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Paris 2024

Esportes Aquáticos fecham sem medalhas após 20 anos

Após três medalhas em Tóquio-2020, esportes aquáticos brasileiros reeditam Atenas-2004 e fecham Olimpíada de Paris sem pódios

Guilherme Costa na final dos 400m livre nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Satiro Sodré/CBDA)
Guilherme Costa bateu o recorde das Américas, mas foi quinto lugar na final dos 400m livre (Satiro Sodré/CBDA)

Pela primeira vez em 20 anos, os esportes aquáticos não contribuíram com medalhas para o Brasil em Jogos Olímpicos. Em Paris-2024, atletas da natação, maratona aquática e saltos ornamentais terminaram a Olimpíada fora do pódio. Embora a situação já fosse projetada antes do evento, ela liga um sinal de alerta para o país nos próximos ciclos. 

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A última vez que o Brasil terminou sem medalhas nos esportes aquáticos aconteceu nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. Naquela oportunidade, onde contamos com representantes na natação de piscina e nado artístico, os melhores resultados ficaram com Joanna Maranhão 400m medley e Thiago Pereira nos 200m medley, ambos em 5º lugar.  

Em Paris-2024, o melhor resultado veio na Maratona Aquática, que só entrou no programa olímpico em Pequim-2008. Esperança de pódio, Ana Marcela Cunha fechou com a quarta posição. Na piscina, Guilherme Costa bateu o recorde das Américas nos 400m livre, mas isso só lhe rendeu a 5ª posição. Apesar de estar longe da briga por medalhas, a natação feminina chegou em mais finais.  

Natação

Após duas medalhas de bronze em Tóquio-2020, o nosso desempenho nas piscinas em Paris-2024 contou com apenas quatro finais disputadas. Guilherme Costa e Maria Fernanda Costa eram nossas principais esperanças de medalhas. Contudo, os dois corriam por fora na briga pelos pódios nos 400m livre. 

Na imagem, Maria Fernanda Costa em ação na prova 200m livre
Maria Fernanda Costa (Foto: Luiza Moraes/COB)

A natação masculina é a que apresenta um cenário ainda mais preocupante. Apenas Guilherme Costa, o Cachorrão, conseguiu avançar para uma final. Além dele, o xará, Guilherme Caribé, parou na semifinal dos 50m livre. Entretanto, as demais provas não passamos das baterias classificatórias. 

Por outro lado, a natação feminina alimenta nossas esperanças, com três finais disputada, marcas históricas e recorde batido. Maria Fernanda Costa (400m livre), Beatriz Dizotti (1500m livre) e o revezamento 4x200m livre avançaram às decisões. No entanto, ainda estão longe de brigar por medalhas nos Jogos Olímpicos.

Maratona aquática

Campeã olímpica na maratona aquática em Tóquio, Ana Marcela Cunha era quem tinha mais chances de medalhas nos esportes aquáticos. O ciclo para a Olimpíada da capital francesa foi bastante conturbado para a nadadora, com mudança de treinador e problemas com a saúde mental. 

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Ana Marcela Cunha (Foto: Satiro Sodré)

Às vésperas de Paris-2024, Ana Marcela Cunha deu sinais de que poderia estar retornando a sua melhor forma. Entretanto, acabou não sendo o suficiente para subir ao pódio nesta edição. Mesmo com o 4º lugar, a brasileira cruzou a linha de chegada longe da medalhista de bronze. Viviane Jungblut também esteve na prova feminina e fechou em 11º lugar. No masculino, Guilherme Costa aceitou o desafio de nadar os 10km, mas acabou desistindo no meio do caminho.

Saltos ornamentais

A atleta Ingrid Oliveira, que levou a medalha de ouro no Troféu Brasil, se preparando para mais um salto.
Ingrid Oliveira (Foto: Satiro Sodré/CBDA)

Inicialmente, o Brasil tinha dois classificados para a disputa dos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Ingrid Oliveira e Mateus Isaac não estavam na briga por medalhas na plataforma de 10m, mas alimentavam esperanças de vagas nas finais. Os dois acabaram sofrendo com problemas físicos, que resultaram no corte de Mateus nas vésperas da Olimpíada. Ingrid ainda competiu, mesmo abalada psicologicamente, mas não passou das classificatórias e fechou com a 23ª posição.  

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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