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Paris 2024

Brasil perde para os EUA pela terceira vez em finais olímpicas

Com gol marcado no segundo tempo, os Estados Unidos bateram a seleção brasileira por 1 a 0 e conquistaram sua quinta medalha de ouro no futebol feminino, enquanto o Brasil levou sua terceira prata na modalidade

Confronto entre Brasil e Estados Unidos, válido pela final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Alexandre Loureiro/COB)
Confronto entre Brasil e Estados Unidos, válido pela final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Alexandre Loureiro/COB)

Na decisão do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil foi derrotado pelos Estados Unidos por 1 a 0 e terminou sua campanha com a medalha de prata. Esta foi a terceira derrota da seleção brasileira para as norte-americanas em finais de Olimpíada, repetindo o que ocorreu em Atenas-2004 e Pequim-2008. Do lado adversário, a equipe se distanciou na liderança do quadro de medalhas da modalidade com cinco ouros.

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Mallory Swanson foi a autora do gol que deu o título para as estadunidenses. O pódio coroou uma grande trajetória do time brasileiro, que superou uma campanha abaixo na fase de grupos e eliminou França e Espanha no mata-mata. Com a medalha de prata, a craque Marta se tornou a primeira jogadora de futebol do Brasil a alcançar o pódio em três edições diferentes dos Jogos Olímpicos, já que ela esteve presente nas finais de Atenas e Pequim.

Marta agradecendo o apoio da torcida no final da partida (Luiza Moraes/COB)

Primeiro tempo agitado e de superioridade brasileira

Arthur Elias definiu a escalação titular da seleção brasileira com: Lorena; Lauren, Tarciane e Thaís; Adriana, Duda Sampaio, Yaya e Yasmin; Ludmila, Gabi Portilho e Jheniffer. Nos primeiros minutos, o Brasil repetiu a marcação alta que deu certo nas partidas anteriores. Logo no início, Ludmila tabelou bem com a Jheniffer, recebeu dentro da área e finalizou em cima da goleira Alyssa Naeher.

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Os Estados Unidos respondeu em seguida imprimindo um jogo físico e de muita velocidade, complicando a saída de bola brasileira. Mesmo assim, Ludmila fez ótima jogada, driblou a zagueira Naomi Girma e balançou as redes com um chutaço, mas já em posição de impedimento no lance. Aos 26 minutos, a atacante Mallory Swanson escapou no contra-ataque, finalizou cruzado e parou na ótima defesa da Lorena.

As brasileiras voltaram a crescer na reta final da primeira etapa, principalmente nas investidas pelo lado do campo. Já nos acréscimos, bom cruzamento da direita para Gabi Portilho, que chutou de primeira e obrigou Naeher a fazer uma ótima intervenção. Sem mais oportunidades dos dois lados, o jogo seguiu para o intervalo com o placar zerado.

Jheniffer tentando escapar da marcação norte-americana no primeiro tempo (Luiza Moraes/COB)

Crescimento norte-americano no segundo tempo e gol decisivo

No começo da segunda etapa, o Brasil fez sua primeira substituição: Yaya saiu lesionada para a entrada de Ana Vitória. A marcação estadunidense voltou a incomodar a defesa brasileira, que encontrava muitas dificuldades em iniciar suas jogadas com passes curtos. Dessa forma, em uma recuperação no campo de defesa brasileiro, a meia Korbin Albert acertou uma linda enfiada de bola para Mallory Swanson, que invadiu a área e abriu o placar para os Estados Unidos aos 12 minutos.

Após o gol, Arthur Elias realizou três mudanças de uma só vez: tirou de campo Duda Sampaio, Jheniffer e Ludmila, substituindo por Angelina, Priscila e Marta. As norte-americanas seguiram se sentindo a vontade no confronto, acumulando boas chances de ampliar. Sem criatividade com a bola no pé, o Brasil não conseguia furar a boa defesa adversária, apelando para os lançamentos em profundidade. Em uma das únicas chances, Adriana tentou de cabeça e viu Alyssa Naeher realizar uma excelente defesa. Resultado final: 1 a 0 a favor dos EUA, que se sagrou campeão olímpico no futebol feminina pela quinta vez na história.

“Eu tenho muito orgulho dessa medalha de prata. Para nós vale ouro, porque a gente fez uma grande competição, a gente superou obstáculos e adversidades, a gente merece reconhecimento. Que essa prata sirva de muito crescimento para o futebol brasileiro, muita visibilidade. Temos um grupo muito jovem aqui e eu tenho certeza que a gente vai conquistar grandes coisas ainda”, falou Gabi Portilho.

*Com informações da Confederação Brasileira de Futebol

Jornalista capixaba formado na PUC-SP e amante dos esportes olímpicos e paralímpicos.

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