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Medalhistas

Duda e Ana Patrícia valorizam sucesso feminino do Brasil

Duda e Ana Patrícia celebram sucesso feminino em Paris e exaltam Jackie Silva e Sandra Pires

Duda e Ana Patrícia nos Jogos Olímpicos de Paris
(Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

Paris – O destaque do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris ficou para as mulheres. Afinal, elas conquistaram mais da metade das medalhas do país e ainda levaram os únicos ouros brasileiros na França. E coube ao vôlei de praia fechar a conta, modalidade que teve o primeiro ouro feminino do Brasil com Jackie Silva e Sandra Pires em 1996 e voltou ao topo do pódio com Duda e Ana Patrícia.

“A gente sabe das lutas, das dificuldades. Ser mulher já é um desafio e ser uma mulher negra então, a gente sabe que fica ainda mais difícil. Eu acho que aqui é um espaço gigantesco para a gente falar sobre as nossas lutas, mas também pra gente mostrar as nossas conquistas. Porque a gente sabe de todas as batalhas que a gente já travou, trava e ainda vai travar. E que bom que a gente tá podendo também vir aqui e comemorar com essa conquista gigantesca que tem sido essa representatividade das mulheres e das mulheres negras nessa Olimpíada”, comentou Ana Patrícia.

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Inspiração

Na final dos Jogos Olímpicos de Paris, Ana Patrícia e Duda quebraram um jejum de 28 anos do Brasil sem uma medalha de ouro no vôlei de praia feminino. A dupla foi influenciada por Jackie Silva e Sandra Pires que em 1996 ganharam a primeira medalha de ouro do esporte feminino do Brasil em uma final histórica contra Adriana Samuel e Mônica Rodrigues.

Em 1996, Duda e Ana Patrícia ainda nem eram nascidas. Mas elas contaram que o resultado das pioneiras tem uma porcentagem na medalha de Paris. “Nossa, o que elas fizeram foi algo mágico. Então, a gente tá aqui ganhando o ouro, também tem um dedinho delas ali, porque elas fizeram história no Brasil. Nossas primeiras medalhistas, na primeira Olimpíada que o vôlei de praia entrou. Elas fizeram muita coisa, somos muito orgulhosas e gratas a elas também por isso. E estar junto com elas desde depois de vinte e oito anos, eu não era nem nascida quando elas ganharam, é uma gratidão. Por tudo que nós passamos, elas também lutaram muito pra conquistar esse ouro e deu tudo certo no final”, disse Duda Lisboa.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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