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Paris 2024

Futebol e vôlei mantém Brasil no pódio nos esportes coletivos

As seleções femininas de ambas as modalidades subiram ao pódio em Paris e mantiveram a tradição do país nos esportes coletivos

Marta com a medalha de prata do futebol feminino (à esquerda) e Macris e Júlia Bergmann celebrando o bronze do vôlei feminino (Fotos: Alexandre Loureiro/COB e Miriam Jeske/COB)
Marta com a medalha de prata do futebol feminino (à esquerda) e Macris e Júlia Bergmann celebrando o bronze do vôlei feminino (à direita) (Fotos: Alexandre Loureiro/COB e Miriam Jeske/COB)

Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil levou seis equipes para cinco esportes coletivos diferentes: basquete, futebol, handebol, rúgbi e vôlei. Muito tradicional nas disputas em grupo, o país sobe ao pódio em alguma das modalidades citadas desde os Jogos de Los Angeles-1984. Na França, as seleções femininas de futebol e vôlei mantiveram essa escrita viva.

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Marta e companhia levam a prata no futebol

Após a eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo de 2023 e a troca no comando técnico, o Brasil chegou na Olimpíada de Paris com a expectativa baixa por um grande resultado. No entanto, o treinador Arthur Elias e suas comandadas superaram qualquer desconfiança ao fecharem o torneio com uma excelente campanha.

Depois da vitória contra a Nigéria por 1 a 0 na estreia, a seleção brasileira caiu de rendimento nos confrontos seguintes, sendo derrotado por Espanha e Japão. Mesmo assim, o time avançou ao mata-mata na terceira posição do grupo C, se encaminhando para um duelo contra a França pelas quartas de final.

Com uma excelente atuação defensiva, o Brasil venceu as donas da casa por 1 a 0, gol da atacante Gabi Portilho. Na sequência, partida praticamente perfeita diante da Espanha na semifinal, onde a equipe derrotou as atuais campeãs mundiais pelo placar de 4 a 2. Por fim, bom primeiro tempo da seleção brasileira contra os Estados Unidos, mas as norte-americanas levaram a melhor graças ao tento solitário de Mallory Swanson. Agora, o futebol feminino do país possui três medalhas de prata em Jogos Olímpicos.

“Estou muito orgulhoso porque as jogadoras da seleção entendem, se identificam e sabem que a gente daqui pra frente vai manter a seleção nesse nível. Vai acontecer um dia (um título), vai acontecer na Copa, pode ser na próxima Olimpíada também essa medalha. Tenho certeza de que que vai acontecer porque elas são merecedoras”, destacou Arthur.

Seleção brasileira feminina de futebol no pódio dos Jogos de Paris-2024 (Foto: Alexandre Loureiro/COB)
Seleção brasileira feminina de futebol no pódio dos Jogos de Paris-2024 (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Terceiro bronze do vôlei feminino

Após a quarta colocação na Liga das Nações no final do mês de junho, a seleção brasileira feminina de vôlei chegou para os Jogos de Paris-2024 com grandes chances de subir ao pódio. Na primeira fase, trajetória impecável: vitórias por 3 a 0 sobre Japão, Polônia e Quênia. O mesmo placar ocorreu no confronto das quartas de final, quando o Brasil bateu a República Dominicana. Já na semi, disputa muito dura contra os Estados Unidos, com triunfo norte-americano por 3 a 2.

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Na disputa pela terceira posição, as brasileiras superaram a Turquia pelo placar de 3 a 1 (25/21, 27/25, 22/25 e 25/15). Este foi o terceiro bronze do vôlei feminino do país em Olimpíadas, somando com as conquistas de Atlanta-1996 e Sydney-2000. Na época, estas foram as primeiras medalhas vencidas pelas mulheres na modalidade.

A seleção brasileira feminina de vôlei após conquista do bronze em Paris (Foto: Miriam Jeske/COB)

Vôlei masculino para nas quartas

Sem grandes expectativas após uma campanha abaixo na Liga das Nações, o Brasil chegou na França sob o comando do técnico Bernardinho, que alcançou sua sétima edição de Jogos Olímpicos como treinador. O desafio na primeira fase começou difícil, com derrotas para Itália e Polônia. Para avançar às quartas, a equipe precisou derrotar o Egito por 3 a 0 na última rodada. Já no mata-mata, eliminação para os Estados Unidos pelo placar de 3 a 1.

A seleção brasileira antes do duelo contra os Estados Unidos pelas quartas de final (Foto: Gaspar Nóbrega/COB)

Basquete cai diante do grande favorito

Depois de uma classificação histórica aos Jogos de Paris, superando a Letônia no Pré-Olímpico em Riga, a seleção brasileira masculina de basquete veio para o torneio com o ânimo renovado e com o mesmo grupo que garantiu a vaga do país na modalidade. Após iniciar com derrotas para as fortíssimas Alemanha e França, o Brasil bateu o Japão e assegurou seu lugar no mata-mata. No entanto, o próximo adversário foi os Estados Unidos, grande favorito ao ouro e recheado de estrelas como LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant. O resultado foi o lógico: 122 a 87 a favor dos estadunidenses.

Georginho marcado por Stephen Curry e LeBron James na partida entre Brasil e Estados Unidos (Foto: Wander Roberto/COB)

Evolução da campanha de Tóquio-2020 no handebol

Campeão mundial em 2013, o Brasil desembarcou no evento com o objetivo de superar uma dura fase de grupos, em uma chave com quatro seleções europeias, e chegar nas quartas de final. E a meta foi atingida. Na estreia, grande vitória sobre a Espanha por 29 a 18. Depois, derrota dolorida para a Hungria com gol anotado nos últimos segundos. Após revés para França e Holanda, as brasileiras superaram a Angola pelo placar de 30 a 19 para avançar ao mata-mata. Por outro lado, no duelo diante da Noruega, as rivais saíram vitoriosas por 32 a 15.

O resultado na França foi superior ao alcançado na edição de Tóquio-2020. Na ocasião, a seleção brasileira venceu apenas um confronto em cinco rodadas (contra a Hungria) e terminou na lanterna do grupo B. Historicamente, o país chegou na fase de quartas de final em cinco das suas sete participações, sem nunca ter avançado à semi.

Paty Matieli celebrando vitória contra a Angola no handebol feminino (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Rúgbi fica no top-10 internacional

As Yaras, como são conhecidas as atletas da seleção brasileira de rugby sevens, iniciaram sua trajetória com três derrotas na fase de grupos, para Estados Unidos, França e Japão. Com isso, a equipe seguiu para a disputa do nono lugar. Na primeira partida, virada excepcional diante de Fiji, graças a um try no último lance de Yasmin Soares. Por fim, o Brasil foi superado pelas japonesas mais uma vez e finalizou na 10ª posição, seu segundo melhor resultado na história olímpica, perdendo para o Rio-2016 (nona colocação).

“Não foi o fim de trabalho que eu queria, mas ninguém pode duvidar do nível de dedicação e entrega de nosso time e comissão técnica neste período. Essas meninas lutaram muito, trabalharam muito ao longo desses anos e merecem sempre mais”, destacou Will Broderick, técnico inglês da seleção brasileira que deixará o comando da equipe após a Olimpíada de Paris-2024.

Yaras em vitória heroica sobre Fiji nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Bruno Ruas/Brasil Rugby)

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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