Paris – Mais do que um evento de disputa de medalhas e busca pela superação humana, os Jogos Paralímpicos tratam-se de realização de sonhos. Para o jovem francês Elias Ouni, Paris-2024 ficará para sempre marcada em sua memória. Promessa do goalball, ele enfrentou o Brasil na estreia do evento e pôde jogar contra seu grande ídolo, Leomon Moreno, bicampeão paralímpico e tricampeão mundial com a seleção brasileira, em um dia inesquecível.
- Warriors vencem Hawks e assumem a liderença no Oeste
- Sporting, de Edy Oliveira, vence o PSG pela Champions League
- Oito brasileiros chegam nas semis do Pan-Americano de escalada
- Brasil atropela Venezuela na estreia da Copa Pan-Am
- Zebra na Superliga: Goiás bate o Praia Clube por 3 a 2
“Jogar contra o Leomon e jogar contra o Brasil em si mesmo, é realmente extraordinário. Eles são os meus ídolos. O Leomon, o Emerson, o Sousa (Parazinho), o Paulinho, o André e o Romário são pessoas com uma história incrível. E que, pessoalmente, eu vejo todos os jogadores. Eu assisto todos os dias os jogos, o que nos permite evoluir na França. Espero me transformar em alguém que nem eles no futuro”, falou Elias ao Olimpíada Todo Dia.
Aos 18 anos de idade, Elias Ouni disputa os Jogos Paralímpicos pela primeira vez. Ele perdeu a visão do olho direito aos dois anos de idade e descobriu o goalball através de um curso. A modalidade logo tornou-se sua paixão, muito também por acompanhar Leomon e a seleção brasileira, que tem dominado o cenário mundial da modalidade nos últimos anos.
Carinho com o ídolo
Durante a partida entre França e Brasil na Paralimpíada, Elias Ouni começou entre os titulares e fez os dois primeiros gols de sua equipe, que chegou a estar na frente do placar em ambas as ocasiões. Ele chegou a deixar a quadra, mas quando entrou, foi ovacionado pelo público francês presente na Arena Paris Sul 6. O jogo terminou com vitória de 8 a 5 para a equipe brasileira, iniciando bem sua trajetória rumo ao tri olímpico. Ouni pôde tietar o ídolo antes e depois da partida.
“Eu falei com o Leomon um pouco antes do jogo e, depois, eu o chamei e disse-lhe que ele é um jogador incrível. O Leomon é um jogador ofensivo e defensivo. Ele entrou para a história do goalball, disputou três Jogos Paralímpicos. Em 2012, tinha 18 anos, a minha idade, e é emocionante dizer que com sua idade eu posso disputar os Jogos Paralímpicos. Espero poder ganhar o evento como ele”, comentou.
Elias se espelha nos brasileiros também para poder competir nas principais competições do mundo. Ele quer que a França um dia se torne uma potência no goalball, assim como é o Brasil. “Meu sonho é poder participar de diversas competições europeias, mundial e paralímpicas, tudo como os brasileiros”, finalizou ele, que tem o desejo de voltar a jogar contra o Brasil em Mundiais ou Los Angeles-2028.
“O primeiro jogo contra o Brasil, principal país do esporte, Eu achei incrível jogar contra o Brasil, principal país do esporte, no primeiro jogo. No final do jogo, infelizmente, perdemos. Nós aprendemos com nossos defeitos, e o Brasil é uma equipe que eu gostaria de voltar a enfrentar no futuro, no Mundial de 2026 ou em Los Angeles-2028”, falou o jogador.