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Paris 2024

Manara e Massad chamam torcida, mas terminam com bronze

Luiz Manara e Cláudio Massad têm dura disputa de semifinal e acabam derrotados por dupla chinesa nos Jogos Paralímpicos

Luiz Manara e Cláudio Massad Tênis de mesa Foto: Camila Nakazato/Olimpíada Todo Dia

Paris – Após bronze mais para a dupla feminina Danielle Rauen e Bruna Alexandre conquistarem o bronze na classe WD20 mais cedo, foi a vez de Luiz Manara e Cláudio Massad irem ao pódio no MD18 na Arena Paris Sud 4. Os brasileiros foram derrotados pelos chineses Liu Chaodong e Zhao Yiqing. O placar final foi de 3 sets a 1, com parciais de 11/5, 11/4, 9/11 e 11/8.

A partida começou inflamada por Cláudio Massad, que chamou a torcida do Brasil. Mas com a agressividade de ataques dos chineses, eles forçaram golpes no meio dos brasileiros, que deixaram escapar as devoluções. Desse modo, Liu e Zhao fecharam primeiro set em 11-5. O jogo seguiu assim na segunda parcial, com controle dos chineses, que fecharam em 11-4.

Terceiro set o Brasil assumiu outra postura, após empate de 3-3. A cada ponto, Massad vibrava e chamava a torcida, que correspondeu. Desse modo, conseguiram recuperar confiança e anotaram 6 pontos seguidos, deixando 9-3. Após pedido de tempo, os chineses recuperaram fôlego e anotaram 5 pontos em sequência. Com forte ataque de Manara, o Brasil fechou set em 11-9.

Já na quarta parcial, a dupla do Brasil não começou como antes, levou 6 pontos em sequência, com ataques de efeito de Zhao. Porém, Cláudio comemorou cada ponto convertido, e os brasileiros voltaram para o jogo. Com 8 a 6, obrigaram a China a pedir tempo técnico. Após erro de Manara, que se cobrou muito, Claudião .incentivou o companheiro. Entretanto não foi o suficiente, e os adversários fecharam game em 11-8.

Os brasileiros asseguraram pódio ao derrotarem donos da casa Mateo Boheas e Thomas Bouvais nas quartas de final. Como no tênis de mesa paralímpico não há disputa de bronze, o Brasil teria ao menos um bronze garantido, que se confirmou após a derrota para a China.

Primeira medalha paralímpica da carreira

Enquanto Claudião fez sua estreia em Jogos Paralímpicos, Luiz Manara já havia disputado as edições de 2016 e 2020, mas sem ter conquistado medalhas. Assim, esse pódio teve gosto de dever cumprido. “Na Rio e em Tóquio eu nem tinha vencido um jogo. Aqui a história foi diferente, não só venci como conquistei minha primeir amedalha paralímpica. Então é um sentimento indescritível, uma alegria muito grande porque a gente representa muita gente”, contou o atleta após disputa da semifinal. “É a realização de um sonho, de uma vida, de muito trabalho, de muita luta, de resiliência. Por mais que tenhamos perdido a semifinal, perdemos de pé, jogamos bem. Então tenho muito orgulho de estar levando esse bronze para o povo brasileiro. A gente tem muito a agradecer, a comemorar, mas depois vamos virar a chavinha para as disputas individuais, que serão bem pesadas”, contou entusiasmado Claudio.

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Início do torneio de simples

Os brasileiros voltam à Arena Paris Sud 4 para disputas individuais. Cláudio Massad não terá descanso, voltará a competir no domingo, às 12h (horário de Brasília) contra o austríaco Krisztian Gardos na classe MS10. Às 14h15 é a vez de Sohia Kelmer encarar a atleta do Comitê Paralímpico Neutro Elena Litvinenko na classe WS8, enquanto Joyce Oliveira encara a tailandesa Patamawadee Intatanon no WS3. Às 15h45, é a vez de Marliene Santos enfrentar Dararat Asayut também da Tailândia no WS3, e Luiz Manara tem estreia dura contra chinês Peng Weinan no MS8.

Formada em Jornalismo pela Unesp-Bauru, participou da Rio-2016 como voluntária, cobriu a Olimpíada de Tóquio-2020 a distância e Paris-2024 in loco pelo Olimpíada Todo Dia; hoje coordena as Redes Sociais do OTD.

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