Paris – O técnico José Roberto Guimarães conhece bem o saboroso gosto de uma medalha de ouro olímpica. Tem três no currículo, além de uma prata. A rigor, não precisa de um bronze para a coleção, talvez nem caiba em um lugar de destaque no espaço onde ele deixa as conquistas da vitoriosa carreira como treinador. Mas enxerga a importância de um pódio de Jogos, ainda que no lugar menos nobre. Em Paris 2024, ele e a seleção brasileira de vôlei feminino vão disputar o bronze após perderem para os Estados Unidos na semifinal disputada nesta quinta (8).
Na saída da quadra da semifinal, duas das principais jogadoras da história, Thaísa e a capitã Gabi, falaram que o bronze era pouco para a equipe. Zé Roberto entende a fala delas naquele momento, haviam acabado de perder, mas sabe que o bronze é relevante. “Fica com essa expectativa, lógico, do ouro. Mas é assim, você está representando o seu país. Não deu ouro, foi luta, foi pegado o jogo o tempo inteiro, a gente fez o nosso melhor, caímos, caímos de pé”, disse.
Reconstrução
“O que agora que nos resta é uma medalha de bronze, que a gente tem que valorizar muito. Esse jogo é sair da competição com vitória, isso é importante. Tudo bem, é uma frustração não ter conseguido o ouro, todo mundo estava com essa cabeça, mas a vida é assim. Caiu, agora tem que levantar em 12 horas, tem o luto que vai acontecer. Pô, treinamos, fizemos, elas se preocuparam com tudo, mas a vida é assim, então agora é o momento de reconstruir e tentar fechar essa competição com vitória”, acrescentou.
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Naquele momento, Zé Roberto não sabia quem seriam as adversárias, aguardava que perdesse de Itália e Turquia. Mas já previa um embate difícil. “Vai ser duro, lógico, não sei até que ponto vai afetar a parte mental de quem perder. São dois times que nunca conquistaram uma final, nem a Turquia, nem a Itália. Os dois têm expectativa de ouro. A Turquia, até o ano passado, era o time favorito disparado”, falou. Horas depois, as turcas foram confirmadas como as rivais do Brasil. Perderam por 3 a 0 para a Itália.
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Sobre a briga pela medalha de bronze nos Jogos de Paris, o treinador do vôlei feminino do Brasil finalizou dizendo que frustrante seria sair daqui sem medalha. “Triste é sair daqui sem medalha sem nada. Aí eu vou ficar muito, muito chateado, mas eu tenho força para lutar, eu quero lutar. Tudo bem, não deu o ouro merecido ou não, não importa, o que nos restou para a gente ainda ter uma oportunidade de lutar por uma medalha, e isso é o que é importante”.