PARIS – Depois de perderem, cada um com sua parceria, pelo torneio de duplas mistas, Bruna Alexandre e Danielle Rauen voltaram para a mesa com sangue nos olhos. Juntas, elas não deram chance para as ucranianas Maryna Lytovchenko e Iryna Shynkarova, venceram por 3 a 0 e garantiram a classificação para a semifinal das duplas mistas WD20. Com o resultado, elas também asseguraram, no mínimo, a medalha de bronze, já que não há disputa pelo terceiro lugar prevista no regulamento do tênis de mesa dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024.
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O jogo foi um verdadeiro massacre. Bruna Alexandre e Danielle Rauen não tiraram o pé do acelerador em nenhum momento e atropelaram as ucranianas Maryna Lytovchenko e Iryna Shynkarova. Para se ter uma ideia, o primeiro set foi o mais difícil e terminou em 11/4. Depois disso, as brasileiras não tomaram conhecimento das adversárias para fechar os outros dois em 11/2 e 11/3.
Virada de chave
“O tênis de mesa é um esporte muito mental, né? A virada de chave tem que ser muito rápida.
Não é fácil manter a mesma concentração, o mesmo ritmo, o mesmo físico. Eu tive uma derrota muito dolorida de manhã na mista para a primeira dupla do mundo. Então, eu fiquei tristona, mas eu tive que virar a chavinha, porque daqui a pouco já eram as quartas de final com a Bruna, com quem também aconteceu algo semelhante mais cedo. Então, a gente se apoiou muito. Falamos: ‘A gente merece muito isso e vamos fazer por merecer agora no jogo também’. Deu certo”, contou Danielle Rauen.
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“Como eu já tinha perdido para a Ucrânia nas duplas mistas, eu falei: ‘Não, não é possível perder de novo. E a mesma menina, então não é possível’. Pra falar a verdade, eu entrei zunindo ali”, brincou Bruna Alexandre ao tentar explicar o quanto elas não deram chance para as rivais para garantir uma medalha muito merecida. “Trabalhamos muito para estar aqui e merecemos muito essa medalha. Agora vamos em busca de mudar a cor dela”, disse Daniella Rauen depois do jogo.
Pedreira na semifinal
O desafio agora é a partir da semifinal. Bruna Alexandre e Danielle Rauen enfrentam as bicampeãs paralímpicas Lei Li e Yang Qian, da Austrália, mas com um último resultado que traz confiança. “Nós ganhamos delas na final em Montenegro esse ano”, lembra Danielle. “Fazia tempo que elas não perdiam para ninguém. Então, isso motiva bastante a gente”, completou Bruna Alexandre.