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Paris 2024

“Irmãs”, Cátia e Joyce já bateram favoritas e querem o ouro

Amigas dentro e fora da mesa, Cátia e Joyce Oliveira encaram na semifinal as coreanas consideradas favoritas, mas que elas já venceram

Cátia Oliveira e Joyce Oliveira garantiram a primeira medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
Cátia Oliveira e Joyce Oliveira garantiram a primeira medalha para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 (Silvio Ávila/CPB)

PARIS – Cátia e Joyce têm o mesmo sobrenome, Oliveira. Não são, entretanto, da mesma família. Mas é como se fossem. As duas se tratam como irmãs e juntas elas foram responsáveis por garantir a primeira medalha do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 com a vitória sobre as egípcias Fawzia Elshamy e Ola Soliman.

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“Graças a Deus! Nossa, eu estou muito feliz. Já estreamos nas quartas e tínhamos essa chance de garantir já um bronze. A gente está muito, muito feliz. Primeira medalha da minha parceira Joyceem Paralimpíadas. Mas ainda não acabou, não queremos ficar no bronze, queremos brigar pelo ouro e vamos para cima”, afirmou Cátia Oliveira, que já tem um pódio em Jogos Paralímpicos. Ela foi bronze em Tóquio-2020 no individual.

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Joyce Oliveira, por sua vez, vai sentir em Paris-2024 o sabor de colocar no peito uma medalha paralímpica. “Eu estou com uma emoção que eu nem sei o que falar. Eu falo que faltam duas medalhas na minha carreira, uma de Mundial e uma de Paralimpíada. Mas agora não falta mais. Eu tenho uma garantida, mas a gente não quer essa medalha. Queremos mudar a cor dela e temos toda a condição de mudar”, acredita.

CONFIANÇA NA BRIGA PELO OURO

Cátia Oliveira e Joyce Oliveira se abraçam depois de conquistar a vitória na estreia dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
Silvio Ávila/CPB

A confiança de que elas podem brigar pelo ouro vem do fato delas terem vencido recentemente as sul-coreanas Seo Su Yeon e Yoon Jiu, cabeças de chave número 1 e adversárias das brasileiras na semifinal. “A gente jogou com elas faz pouco tempo e ganhamos. É a dupla primeira do mundo. Vai ser difícil porque estamos na Paralimpíada e aqui todo mundo joga para caramba. Mas estamos bem focadas no que a gente quer e no nosso objetivo”, garante Joyce Oliveira. “Jogamos com elas faz dois meses, na final de um torneio na República Tcheca. Foi a primeira vez que as enfrentamos e vencemos por 3 a 1. Não tem como falar que vamos ganhar de novo porque é uma das melhores duplas do mundo. Mas, se ganhamos uma vez, podemos ganhar de novo e elas é quem tem que ficar preocupadas com a gente agora”, brincou Cátia Oliveira.

O sucesso da dupla formada por Cátia e Joyce é até certo ponto repentino. As duas só começaram a jogar juntas na metade do ano passado. “A Joyce, na verdade, era da classe 4, mas a gente conseguiu brigar para ela baixar de classe e vir para a classe certa. Estamos jogando juntas desde os Jogos Parapan-americanos e fomos campeãs lá em Santiago. Ganhamos agora também na República Tcheca e estamos agora com medalha garantida na Paralimpíada. Temos tido resultados maravilhosos desde que a Joyce está na classe certa”, comemora Cátia Oliveira.

MAIS DO QUE AMIGAS, IRMÃS

Cátia Oliveira e Joyce Oliveira são amigas dentro e fora da mesa
(Fernando Gavini/OTD)

Mas antes mesmo de jogarem juntas, as duas já eram amigas. Aliás, mais do que isso. “A gente não é só amiga, né? É como se eu fosse irmã. Temos uma sintonia muito grande e isso faz total diferença na hora do jogo”, conta Cátia.

“A Cátia convive com a minha família, conhece meu filho, que ama ela. Então, nosso convívio é muito próximo. A gente está sempre junto. Eu vou para as festas dela e ela vai para as minhas. Então, eu acho que isso ajuda a jogarmos bem juntas porque uma confia na outra. E mesmo quando uma está para baixo, a outra está puxando. Temos aquela amizade que mesmo que eu fale alguma coisa que ela goste, ela vai entender porque sabe que é para o bem dela”, finalizou Joyce.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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