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Paris 2024

Bruna Alexandre vive dia de estrela na Vila Paralímpica

Primeira paratleta do Brasil a disputar Olimpíada, mesatenista busca o ouro na Paralimpíada

Bruna Alexandre
Bruna Alexandre na Vila Paralímpica de Paris-2024. Foto: Lukas Kenji

Saint-Denis – O assédio da imprensa internacional confere a Bruna Alexandre o status de uma das maiores estrelas paralímpicas de Paris-2024. A mesatenista foi a atleta mais procurada no dia de entrevistas coletivas promovido nesta segunda-feira (26), na Vila Paralímpica.

“Acho que nunca dei tanta entrevista na minha vida”, brincou. Além de possuir duas medalhas no maior evento do paradesporto mundial, Bruna fez história ao se tornar a primeira atleta paralímpica do Brasil a disputar também uma Olimpíada.

Ela acredita que a experiência olímpica vai contribuir na Paralimpíada, uma vez que o ginásio e a mesa são os mesmos do evento realizado há poucos meses. Por outro lado, uma adaptação no estilo de jogo é necessária.

“Acredito que a experiência olímpica pode melhorar cada vez mais o equilíbrio do corpo. Porque o jogo é muito rápido, só que também eu tenho que ter noção de que no paralímpico é diferente. O jogo não é tão rápido. É muito de estratégia porque as meninas também têm dificuldade no equilíbrio. Então, eu tenho que saber dosar os dois lados”, analisou a mesatenista, que teve o braço direito amputado e atua na classe 10, para atletas andantes.

Em contrapartida, Bruna lembrou que está acostumada com essa adaptação. Ela tem 20 anos de carreira e já disputou diversas competições de tênis de mesa contra adversários olímpicos e paralímpicos. Ela ostenta uma prata em Tóquio-2020 e um bronze na Rio-2016, em competições individuais. Agora, vive a expectativa pelo ouro, mas com cautela.

“Hoje eu sou cabeça número 3 dos Jogos Paralímpicos. É eliminatória simples. Não vou ficar pensando em ranking mundial. Acho que o mais importante para mim é saber lidar com a pressão. E também elas (adversárias) têm a pressão. Então, não tem favoritismo para ninguém”, comentou.

Além da medalha

Mais do que a conquista da medalha, a atleta de 29 anos espera contribuir com um legado perene. “Acho que o esporte é um caminho muito bom a seguir e mostrar também a inclusão. Não pensando só no esporte, mas na vida também. Espero que a gente consiga cada vez mais melhorar o esporte paralímpico.”

O tênis de mesa começa a ser disputado na quinta-feira (29), com provas em duplas. Bruna Alexandre estreia no individual no dia 1º de setembro. Além das medalhas em simples, ela acumula um bronze por equipes em Tóquio-2020 e um bronze em duplas na Rio-2016.

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Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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