Taekwondo nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
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Chances do Brasil
O taekwondo só será disputado pela segunda vez na história em Jogos Paralímpicos. A estreia, que aconteceu em Tóquio-2020, foi muito positiva para o Brasil. O país terminou na liderança do quadro de medalhas da modalidade com três pódios, um ouro, uma prata e um bronze.
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Nathan Torquato foi ouro, enquanto Débora Menezes foi prata e Silvana Fernandes ficou com o bronze. Os três estarão presentes nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 em busca de mais medalhas com a companhia de Maria Eduarda Stumpf, Ana Carolina de Moura e Claro Oliveira.
No último Mundial, disputado o ano passado, o Brasil fez campanha histórica. Ana Carolina Moura (65kg) e Silvana Fernandes (57kg) ficaram com ouro, enquanto Nathan Torquato (63kg), Débora Menezes (+65kg) e Joel Gomes (80 kg) conquistaram o bronze. Como resultado, o país ficou com o título de equipes femininas e o terceiro lugar no geral. Por conta de tudo isso, o otimismo é grande em relação à participação brasileira no taekwondo em Paris-2024.
Quadro de medalhas do taekwondo nos Jogos Paralímpicos
Cla | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | Brasil | 1 | 1 | 1 | 3 |
2 | Irã | 1 | 1 | 0 | 2 |
3 | Dinamarca | 1 | 0 | 0 | 1 |
México | 1 | 0 | 0 | 1 | |
Peru | 1 | 0 | 0 | 1 | |
Uzbequistão | 1 | 0 | 0 | 1 | |
7 | Grã-Bretanha | 0 | 1 | 1 | 2 |
Turquia | 0 | 1 | 1 | 2 | |
9 | Croácia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Egito | 0 | 1 | 0 | 1 | |
11 | Comitê Paralímpico Russo | 0 | 0 | 3 | 3 |
12 | Argentina | 0 | 0 | 1 | 1 |
Austrália | 0 | 0 | 1 | 1 | |
China | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Coréia do Sul | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Tailândia | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Estados Unidos | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Totais | 6 | 6 | 12 | 24 |
Como é o taekwondo paralímpico?
Assim como em outras lutas, o taekwondo paralímpico é disputado por dois atletas, um com colete azul e outro vermelho. O colete possui sensores capazes de medir a potência do chute quando em
contato com a meia do oponente. A meia tem 12 sensores em pontos distintos do pé.
As lutas são realizadas em um round de cinco minutos. Ganha o atleta que tiver mais pontos ao término do combate. O confronto pode se encerrar antes dos cinco minutos, caso um atleta some 30 pontos a mais do que o adversário, o que é considerado uma vantagem técnica. Se a luta acabar empatada, ocorre mais um round, cujo vencedor é o lutador que fizer os dois primeiros pontos.
A área de atuação da luta é igual à das disputas convencionais: um espaço de 8m x 8m. A principal diferença do taekwondo paralímpico é no sistema de pontuação e nas faltas, em que não é permitido chute na altura da cabeça. A cada chute alto executado é considerado uma punição, gerando um ponto para o adversário e, dependendo da intensidade, o atleta pode ser penalizado com uma desclassificação
no meio de um combate.
1 ponto para cada falta cometida pelo adversário;
2 pontos para chutes retos no colete;
3 pontos para chutes giratórios em 180 graus no colete;
4 pontos para chutes giratórios em 360 graus no colete;
Obs: o soco é permitido, mas não é pontuado.
CLASSIFICAÇÃO ESPORTIVA
As classes esportivas do taekwondo são definidas pela letra P (poomsae – forma) e K (kiorugui – luta). A modalidade de Poonse é disputada por atletas com deficiência visual – P10, deficiência intelectual – P20,
deficiência física – P30 e baixa estatura – P70. A classe KP60 é para surdos. A modalidade kiorugui é para deficientes físicos – K 40. Já a classe que faz parte do programa dos Jogos Paralímpicos é
apenas a K44.
K44 – Atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores, amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, e dismelia bilateral.