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Paris 2024

Sonho com pódio na França embala Marliane Santos

Na capital francesa, Marliane quer colocar em prática tudo que trabalhou durante o ciclo e realizar seu sonho de subir ao pódio

Marliane Santos em ação durante partida de tênis de mesa
Marliane Santos (Foto: Dhavid Normando/FVimagem/CBTM)

Indo para sua segunda participação nos Jogos Paralímpicos, Mariliane Santos chega com muito mais confiança em Paris-2024 do que em Tóquio-2024. A mineira integra a equipe de tênis de mesa e vai competir por um pódio na classe 3. Durante este ciclo, Marliane acumulou importantes resultados, pódios e títulos em relevantes competições internacionais, tanto em duplas, quanto no individual.

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“Em Tóquio, os Jogos foram realizados durante a pandemia, sem público. Agora será bem diferente, e estou muito ansiosa para viver essa experiência”, diz Marliane. Ela também citou suas conquistas que a credenciaram a integrar a seleção paralímpica de tênis de mesa que representará o Brasil em Paris.

“Fui campeã por equipes e vice-campeã individual no Parapan de 2019; no Mundial de 2022, conquistei o bronze nas duplas femininas; e, em 2023, fui campeã para pan-americana”, relembrou Marliane, que tem boas lembranças da França. Lá, conquistou, em maio de 2022, o título de duplas femininas (ao lado de Cátia Oliveira) no Aberto Paralímpico da França, em Saint-Quentin-en-Yvelines.

O encontro com o tênis de mesa

Marliane Santos é natural da cidade de Medina, no interior de Minas Gerais. A atleta se tornou cadeirante aos 15 anos de idade, após uma esquistossomose (contaminação na medula causada por parasitas na água) que ocasionou a perda do movimento das pernas. Relembrando como o problema se manifestou, ela também contou como o tênis de mesa a ajudou a enfrentar a limitação. 

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“Na cidade onde eu morava, Comercinh, há muitos rios. Quando era adolescente, voltava da escola e ia tomar banho neles. Não sabíamos, mas havia esse parasita em grande quantidade lá. Duas semanas antes de me tornar paraplégica, comecei a sentir muitas dores no joelho e na lombar. Ia ao posto de saúde, me davam medicamento, até que, uma noite, tive uma crise muito forte e, quando cheguei ao médico, não conseguia mais andar”, disse.

“O tênis de mesa ajudou a me reinserir na sociedade. Hoje, vejo a vida de outra forma devido ao esporte, com competições e viagens. Convivo com muitas pessoas que têm uma história parecida com a minha. Ou seja, não consigo mais viver sem o tênis de mesa”, afirmou.

Do início ao sonho em Paris

Nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, Marliane Santos vê a oportunidade de representar o Brasil como única, mesmo não sendo sua primeira vez no evento. Na capital francesa, a atleta quer colocar em prática tudo que trabalhou durante o ciclo e realizar seu sonho de subir ao pódio.

“Estou pronta para colocar em prática, na mesa, o que venho treinando no dia a dia. Buscar uma medalha para o Brasil nestes Jogos seria também um marco na minha carreira. Conto com a torcida de todos os brasileiros, que eles enviem boas energias, pois tentaremos fazer o melhor”, prometeu.

*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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