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Paris 2024

Guia do ciclismo na Paralimpíada: agenda, chances e história

Confira agenda e as chances do Brasil na canoagem dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, além da história da modalidade no evento

Lauro Chaman é dono das únicas duas medalhas do Brasil no ciclismo em Jogos Paralímpicos
Lauro Chaman é dono das únicas duas medalhas do Brasil no ciclismo em Jogos Paralímpicos (Juan Bautista Benavent / CBC)

Ciclismo nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024

CICLISMO ESTRADA

DataEventoTempo/Resultado
Contrarrelógio C1 masculino - Carlos Alberto Soares
Contrarrelógio C1-C3 feminino - Sabrina Custódia da Silva
Contrarrelógio H1-H3 feminino - Mariana Garcia
Contrarrelógio H1-H3 feminino - Jady Malavazzi
Contrarrelógio C5 masculino - Lauro Chaman
Contrarrelógio H4 masculino - Ulisses Freitas
Resistência H1-H4 feminino - Mariana Garcia
Resistência H1-H4 feminino - Jady Malavazzi
Resistência H4 masculino - Ulisses Freitas
Resistência C5 masculino - Lauro Chaman
Resistência C-1 C-3 feminino - Sabrina Custódia da Silva
Resistência C-1 C-3 masculino - Carlos Alberto Soares
Equipe mista – H1-5 - Brasil

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Chances do Brasil

A estreia brasileira na modalidade em Jogos Paralímpicos ocorreu em Barcelona 1992, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do país a ser campeão
mundial, em 1994, na Bélgica. Já a primeira medalha paralímpica veio com Lauro Chaman nos Jogos do Rio 2016. Na ocasião, ele conquistou dois pódios, sendo uma prata e um bronze. Até hoje, são as duas únicas medalhas do Brasil na modalidade na história da competição.

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Depois de passar em branco em Tóquio-2020, Lauro Chaman quer voltar a subir no pódio em Paris-2024. O atleta continua sendo a maior esperança de medalhas do Brasil no ciclismo paralímpico. Em sua carreira, além das medalhas da Rio-2016, foi duas vezes campeão mundial na prova de resistência (2017 e 2021) e prata em 2022. No contrarrelógio, foi prata nos Mundiais de 2018 e 2023 e bronze em 2019 e 2021.

Quadro de medalhas do ciclismo nos Jogos Paralímpicos

ClasNaçãoOuroPrataBronzeTotal
1 Grã-Bretanha51301697
2 Austrália413534110
3 Estados Unidos26413299
4 Alemanha23282273
5 Holanda19161651
6 França18112150
7 Itália17151446
8 Espanha13152149
9 China13151745
10 Canadá9131436
11 Áustria812828
12 República Tcheca871025
13 Eslováquia65415
14 Irlanda64414
15 Japão57618
16 Polônia57315
17 Suíça56819
18 Bélgica45918
19 Ucrânia4217
20 Bielorrússia4105
21 Coréia do Sul36514
22 Noruega32510
23 África do Sul3238
24 Comitê Paralímpico Russo3003
25 Nova Zelândia23712
26 Romênia1304
27 Dinamarca1001
28 Suécia0224
29 Tchecoslováquia0202
 Finlândia0202
31 Alemanha Ocidental0123
32 Brasil0112
 Portugal0112
34 Israel0101
35 Colômbia0055
36 Argentina0022
 Líbano0022
38 Rússia0011
Totais301301296898

Como é o ciclismo paralímpico?

O Ciclismo é uma modalidade realizada com a bicicleta e praticada por atletas, de ambos os sexos, com deficiência física e deficiência visual. Paralisados cerebrais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes) competem no ciclismo adaptado. Obedecendo às regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a modalidade tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa
paralímpico. As provas são divididas entre competições de pista (velódromo) e competições de estrada.

Os atletas podem competir em quatro tipos de bike, de acordo com a deficiência: convencional, triciclo, tandem e handbike.

CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA

Os ciclistas são divididos em quatro grandes grupos de classes que são subdivididas pelo grau de severidade da deficiência. As que começam com H (H1, H2, H3 e H4) tem ciclistas que se posicionam
deitados no banco da bicicleta. Na H5, ficam ajoelhados e usam, também, a força do tronco para impulsionar a bike.

Atletas da T1 são mais debilitados que os da T2 e, os dois grupos, andam de triciclo. Nas classes C1 a C5, quanto menor o número, mais debilitado é o atleta. E, por fim, na tandem, exclusiva dos atletas com
deficiência visual, uma dupla pedala.

As classes

H1 a H5 – Atletas que têm comprometimento em membros inferiores e não conseguem pedalar com as pernas. Usam uma bicicleta chamada handbike e “pedalam” com as mãos. Na classe H5, os atletas “pedalam” ajoelhados, sentados ou em pé, sustentados pelo coto no caso dos atletas com amputação bilateral.

T1 e T2 – Atletas com comprometimento locomotor e, devido à falta de equilíbrio, necessitam usar um triciclo para pedalar em segurança

C1 a C5 – Atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas. Usam a bicicleta modelo Speed.

Tandem – Direcionada para atletas com deficiência visual. Para poderem pedalar, os atletas usam a bicicleta de modelo tandem (bicicleta dupla) na qual um atleta com visão, chamado de piloto,
pedala no assento da frente, enquanto o atleta com deficiência visual pedala no assento de trás.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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