PARIS – Thalita Simplício fez seu melhor tempo da temporada e conquistou a medalha de prata nos 400m (T11) nos Jogos Paralímpicos de 2024. A brasileira não conseguiu segurar as lágrimas em entrevista ao Olimpíada Todo Dia, mas elas foram de tristeza.
“Eu estou triste. A gente treina muito, no sol e na chuva, para chegar num evento desse grande, grandioso. E todo mundo sabe que o mundo tá olhando pra cá. Eu não vou mentir, né? Eu queria muito esse ouro. Mas não foi dessa vez. Ficamos de novo com a prata. Tô engasgada.”
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Essa é a terceira vez da atual bicampeã mundial e campeã parapan-americana competindo nas Paralimpíadas – e em todas, o resultado foi o mesmo: prata. Já são quatro: duas em Tóquio e uma no Rio de Janeiro. E ainda no calor da prova, ela garante que já está de olho em 2028, onde vai seguir lutando por esse ouro.
“Eu também não vou vir aqui pedir desculpa. Porque acho que isso não vem ao caso. Não sei o que aconteceu, foi o nosso melhor hoje aqui e paciência. Agora é refletir sobre o que aconteceu, o ciclo de Los Angeles já está aí, na porta.”
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CABEÇA ERGUIDA
O guia Felipe Veloso da Silva, que também é treinador de Thalita, reforçou o sentimento de frustração, mas avalia que a dupla sai da pista de cabeça erguida, e ainda sonhando com mais uma medalha aqui em Paris.
“Ainda tem uns 200 metros, né? Temos quatro dias aí para recuperar. Também não posso ser hipócrita e dizer que a gente tá feliz, lógico. A gente queria muito ouro, mas eu não vejo a prata como algo que
seja o fim do mundo, né? Eu nem posso dizer, como treinador da Thalita, que a gente tem que treinar mais. Não, acho que a Thalita treina suficiente, treina bem. Como ela falou, foram quatro competições grandes em dois anos, então assim, não dá para ficar o tempo todo dando porrada, o corpo pede pausa, a cabeça pede pausa e eu tô muito feliz como treinador, como atleta-guia.”
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“A única medalha que nós não temos é a medalha de ouro, mas acho que tudo acontece no tempo certo, na hora certa e talvez a gente não estivesse prontos para ser campeões paralímpicos, não sei se eu posso dizer isso. A gente sai de cabeça erguida e bola para frente porque tem os 200 metros e a gente também vai entrar com muito empenho e com muita vontade de ganhar medalha”, completou.