uma goleada. Primeiro, Jefinho fez o segundo após entrar driblando pela ponta esquerda e chutar de bico no cantinho direito do goleiro. Em seguida, Nonato fez duas investidas pela direita – uma parou na trave e a outra foi defendida em linda ação do goleiro. Mas na sequência veio mais um pênalti para a Seleção, e aí Nonato botou o placar em 3 a 0.
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Com 10 minutos corridos da segunda etapa, a Turquia teve uma grande chance, mas a jogadaça de Emre Aslan terminou em chute defendido pelo goleiro Luan. No mais, a partida ficou mais morna na reta final, com os brasileiros administrando com segurança a vantagem construída.
MUDANÇA DE REGRA NO FUTEBOL DE CEGOS
Até os Jogos Paralímpicos de Paris, as disputas da modalidade aconteciam em dois tempos cronometrados de vinte minutos. Reduziram para 15 minutos cada período, o que, segundo integrantes da seleção brasileira, tende a ser pior para as equipes mais técnicas, como é o caso do Brasil. Na estreia, pelo menos, não foi um problema.