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Paris 2024

Mariana D’Andrea reconhece que é nome a ser batido em Paris

Após ouro em Tóquio, halterofilista venceu mundiais e bateu recorde das Américas

Mariana D'Andrea sorri para foto; principal representante do halterofilismo brasileiro
Mariana D'Andrea na Vila Paralímpica de Paris-2024. Foto: Lukas Kenji

Saint-Denis – Mariana D’Andrea não diminuiu o ritmo após conquistar o ouro na Paralimpíada de Tóquio-2020 no levantamento de peso. De lá para cá, venceu os Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, além dos Mundiais de Dubai de 2022 e 2023 em duas categorias diferentes. Em entrevista exclusiva ao OTD, concedida neste sábado (24), ela reconheceu que é a halterofilista a ser batida em Paris-2024 e lida bem com isso.

“Para quem nem se importava muito (comigo), hoje eu vejo o olhar das adversárias totalmente diferente. Elas são super simpáticas, querem ser minhas amigas, totalmente de olho nos meus treinamentos. Teve treinos que elas chegaram a ficar desesperadas me filmando. Vejo que elas querem me alcançar, como eu também queria alcançar a primeira do mundo. Estão querendo pegar aí, mas não vão pegar, não”, desafiou, com um sorriso no rosto.

A atleta de 26 anos deixou o currículo ainda mais vistoso perto da Paralimpíada de Paris. Bateu o recorde das Américas na categoria até 73 kg, que já era dela. Mariana levantou 145 kg para vencer a Copa do Mundo de Tbilisi, na Geórgia, disputada em junho.

A paulista de Itu diz que carrega os olhares das adversárias numa boa. “Todo mundo quer conquistar uma medalha, então, que seja da melhor. Eu levo numa boa, são minhas amigas. Dentro da competição é uma coisa, fora é totalmente outra”, ponderou.

Peso da torcida

Mariana destacou ainda que sabe das dificuldades de se manter no topo. Por outro lado, comentou que essa já é uma realidade com a qual lida há alguns anos e se diz preparada para buscar o ouro em Paris. O fato de ser uma Paralimpíada com o retorno do público também é um impulso para ela.

“Em Tóquio, a gente não tinha torcida por conta da pandemia, mas agora acho que esse momento vai ser muito especial porque a gente vai ter as pessoas lá torcendo, e isso eu tenho certeza que faz a total diferença pra nós. Eu mesma não consigo ouvir e prestar atenção nas pessoas no momento da minha prova, mas assim que acaba, eu fico muito feliz, porque eu tenho certeza que aquilo faz total diferença”, completou.

Além de Mariana, o Brasil será representado no halterofilismo por 10 atletas. Na Paralimpíada, a modalidade é disputada por atletas com deficiência nos membros inferiores (amputados e lesionados medulares) e paralisados cerebrais.

As provas serão disputadas entre os dias 4 e 8 de setembro, na Arena Porte de la Chapelle, uma das únicas instalações novas criadas para os Jogos de Paris.

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Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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