Paris – Especialista em provas de fundo na piscina, Guilherme Costa representou o Brasil na maratona aquática da Olimpíada de Paris nesta sexta-feira (9). Se em ambiente controlado ele nada eventos de até 1.500m, nas águas abertas ele precisa cumprir com 10 qilômetros. No entanto, Cachorrão abandonou a prova após nadar cerca de 7 km.
Em Paris-2024, o desafio foi ainda maior. A modalidade foi sediada no Rio Sena e sua correnteza desafiadora. Fora o fato de o local ter causado polêmica durante toda a Olimpíada por estar inapto para banho durante vários dias. Por conta disso, a disputa do triatlo, que também foi disputado no rio mais famoso da França, chegou a ser adiada.
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A prova de 10 km é cumprida em seis voltas e tem como base a Ponte Alexandre III, ponto turístico da capital francesa. Cachorrão cumpriu com a primeira metade na 17ª colocação, sendo 1m33s5 de distância para o líder.
“Foi bem difícil. A correnteza estava muito forte. Nossa estratégia era tentar ser competitivo. Eu perdi o pelotão ali no final da terceira volta, então ali na quarta eu vi que não dava para chegar”, explicou Guilherme Costa.
Outros três atletas também abandoram a prova, enquanto dois desistiram antes mesmo do início. No total, 31 atletas estavam inscritos.
Guilherme participou da competição após uma mudança de regulamento. O novo texto permitiu com que nadadores com índice nos 800m possam entrar na maratona aquática, caso representem um país sem competidores na prova.
Foco na piscina
Para o atleta de 25 anos, a experiência nas águas abertas pouco contribui para experiência dele. “Como eu já estava aqui, foi depois da piscina, eu quis nadar. Mas acho que não serve muito de parâmetros para nada porque o meu foco é na piscina”, comentou. Cachorrão adiantou que o foco dele no ciclo de Los Angeles-2028 segue sendo os 400m. Nesta Olimpíada, ele concluiu a prova na quinta colocação.
Guilherme afirmou ainda que não fez reconhecimento da prova e que chegou a ter receio se ela aconteceria hoje. “Demorou um pouquinho para a gente ter certeza que ia acontecer hoje. A gente ficou um pouco na dúvida se poderia adiar ou não, mas quando aconteceu o triatlo, aí depois teve a prova mista, teve o feminino, então, a gente teve um pouco mais de certeza do que seria hoje”, explicou o nadador, que não se queixou das condições do Sena: “tudo normal”.
A maratona foi vencida pelo húngaro Kristof Rasovsky, em 1h50m52s7. Ele foi seguido pelo alemão Oliver Klemet, que fechou 2s1 depois. David Betlehem, da Hungria, fechou o pódio em 1h51m09s0.
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