Paris – Saiu a quinta medalha olímpica de Isaquias Queiroz! O brasileiro conquistou a prata na prova do C1 1000m da canoagem velocidade nos Jogo de Paris. Ele passou na segunda colocação, com o tempo de 3min44s33 na prova disputada nesta sexta-feira (9), no Estádio Náutico Vaires-sur-Marne, arredores da capital francesa. Assim, três anos depois da consagração com o ouro em Tóquio, o baiano de Ubaitaba volta ao pódio olímpico pela terceira vez em três edições de Jogos na carreira.
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Dessa forma, Isaquias Queiroz iguala-se aos velejadores Roberto Scheidt e Torben Grael com cinco pódios. No ‘desempate’, os velejadores levam a melhor. Scheidt tem dois ouros, duas pratas e um bronze, e Grael dois ouros, uma prata e dois bronze. Isaquias colocou o ouro no peito uma vez, a prata, três vezes, e o bronze, uma vez. No Brasil, somente a ginasta Rebeca Andrade tem mais. São seis, dois ouros, três pratas e um bronze.
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Para chegar ao pódio da canoagem velocidade no C1 1000 de Paris, Isaquias fez três largadas. Começou na quarta feira (7), quando ele ficou com a segunda colocação na bateria classificatória e, com isso, avançou direto para as semifinais, sem a necessidade de correr as quartas. A semi foi já nesta sexta, duas horas antes da grande final. Ele avançou com o terceiro melhor tempo dentre os oito finalistas, após uma bateria muito dura.
A prova
Isaquias manteve-se entre os líderes na largada, cruzando os primeiros 250m com a quarta colocação, a 1s41 atrás do tcheco Martin Fuksa, mas no bolo dos líderes. Nos 500m, o brasileiro perdeu uma colocação e já estava a quase cinco segundos do ouro. Foi o momento de retomada e exibição de força do baiano.
De, aparentemente, fora do pódio, engoliu o italiano Carlo Tacchini, o russo Zakhar Petrov e o moldavo Serguei Tarnovschi. Só não ultrapassou o tcheco, que liderou de ponta a ponta até conquistar o ouro. Mesmo assim, Isaquias chegou 1s17 atrás de Fuksa, que venceu com 3min43s16 (melhor marca olímpica) e com uma velocidade muito maior ao cruzar a linha. Tarnovschi levou o bronze.
Ano sabático
Em 2023, Isaquias Queiroz optou por desacelerar o ritmo frenético de treinos e competições, poder passar mais tempo com a família. À época, afirmou que se não fizesse isso, talvez nem tivesse condições de chegar aos Jogos na França. Pode, por exemplo, estar presente ao nascimento do segundo filho, Luigi. Quando veio o primeiro, Sebástian, em 2017, teve de acompanhar de longe pois estava na República Tcheca para a disputa do Mundial de Canoagem Velocidade.
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Na vida esportiva, ficou apenas na sexta colocação no Mundial de Canoagem, realizado em Duisburg. Foi o pior resultado dele depois do ouro em Szeged, na Hungria, em 2019. A colocação não garantia vaga olímpica para o brasileiro, reservadas apenas para os cinco primeiros. Porém, como o tcheco Martin Fuksa conseguiu vaga tanto pelo C1 1000 quando pelo C2 500, foi campeão nas duas, Isaquias herdou uma do C1 1000. Vale dizer que haveriam outras chances para o brasileiro, caso realmente não tivesse dado em Duisburg.