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Paris 2024

Gabrielzinho abraça pressão: “Sou o cara a ser batido”

Estrela brasileira natação paralímpica, Gabriel Araújo assume protagonismo e responsabilidade por medalhas em Paris-2024

Gabriel Araújo em aclimatação para os Jogos Paralímpicos de Paris-2024
Gabriel Araújo (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Paris – Gabriel Araújo se tornou uma das principais estrelas da natação paralímpica brasileira e mundial desde Tóquio-2021. Com apenas 22 anos de idade, o jovem nadador mineiro vai ter a honra de carregar a bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Tamanha condecoração se deu pelo seu extenso currículo vencedor em um curto espaço de tempo, e também pelo seu carisma e personalidade fora das piscinas.  

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“Dessa vez é um pouco diferente. Estou muito preparado pela torcida porque gosto bem de adrenalina. Acho que independente se a torcida contra ou a favor, acredito que contra me dá uma motivada a mais porque hoje eu sou o cara a ser batido e eu sei quanto eu busquei estar no primeiro lugar”, afirmou Gabrielzinho reconhecendo seu status na natação. 

Gabrielzinho tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. Ele conheceu a natação por conta de um professor de Educação Física da escola onde estudava, na época dos Jogos Escolares de Minas Gerais. No pós carreira, planeja virar jornalista e seguir trabalhando na área de esportes. 

Assumindo a pressão

Pode-se dizer que a vida de Gabriel Araújo virou do avesso, no bom sentido, desde Tóquio-2020. Naquela edição dos Jogos Paralímpicos, Gabrielzinho tinha apenas 19 anos e ainda era encarado como uma promessa da classe S2. Do Japão, voltou para casa com três medalhas, sendo duas de ouro e uma de prata. Adicione à isso, uma lista longa de pódios nos anos seguintes em campeonatos mundiais e nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023.

“Em Tóquio, eu estava aparecendo ainda no cenário esportivo no cenário paralímpico. Então, chegava sem muito compromisso, sem muita pressão, mas tinha treinado muito para aquele momento também. E, do mesmo jeito que eu chegava sem pressão alguma, sabia onde poderia alcançar e quais eram as minhas metas para ser batidas na competição e assim foi feito” disse.

“No topo do pódio, o que eu costumo dizer é que chegar não é fácil, mas se manter é muito mais difícil. Então, é manter uma constância e, se Deus quiser, fazer os melhores resultados aqui com certeza com toda essa pressão, toda essa responsabilidade que assumi ela porque eu estou muito mais preparado e mais maduro para conquistar os resultados e bater as minhas metas”, completou.  

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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