Ciclismo nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
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Chances do Brasil
A estreia brasileira na modalidade em Jogos Paralímpicos ocorreu em Barcelona 1992, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do país a ser campeão
mundial, em 1994, na Bélgica. Já a primeira medalha paralímpica veio com Lauro Chaman nos Jogos do Rio 2016. Na ocasião, ele conquistou dois pódios, sendo uma prata e um bronze. Até hoje, são as duas únicas medalhas do Brasil na modalidade na história da competição.
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Depois de passar em branco em Tóquio-2020, Lauro Chaman quer voltar a subir no pódio em Paris-2024. O atleta continua sendo a maior esperança de medalhas do Brasil no ciclismo paralímpico. Em sua carreira, além das medalhas da Rio-2016, foi duas vezes campeão mundial na prova de resistência (2017 e 2021) e prata em 2022. No contrarrelógio, foi prata nos Mundiais de 2018 e 2023 e bronze em 2019 e 2021.
Quadro de medalhas do ciclismo nos Jogos Paralímpicos
Clas | Nação | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | Grã-Bretanha | 51 | 30 | 16 | 97 |
2 | Austrália | 41 | 35 | 34 | 110 |
3 | Estados Unidos | 26 | 41 | 32 | 99 |
4 | Alemanha | 23 | 28 | 22 | 73 |
5 | Holanda | 19 | 16 | 16 | 51 |
6 | França | 18 | 11 | 21 | 50 |
7 | Itália | 17 | 15 | 14 | 46 |
8 | Espanha | 13 | 15 | 21 | 49 |
9 | China | 13 | 15 | 17 | 45 |
10 | Canadá | 9 | 13 | 14 | 36 |
11 | Áustria | 8 | 12 | 8 | 28 |
12 | República Tcheca | 8 | 7 | 10 | 25 |
13 | Eslováquia | 6 | 5 | 4 | 15 |
14 | Irlanda | 6 | 4 | 4 | 14 |
15 | Japão | 5 | 7 | 6 | 18 |
16 | Polônia | 5 | 7 | 3 | 15 |
17 | Suíça | 5 | 6 | 8 | 19 |
18 | Bélgica | 4 | 5 | 9 | 18 |
19 | Ucrânia | 4 | 2 | 1 | 7 |
20 | Bielorrússia | 4 | 1 | 0 | 5 |
21 | Coréia do Sul | 3 | 6 | 5 | 14 |
22 | Noruega | 3 | 2 | 5 | 10 |
23 | África do Sul | 3 | 2 | 3 | 8 |
24 | Comitê Paralímpico Russo | 3 | 0 | 0 | 3 |
25 | Nova Zelândia | 2 | 3 | 7 | 12 |
26 | Romênia | 1 | 3 | 0 | 4 |
27 | Dinamarca | 1 | 0 | 0 | 1 |
28 | Suécia | 0 | 2 | 2 | 4 |
29 | Tchecoslováquia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Finlândia | 0 | 2 | 0 | 2 | |
31 | Alemanha Ocidental | 0 | 1 | 2 | 3 |
32 | Brasil | 0 | 1 | 1 | 2 |
Portugal | 0 | 1 | 1 | 2 | |
34 | Israel | 0 | 1 | 0 | 1 |
35 | Colômbia | 0 | 0 | 5 | 5 |
36 | Argentina | 0 | 0 | 2 | 2 |
Líbano | 0 | 0 | 2 | 2 | |
38 | Rússia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Totais | 301 | 301 | 296 | 898 |
Como é o ciclismo paralímpico?
O Ciclismo é uma modalidade realizada com a bicicleta e praticada por atletas, de ambos os sexos, com deficiência física e deficiência visual. Paralisados cerebrais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes) competem no ciclismo adaptado. Obedecendo às regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a modalidade tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa
paralímpico. As provas são divididas entre competições de pista (velódromo) e competições de estrada.
Os atletas podem competir em quatro tipos de bike, de acordo com a deficiência: convencional, triciclo, tandem e handbike.
CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA
Os ciclistas são divididos em quatro grandes grupos de classes que são subdivididas pelo grau de severidade da deficiência. As que começam com H (H1, H2, H3 e H4) tem ciclistas que se posicionam
deitados no banco da bicicleta. Na H5, ficam ajoelhados e usam, também, a força do tronco para impulsionar a bike.
Atletas da T1 são mais debilitados que os da T2 e, os dois grupos, andam de triciclo. Nas classes C1 a C5, quanto menor o número, mais debilitado é o atleta. E, por fim, na tandem, exclusiva dos atletas com
deficiência visual, uma dupla pedala.
As classes
H1 a H5 – Atletas que têm comprometimento em membros inferiores e não conseguem pedalar com as pernas. Usam uma bicicleta chamada handbike e “pedalam” com as mãos. Na classe H5, os atletas “pedalam” ajoelhados, sentados ou em pé, sustentados pelo coto no caso dos atletas com amputação bilateral.
T1 e T2 – Atletas com comprometimento locomotor e, devido à falta de equilíbrio, necessitam usar um triciclo para pedalar em segurança
C1 a C5 – Atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas. Usam a bicicleta modelo Speed.
Tandem – Direcionada para atletas com deficiência visual. Para poderem pedalar, os atletas usam a bicicleta de modelo tandem (bicicleta dupla) na qual um atleta com visão, chamado de piloto,
pedala no assento da frente, enquanto o atleta com deficiência visual pedala no assento de trás.