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Paris 2024

Lesão de Victoria Borges tira Brasil da final olímpica

Com lesão de Victoria Borges, Brasil tira nota baixa na série mista e fica a uma posição da final do conjunto

Conjunto do Brasil da ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos Paris-2024
(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Paris – A expectativa era grande do Brasil quebrar um jejum de 20 anos e voltar a disputar a final dos conjuntos da ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos. Com a melhor geração brasileira da modalidade, a equipe formada por Duda Arakaki, Deborah Medrado, Sofia Madeira, Victoria Borges e Nicole Pircio só não contava com o imponderável. Depois de uma boa apresentação nos cinco arcos, Victoria machucou a panturrilha no aquecimento para a série mista. Como o regulamento não permite substituições, ela foi se apresentar mesmo machucada, não conseguiu fazer todos os movimentos e a nota foi muito baixa. No final, como apenas os oito melhores se classificaram para a decisão da medalha, o nono lugar deixou o país de fora da disputa.

“É um misto de sentimentos, mas o que prevalece é orgulho porque a gente deu o nosso máximo. Dez minutos antes de entrar na quadra, a Vic sentiu a panturilha. Ela foi atendida, fizeram uma bandagem e ela quis tentar. Então, a gente só tem que agradecer. Nós só queríamos finalizar porque a gente trabalhou duro todo esse tempo para poder competir nesta Olimpíada. Conseguimos fazer uma série muito bonita. Ela deu o máximo dela, só que ela não tinha condições de fazer as dificuldades e por isso que a nota não subiu tanto”, lamentou Duda Arakaki.

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Boa série nos arcos

O Brasil começou pela série simples com os cinco arcos ao som de “I Wanna Dance With Somebody”, de Whitney Houston. As brasileiras cometeram um erro no começo da prova, com uma queda de aparelho durante uma colaboração. Mas o resto da apresentação foi limpa com poucos erros. O conjunto do Brasil conseguiu 35.950 pontos e terminou a primeira metade da qualificação em 4º lugar.

A disputa dos cinco arcos foi tensa, com várias das equipes favoritas cometendo erros, com exceção de Itália e Bulgária. A Espanha, por exemplo, teve uma série desastrosa, com direito a uma ginasta caindo durante o exercício. Com apenas 30.400 pontos, a chance de uma vaga na final para o tradicional conjunto espanhol era quase nula após após a apresentação.

Victoria se lesiona no misto

A prova mista (três fitas e duas bolas) do Brasil prometia ser emocionante, com muita brasilidade. Mas no aquecimento para a apresentação, Victoria Borges sentiu uma lesão na panturrilha. Por conta disso, ela não conseguiu fazer boa parte da coreografia, fazendo com que o Brasil perdesse algumas colaborações. Victoria até conseguiu contornar o problema e entrar no final da coreografia, mas o conjunto brasileiro perdeu muito na nota de dificuldade ao ter vários movimentos invalidados.

Com isso, o Brasil somou apenas 24,950 pontos, totalizando 60,900 na soma das duas séries. Para se classificar, o conjunto brasileiro precisava torcer por apresentações ruins dos conjuntos que vieram a seguir. Mas não adiantou. A equipe ficou em nono lugar, a apenas 1,100 do Azerbaijão, oitavo e último país a se classificar.

A Bulgária ficou em primeiro lugar com 70,400. A disputa pelas medalhas também terá Itália, Israel, Ucrânia, França, China, Uzbequistão e Azerbaijão. A final acontece neste sábado (10) às 9h no horário de Brasília.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e viciado em esportes

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