Os atletas do remo paralímpico foram um dos primeiros a chegar à França para a Paralimpíada de Paris-2024. Os remadores desembarcaram em solo fracês desde terça-feira (13) e estão hospedados na cidade de Troyes, a cerca de 160 km da capital. No entanto, os treinos de aclimatação acontecem em Mathaux, comuna próxima e também localizada na região de Aube.
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Quatro dos sete remadores integrantes da delegação vão participar dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez na carreira: Alina Dumas, Erik Lima, Gabriel Mendes e Priscila Barreto. Jairo Klug e Diana Barcelos já participaram de uma edição do evento, mas vão estrear em Paris a prova Double Skiff PR3 (PR3 Mix2x), na qual são bicampeões mundiais (2017 e 2018). Até a edição de Tóquio 2020, a prova não fazia parte do programa.
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“Quando fomos bicampeões mundiais em 2018, tinha a expectativa de que ela entrasse nos Jogos de Tóquio. Não entrou. Mas, depois que veio o anúncio, eu fiquei muito feliz porque é uma prova que a gente consegue desempenhar bem. Temos um ótimo sincronismo na remada. Acredito que conseguiremos um bom resultado”, disse Jairo. Ele era remador do convencional, com participação no Pan do Rio 2007. Contudo, sofreu um acidente de moto e ficou com monoparesia no membro superior esquerdo.
Confiança
Jairo e Diana remam juntos desde 2017, ano do primeiro título mundial da dupla. Entretanto, como o Double Skiff PR3 (PR3 Mix2x) não fazia parte dos Jogos Paralímpicos e por morarem em cidades diferentes, eles passaram a treinar separados. Jairo mora em São Paulo e Diana, no Rio de Janeiro. Em Tóquio, a dupla compôs o barco quatro com timoneiro brasileiro. Ficaram fora da final principal.
Agora que vai disputar sua prova favorita, a carioca Diana afirmou estar confiante. “A expectativa é bem alta. Sabemos que outros países vêm fortes e que teremos uma competição acirrada. Por isso, estamos treinando pesado para enfrentar estas dificuldades. Eu e o Jairo temos uma amizade fora das águas também e acho isso importante para a remada fluir”, avaliou a remadora.
Em setembro de 2022, Diana fez dupla com Junior Silva no Mundial da República Tcheca e conquistou mais uma medalha, a de prata – a única da modalidade durante o ciclo. Tal feito a credenciou para ser eleita a melhor atleta da modalidade no Prêmio Paralímpicos da temporada retrasada, fato que se repetiu no ano passado.
Experiência
Além da dupla bicampeã mundial e dos quatro estreantes, a remo paralímpico que vai representar o Brasil em Paris-2024 conta com Cláudia Santos. A paulista de 47 anos está pronta para competir em sua quinta edição de Jogos Paralímpicos.
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“Foi muito difícil chegar aqui. Eu fiz duas grandes cirurgias durante o ciclo. Achei que não iria me classificar, porque fiquei muito tempo parada. Mas eu queria vir. A minha insistência falou mais alto do que as dificuldades e consegui me classificar pelo Mundial do ano passado [ela ficou em sétima na prova single-Skiff (PR1 W1x)]. Eu me sinto preparada, pronta para chegar à final A e brigar por medalha”, analisou a remadora. Ela foi atropelada em 2000, na Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo, e precisou amputar a perna direita por completo.
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)