Paris – Isaquias Queiroz e Ana Sátila foram os destaques da canoagem do Brasil nos Jogos de Paris. Ele, por conquistar a medalha de prata na velocidade, a quinta da carreira em Olimpíadas, e ela por cravar os dois maiores resultados do país na slalom. Jacky Godmann, Matheus Nunes, Vagner Souta, Valdenice Conceição e Ana Paula Vergutz também representaram o Brasil na canoagem velocidade e Pepê Gonçalves, na slalom.
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Isaquias Queiroz ficou com a prata no C1 1000, prova que foi campeão olímpico nos Jogos de Tóquio-2020. A medalha conquistada em Paris veio num sprint memorável na final. Ele saiu de uma quinta colocação na metade dos 1000 metros e de um quarto nos 750m para passar na segunda posição. Com isso, aumentou para cinco a coleção de medalhas olímpicas da carreira. Tem outras três na Rio-2016, duas pratas e um bronze. Agora em Paris ele também competiu no C2 500, remando com Jacky Godmann, eles fecharam na oitava posição.
Na C1 1000, vale o registro do jovem Mateus Nunes, de apenas 18 anos. Foi a primeira experiência olímpica dele, após conquistar três medalhas de ouro no Mundial Júnior e Sub-23 de canoagem velocidade realizado no final de julho.
Valdenice
Dentre as mulheres, Valdenice Conceição ficou a nove centésimos de segundo de se classificar para a final do C1 200m. Foi a primeira vez que uma mulher representou o Brasil na canoa velocidade numa edição de Jogos Olímpicos. Na primeira bateria quem fez, a classificatória, ficou com a quarta colocação e foi direto para a semifinal, evitando as quartas. Na luta por uma vaga entre as oito melhores, teve uma boa largada, ficou no top-4 da por praticamente toda prova, sendo superada somente nas últimas remadas. Sai de Paris com o 13º lugar geral.
Souta e Vergutz
Vagner Souta e Ana Paula Vergutz competiram no caique individual, o K1, da canoagem velocidade. Ana Paula disputou o K1 500 em Paris e foi eliminada na semifinal. Terminou a bateria em oitavo e, na classificação geral, fechou em 29º lugar. Vagner Souta disputou o K1 1000 e parou nas quartas de final finalizando a participação na 27ª posição.
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Ana Sátila
Na canoagem slalom, Ana Sátila ficou em quarto lugar no caiaque (K1) e em quinto na canoa (C1), obtendo os dois melhores resultados do país nessas duas provas na história dos Jogos Olímpicos. No masculino, Pepê Gonçalves teve participação mais discreta e terminou em 18º e 20º lugar nas categorias C1 e K1, respectivamente. Ambos também representaram o país no caique cross, que estreou em Paris no programa olímpico. Ana Sátila foi até a semifinal e ficou em oitavo no geral, quanto Pepê parou nas oitavas, terminando em 27º na classificação geral.
Ana Sátila começou a participação dela pelo K1 e ficou em 12º lugar na primeira eliminatória após as duas descidas do dia. Avançou para a semifinal junto com outras 21 adversárias. Na semi, 12 seguiam para a final e a brasileira, após a única descida da etapa, foi a quinta melhor. Na grande final, também em uma descida, chegou a figurar na segunda e, depois, na terceira posição até os momentos finais, mas acabou sendo superada pela penúltima atleta que competiu e ficou fora do pódio. O quarto lugar já era, e ainda é, o maior resultado do Brasil na canoagem slalom, mas a proximidade do pódio deixou a atleta muito frustrada nos momentos após o fim da prova.