A derrota para os Estados Unidos, que culminou na medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, pode ter sido a despedida de Marta com a camisa da seleção brasileira de futebol feminino. A Rainha já havia indicado que não disputará mais partidas internacionais com a Canarinho. O técnico Arthur Elias enalteceu a história da jogadora e, perguntado se poderia tentar convencê-la a seguir jogando até a Copa do Mundo de 2027, não soube responder.
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“É uma decisão dela, pessoal. Óbvio que eu não estou pensando nisso agora (tentar convencê-la a ficar), o sentimento de orgulho é o que está dentro de mim. É um orgulho incrível, imenso, de eu ter esse privilégio de trabalhar com alguém, que é a melhor da história no que faz. É muito aprendizado para todos: a postura e a entrega dela, a união que tem com todos os atletas e com a comissão, a relação de confiança que eu construí com ela”, falou Arthur Elias em entrevista coletiva após a partida.
Marta foi expulsa no último jogo da primeira fase, contra a Espanha. Ela ficou suspensa nos duelos de quartas de final, contra a França, e na semifinal, contra a Espanha outra vez. A Rainha pôde voltar a ser relacionada para a final contra os Estados Unidos, mas começou no banco de reservas. Arthur Elias a colocou no segundo tempo, logo quando a equipe adversária abriu o placar. A craque foi bem ativa na partida, mas a seleção não conseguiu empatar. Ao fim do jogo, Arthur Elias deu um longo abraço na jogadora.
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“O que eu mostrei foi minha gratidão pelo o que ela fez para esse grupo e pelo o que ela fez pelo futebol. Primeiro, por eu ter o privilégio de trabalhar com ela. Fui dar um abraço em uma pessoa que é um fenômeno, que é um ídolo do nosso país e que merecia ser muito abraçada hoje, porque com certeza é um turbilhão de coisas passando na cabeça dela para esse jogo, o contexto todo como foi. Foi um abraço de coração mesmo”, disse o técnico.
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A prata contra os Estados Unidos foi a terceira medalha de Marta em Jogos Olímpicos. Agora, ela se tornou a primeira jogadora brasileira de futebol a subir no pódio em três edições diferentes da competição, já que a meia fez parte das seleções que levaram a prata em Atenas-2004 e Pequim-2008.
“A gente precisa valorizar a pessoa e a atleta que ela. O brasileiro tem muito orgulho dessa seleção e da nossa camisa dez, a Rainha”, disse ele. “Independente de quando vai ser despedida da Marta, ela vai ficar sempre marcada na história do futebol e do esporte mundial”.